Bastidores
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, diz que a escolha de Igor Montenegro para a Superintendência do Sebrae-Goiás “não podia ser melhor. Ele é empreendedor, inovador e tem cabeça ‘aberta’”. Helenir sustenta que “todo mundo que se relaciona com o Sebrae — e, aliás, toda a sociedade — tem a ganhar com a escolha de Igor. Ele é agregador, tem uma visão macro dos negócios e é ligado à iniciativa privada. Portanto, sabe como funcionam as empresas”. O presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, será o presidente do Conselho do Sebrae. “É outra boa escolha, porque, como Igor, sabe agregar.” O presidente do Conselho Nacional do Sebrae é o presidente da Confederação Nacional da Indústria (NCI), Robson Andrade. “Ele mantém uma sintonia fina com Pedro Alves de Oliveira”, diz Helenir. Helenir acrescenta que Manuel Xavier, que deixa a Superintendência, em janeiro, fez uma verdadeira revolução no Sebrae-Goiás — modernizando-o e tornando-o mais ágil.
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Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O irismo continua plantando notas em “O Popular” sugerindo que Frederico Jayme será expulso do PMDB. “O que os iristas não querem perceber é que, se Iris Rezende ‘acabou’, não há mais motivo para o irismo subsistir”, frisa o ex-presidente da Assembleia Legislativa.
“Os iristas não sabem que, em 1989, no lugar de apoiar Ulysses Guimarães, do PMDB, para presidente da República — mesmo que sabendo que era um baluarte da luta contra a ditadura, quando alguns estavam ‘escondidos’ em casa —, Iris declarou apoio a Fernando Collor, do PRN. Será que os iristas também não sabem que Iris apoiava o 45, quer dizer, o PSDB do ex-presidente FHC, do qual foi ministro?”
“Quer dizer que Iris pode apoiar o PSDB, mas os outros, não? Eu não apoiei Iris para governador porque o considero como o supremo porta-voz do arcaico na política de Goiás e, sobretudo, porque não ter coragem de se apresentar publicamente e explicar como acumulou sua imensa fortuna. Não apoiá-lo, portanto, foi um ato de consciência.”
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Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Nomes que estão se credenciando para disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia: o coronel Sílvio Benedito Alves (sem partido), Sandro Mabel (PMDB, foto)), Euler Morais (PMDB), Marlúcio Pereira (PTB), Olavo Noleto (PT), Ozair José (PT), Delegado Waldir Soares (PSDB) e Osvaldo Zilli (sem partido).
Políticos locais frisam que Sandro Mabel perdeu identidade com Aparecida de Goiânia e, por isso, é visto como paraquedista. “Euler Morais mora em Goiânia, no condomínio Aldeia do Vale, mas pelo menos está trabalhando na prefeitura como secretário de Governo.”
Um peemedebista diz que o Delegado Waldir, embora bem votado no município, não é de lá. “É mais um paraquedista”, critica. E acrescenta: “Olavo Noleto afirma que tem ligação com Aparecida, mas só aparece no município eventualmente”.
Um tucano afirma que, se o Delegado Waldir for candidato, Sandro Mabel provavelmente vai tirar o time de campo. “Todos acreditam que, se disputar, o político do PSDB será eleito prefeito.”
“Há três players na disputa pela presidência da Assembleia — José Vitti (PSDB), Lincoln Tejota (PSD) e Chiquinho Oliveira (PHS), afirma um deputado. “E há um ‘zangão’, o Helio de Sousa.” O que, exatamente, o parlamentar quer dizer com isto não se sabe. O deputado sublinha que o candidato dos sonhos do governador Marconi Perillo é Chiquinho de Oliveira. “Mas Marconi não vai pôr a faca no pescoço de ninguém para elegê-lo. Por isso sugeriu que costure uma aliança sozinho.” O parlamentar governista frisa que, depois de uma conversa com dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Kennedy Trindade e Helder Valim, que “são tremendamente articulados”, Chiquinho Oliveira teria conquistado o apoio de oito deputados. José Vitti tem dois trunfos. É do PSDB e o partido, a maioria, quer fazer o presidente. “E é rico”, frisa um deputado. O que isto sugere o deputado não explica. Lincoln Tejota tem amplo poder de articulação, sobretudo porque seu pai, Sebastião Tejota, é um poderoso conselheiro do TCE.
Um petista é peremptório: “O candidato do PT a prefeito de Goiânia será do PMDB”. E acrescenta: “O vice será do PT”. Ele frisa que o prefeito Paulo Garcia, desgastado, dificilmente terá condições de bancar um candidato em 2016. Por isso tenderá a apostar em Adriana Accorsi para vice do candidato do PMDB. Há quem espera d. Sebastião, quer dizer o sebastianista Iris Rezende, voltar da fazenda e anunciar que será candidato”. Missão tida como impossível.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), estaria mais interessado na aprovação da planta de valores IPTU do que na disputa pela presidência da Câmara Municipal. Porém, como terá de jogar pesado para aprová-la — por que representa uma possibilidade de alavancar sua combalida gestão — tentará embutir a votação com a disputa pelo comando do Legislativo. A eleição da Câmara deve ser entre os dias 11 e 15. Já a planta pode ser votada até o dia 20.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), inspirando-se na reforma feita pelo governador Marconi Perillo — com quem estaria restabelecendo relações (chegou a parabenizá-lo pela vitória) — deve promover uma reforma administrativa. O objetivo não é arrancar o PMDB da prefeitura, mas reduzir sua força. A partir de agora, o PT quer que a gestão tenha a cara de Paulo Garcia, e não mais a de Iris Rezende. O lema é: mais paulo-garcismo e menos irismo. O que mais impressiona é o numero de secretarias (alguns órgãos não são mas têm status de secretaria) — 40. Quase meio milhão de salários por mês, sem contar as possíveis gratificações. A lista de algumas: Administração, Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, Agência Municipal do Meio Ambiente, Comurg, Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo, Controladoria Geral do Município, Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia, Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Goiânia, Procon, Procuradoria Geral do Município, Assistência Social, Casa Civil, Comunicação, Cultura, Desenvolvimento Urbano Sustentável, Educação, Turismo, Esporte e Lazer, Finanças, Fiscalização, Gestão de Pessoas, Governo, Habitação, Trabalho, Indústria, Comércio e Serviços, Obras e Serviços Públicos, Políticas para a Juventude, Políticas para a Promoção da Igualdade Racial, Políticas para as Mulheres, Políticas para as Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida, Saúde, Trânsito,Transporte e Mobilidade.
Quando falam que Sandro Mabel pode ser candidato a prefeito de Goiânia, Iris Rezende admite a possibilidade. Porém, quando se lembra que o empresário foi um dos primeiros articuladores do nome de Júnior Friboi para o governo de Goiás, começa a pensar que o vice-prefeito da capital, Agenor Mariano, talvez seja a melhor opção para a disputa de 2016. Porque Agenor Mariano é leal sempre, não apenas nas ocasiões que interessam. O jovem peemedebista, evangélico da Videira, não trai. Há outra motivação: Agenor Mariano, até por ser empresário, tem experiência como gestor.
Iris Rezende teria pedido uma trégua para a família. Ninguém deverá disputar mandato em 2016 e 2018. O objetivo é verificar se o PMDB sobrevive sem a presença dele e de Iris Araújo. Se sobreviver, eles estarão fora da política em definitivo. E nem uma filha do casal, Ana Paula Rezende, disputaria mandato de prefeita em Senador Canedo.
Há um porém. Se não disputar eleição em 2016 e 2018, Iris dificilmente terá condições, físicas mesmo, de disputar em 2022. Pode, porém, promover Ana Paula a herdeira política.
O PP do governador José Eliton exige a indicação de pelo menos um supersecretário. Porém, como só tem um deputado federal e nenhum estadual — e isto conta negativamente —, dificilmente conseguirá emplacar um integrante no primeiro escalão. O governador Marconi Perillo aprecia Danilo de Freitas, secretário de Infraestrutura, mas dificilmente o advogado vai pegar uma supersecretaria. As supersecretarias devem ser ocupadas por políticos e técnicos mais ligados ao governador.
O governador Marconi Perillo convidou Jovair Arantes para ocupar uma supersecretaria de seu governo. Porque, como secretário, o deputado federal do PTB, competente e conhecedor de todos os caminhos que levam a Roma — quer dizer, Brasília —, abriria as portas para o governo goiano junto ao governo de Dilma Rousseff. Na verdade, já abre. Porém, como tem muito prestígio em Brasília, pois faz parte do alto clero — e não do baixo clero, como muitos pensam em Goiás —, Jovair Arantes não deve aceitar a supersecretaria. Mas, sim, ele pretende indicar alguém de seu grupo para uma secretaria consistente, que tenha recursos e signifique poder.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), garante que pesquisas qualitativas mostram que sua gestão vai bem e é respeitada pelo goianiense. É possível que a pessoa de Paulo Garcia seja mesmo respeitada, pois não se sabe de nada que o desabone. Porém, a figura do prefeito está muito desgastada. Há possibilidade de recuperação? Há. Só depende do petista. Mas o primeiro passo é reconhecer que não se está bem e desconfiar de pesquisas feitas às vezes por aliados que, embora bem-intencionados, querem evitar sofrimento e, por isso, escondem a realidade de seu chefe. Mas uma coisa é certa: Paulo Garcia tem o que mostrar, mas até agora não conseguiu fazê-lo com a devida qualidade.
O quarto governo Marconi Perillo terá um primeiríssimo escalão (supersecretários), um primeiro escalão médio (secretários) e um segundo escalão forte (subsecretários). Lembra um pouco o governo de Henrique Santillo, que tinha secretários titulares e secretários-executivos.
A reforma do governador Marconi Perillo, cujo objetivo é deixar o Estado mais enxuto e eficiente, deve ser aprovada com relativa facilidade pela Assembleia Legislativa. A demissão de comissionados deve provocar debate e, até, comoção. Mas o corpo da reforma, que torna o Estado mais leve e ágil, deverá ser aprovado sem muita contestação.
A dupla Adib Elias e Ernesto Roller, do PMDB, está sendo chamada de Cosme e Damião. Se não for cassado, o líder de Catalão e o líder de Formosa pretendem atuar conjuntamente nas críticas ao governo. Um levanta a bola, o segundo corta e o primeiro volta a bater.
