Bastidores
O governo de Goiás planeja ter, com a reforma administrativa, a estrutura mais enxuta de todos os Estados do País. O governador Marconi Perillo quer uma máquina pública funcionando de maneira mais rápida. Mais: quer seus auxiliares trabalhando em conjunto pelo governo, não para interesses particulares ou de grupos. A junção de secretarias vai aproximar assuntos afins. Cultura e educação, por exemplo, não tem mesmo porque ficarem separadas.
A “Folha de S. Paulo” dá como certo que o goiano Cleovan Siqueira, apoiado pelo presidente do PSD nacional, Gilberto Kassab, vai conseguir organizar o Partido Liberal (PL) em 2015.
O saldo positivo da balança comercial de Goiás em novembro — US$ 111,4 milhões — indica que o Estado continua no rumo certo, ao contrário de outras unidades da federação. E, claro, do próprio País.
Pelo seu amplo entendimento do que é a comunicação moderna, cada vez mais feita na internet, o jornalista João Bosco Bittencourt está muito forte para ocupar cargos mais altos no governo de Marconi Perillo. João Bosco Bittencourt e Marconi Perillo se entendem por música. Sobretudo, o tucano-chefe aprecia a agilidade e a competência do jornalista para expor suas ideias e projetos na imprensa tradicional e no mundo da comunicação virtual.
Está cada vez mais claro que a Operação Monte Carlo, ao menos a tentativa de envolver alguns políticos, era um esquema criado por aliados do ex-presidente Lula com o objetivo de esmagar politicamente o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o ex-senador Demóstenes Torres e o DEM. Na semana passada, o Ministério Público de Goiás isentou o governador Marconi Perillo de qualquer envolvimento com a Operação Monte Carlo-Carlos Cachoeira. O tucano-chefe tem razão quando exige retratação daqueles que fizeram um carnaval no seu depoimento numa CPI.
A Brasil Cacau (chocolates) e a Sr. Lohan (calçados) vão se instalar no shopping Bougainville. A segunda abre as portas na segunda-feira, 8. A primeira será inaugurada no próximo ano. A Space Box, que funciona como quiosque de vendas de assessórios para celular, vai se tornar uma loja, bem mais ampla. O piso superior do Bougainville permanece, há anos, com vários espaços fechados. O proprietário do Cine Lumière tentou ampliá-lo, mas a direção do shopping não teria permitido, numa decisão aparentemente equivocada. A fachada do shopping, que se pretende “para as classes média e alta”, precisa ser restaurada. Porque está bem acabadinha.
Um auxiliar da equipe do governo de Minas Gerais teria sido sondado para ocupar o cargo de secretário da Fazenda do governo de Goiás. Como o tucanato de Minas Gerais não conseguiu eleger o governador, este ano, vários técnicos competentes estão desempregados. Técnicos de São Paulo também foram sondados.
De um tucano erado: “Por que buscar técnicos em outros Estados se temos executivos do porte de Jayme Rincón, Giuseppe Vecci, Mauro Faiad, Jefferson de Castro Vieira, Luís Estevam e José Paulo Loureiro?”. Giuseppe Vecci pretende ficar em Brasília, para ganhar experiência política nacional. Porém, se convocado pelo governador Marconi Perillo, não relutaria em participar do governo do Estado.
Thiago Peixoto teria confidenciado que sua passagem pela Secretaria da Educação do governo agradou-o sobremaneira. Mas o resultado eleitoral, quase foi derrotado para deputado federal, desagradou-o profundamente. Por isso, embora tenha sido sondado para uma secretaria, possivelmente a da Saúde, decidiu ficar em Brasília, na Câmara dos Deputados.
O deputado federal reeleito Thiago Peixoto (PSD) teria sido sondado para a Secretaria da Saúde do quarto governo do tucano-chefe Marconi Perillo.
O jovem economista prefere, porém, ficar em Brasília, para adquirir experiência parlamentar em nível federal, dedicando-se a temas que aprecia — como educação, meio ambiente e economia.
Marconi Perillo aprecia o estilo “institucional” e pró-ativo de Thiago Peixoto. Sobretudo, respeita sua capacidade de enfrentar desafios difíceis, como a passagem pela Secretaria da Educação do governo de Goiás, e apresentar resultados positivos.
Low profile, no momento, Thiago Peixoto tem circulado pouco. Mas sempre de bom humor.
[Flávio Buanaduce Borges: o professor universitário é cotado para dirigir a OAB-Goiás]
Henrique Tibúrcio deve deixar a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás este mês, porque deve assumir uma secretaria, possivelmente a Casa Civil, do governo de Goiás. O jovem advogado é uma das apostas “renovadoras” do governador Marconi Perillo (PSDB). Para ocupar seu lugar será convocada eleição para um mandato-tampão. O eleito ficará no comando da OAB até o final de 2015.
Todos os integrantes da diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás e os principais cabos eleitorais devem optar entre Flávio Buonaduce Borges — diretor da Escolar Superior de Advocacia e filho do jurista Marcos Afonso Borges — e o tesoureiro da Ordem, Enil Filho .
Professor concursado da Universidade Federal de Goiás, Flávio Borges é considerado um advogado competente, com amplo conhecimento jurídico, e é apontado como o favorito de 8 de cada dez advogados que realmente contam. Não há nada contra Enil Filho, tido como “companheiro” e “competente”. Mas aposta-se que Flávio Borges será eleito agora, para o mandato-tampão, e candidatíssimo, em novembro de 2015, para o mandato sequencial (não mais tampão).
Sebastião Macalé, vice-presidente da OAB, teria desistido da disputa.
O deputado federal Vilmar Rocha diz que o pato “nada, voa e anda; é até versátil, mas não faz nada muito bem”. O presidente regional do PSD frisa que, ao contrário, o peixe faz apenas “nadar”. “Mas o faz muito bem.” O que Vilmar Rocha está sugerindo é que prefere ser peixe a pato. Traduzindo: em 2014, disseram-lhe para ser candidato a vice-governador, mas ele preferiu disputar o Senado, por entender que tinha e tem mais a ver com seu perfil político. Está amadurecido politicamente e, mesmo, em termos de idade. “Não quero mais disputar mandato proporcional. Em 2018, devo disputar outra eleição majoritária, que tanto pode ser para governador quanto para senador. Vai depender da posição do partido e do quadro de alianças da nossa base política”, afirma. “Para deputado federal, não disputo.” Perguntaram-lhe, durante o almoço que ofereceu à imprensa na Churrascaria Lancaster Grill, na segunda-feira, 1º: “Vai disputar a Prefeitura de Goiânia?” “Não. Está fora do meu radar político”, sublinhou, e rapidamente. “O PSD tem dois nomes importantes; técnica e politicamente de alta qualidade: o deputado estadual Francisco Júnior e o vereador Virmondes Cruvinel Filho”. Depois, apontando para o deputado federal Thiago Peixoto, realçou: “Ah, e temos outro grande nome, tanto para a Prefeitura de Goiânia quanto para o governo de Goiás. É o Thiago”. Thiago riu e, convocado a falar, brincou: “Vou fazer uma pergunta importantíssima: ‘Quando será servido o almoço?’” Todos riram, sobretudo Vilmar Rocha, e os garçons da Lancaster Grill começaram a servir o churrasco... Um garçom, indicando que estava de ouvindo apurado, perguntou para Vilmar Rocha: “Peixe ou pato?” Vilmar Rocha, sorrindo, contrapôs: “Picanha e uma saladinha”. O jornalista Helverton Baiano, que estava ao lado, preferiu peixe (sardinha).
O jornalista Marcelo Heleno foi convidado pelos deputados federais Vilmar Rocha e Thiago Peixoto para disputar mandato de vereador, em 2016, pelo PSD.
“É um convite oficial”, disseram Vilmar Rocha e Thiago Peixoto.
Marcelo Heleno, um dos jornalistas mais populares de Goiânia, inicialmente disse que não estava disposto a se filiar e a disputar mandato eletivo. Mas ficou de pensar na proposta.
O convite para filiação foi feito no almoço oferecido por Vilmar Rocha à imprensa na segunda-feira, 1º, na Churrascaria Lancaster Grill.
O secretário da Fazenda, José Taveira, primo de Vilmar Rocha, é amigo de Marcelo Heleno.
A administração do prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, do PSD, é apontada como uma das piores, senão a pior, da história do município. “Sua impopularidade é tão alta que assusta até as oposições”, afirma o deputado federal eleito Célio Silveira, do PSDB. Para “recuperar a imagem de Luziânia, com a consequente realização de obras que contemplem a grandeza do município, o Grupo do Bem pretende lançar o ex-deputado federal Marcelo Melo a prefeito, na disputa de 2016”, afirma Célio Silveira. Uma coligação de pelo menos 12 partidos, que inclui PSDB, PMDB, Pros e PTB, com o apoio de Célio Silveira e do deputado estadual Valcenor Braz (PTB), pretende apoiar Marcelo Melo com o objetivo de desalojar Cristóvão Tormin da prefeitura. “Marcelo Melo não tem desgastes, integra um grupo político respeitado, não tem dificuldade com nossos aliados e tem prestígio nacional. Ele vai ser o próximo prefeito de Luziânia”, afirma Um aliado de Marcelo Melo pilheria: “Os eleitores de Luziânia ficaram felizes quando elegeram Cristóvão Tormin, acreditando que renovaria a política e a gestão, mas certamente ficarão muito mais felizes quanto retirá-lo do poder, em 2016, porque, em quatro anos, terá envelhecido a política e a gestão locais pelo menos 50 anos. O prefeito é a vanguarda do atraso em estado puro”.
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Alexandre Baldy, Flávia Morais, Joaquim Mesquita e Cyro Miranda: os quatro são cotados para o primeiro escalão do governo de Marconi[/caption]
Se a reforma administrativa estava na “cabeça” do governador Marconi Perillo — técnicos sabiam de partes, mas não do todo —, seu novo secretariado, que deverá ser anunciado provavelmente em 15 de dezembro, é uma incógnita. O tucano-chefe faz mais sondagens do que convites formais e confirmações. Sabe-se que gostaria de apresentar aos goianos quadros novos, inclusive em termos de idade, mas não será inteiramente possível, dados certos compromissos políticos. Porém, a tendência por renovação é forte, muito forte. Sabe-se que gostaria de indicar secretários que contribuíssem para sua projeção política nacional, que mantivessem intercâmbio com o País — o que não é fácil, pois quadros locais têm pouca influência fora do Estado. O fato é que, apesar das múltiplas especulações, não se sabe exatamente quem ocupará os principais cargos do governo. O que se vai ler a seguir resulta de conversas com vários políticos, como Célio Silveira e Alexandre Baldy, e com auxiliares do governador.
É consenso que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico — porque Marconi Perillo conversou apenas com os dois a respeito — será ocupada pelo senador Cyro Miranda ou pelo deputado federal eleito Alexandre Baldy, ambos do PSDB.Apesar da resistência de políticos e, sobretudo, empresários de Anápolis, que cobram o cargo para a cidade — ou então a recriação da Secretaria da Indústria e Comércio, que, com a reforma, se tornou uma subsecretaria —, Cyro Miranda planeja ocupar o cargo. Para o qual foi, de fato, sondado, e pelo governador. Porque Marconi Perillo precisa atrair pelo menos dois ou três deputados federais para sua equipe — para liberar vagas na Câmara dos Deputados para Sandes Júnior (PP), Eurípedes Júnior (Pros) e, talvez, José Mário Schreiner (PSD) —, o favorito para o cargo é Alexandre Baldy. Este disse ao Jornal Opção que tem interesse em atuar como deputado, mas que precisa pensar politicamente. “Como pretendo disputar a Prefeitura de Anápolis, em 2016, é possível que eu participe do governo, para ficar mais próximo das bases. Mas, como sugeriu o governador, estou refletindo.”
Joaquim Mesquita tende a continuar na Secretaria de Segurança Pública. Por ser integrante da Polícia Federal, pode-se tornar peça chave da cruzada pela segurança pública nacional que Marconi pretende promover no Brasil. O governador vai viajar pelo País propondo um plano para ampliar e melhorar a segurança pública. Desde algum tempo que a criminalidade pesada se tornou nacional e, até, internacional — perdendo o caráter mais local. Daí que se precisa de mais empenho do governo federal no apoio aos Estados.
Para a Secretaria de Saúde, Marconi Perillo gostaria de nomear um nome criativo, com projeção nacional (no estilo do oftalmologista Marcos Ávila, embora este não tenha sido convidado). Não que a ação de Halim Girade o desagrade. O médico Leonardo Vilela é cotado para o cargo — assim como o deputado federal eleito, Célio Silveira, do PSDB.
Raquel Teixeira chegou a ser sondada para a Secretaria da educação. Mas resta saber se, devido às suas amarras acadêmicas, terá condições de implantar uma metodologia mais arrojada na educação, como a ação de organizações sociais (OSs). Acredita-se que o perfil do secretário deverá ser semelhante ao de Thiago Peixoto, o ex-secretário. Noutras palavras, a escolha pode recair mais num gestor do que num educador. O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira chegou a ser aventado, mas, antes de ser sondado, frisou que não pretende participar do governo tucano, por ser petista e não pretender sair do PT.
O deputado federal eleito Giuseppe Vecci (PSDB), que deverá ser consultado sobre a formatação do secretariado, indicará Leonardo Vilela ou, mais provavelmente, o economista Mauro Faiad para a Secretaria de Gestão e Planejamento. No momento, Faiad está na Sectec.
Para a decisiva Secretaria da Fazenda, o governador faz questão de que seja uma pessoa de sua cota pessoal. Tem de ser um técnico duro, que saiba dizer “não” até com certa volúpia, e, especialmente, que entenda que é subordinado única e exclusivamente ao tucano-chefe. Especulou-se que Simão Cirineu poderia voltar, mas, de cara, o ex-secretário frisou que pretende continuar em Brasília, pois sua mulher é doente e precisa de cuidados frequentes.
Vai continuar no governo, como secretário extraordinário e, quando possível, dando pitacos e acompanhando Marconi Perillo nas negociações com o governo federal. Ele sabe os caminhos das pedras e dos cofres em Brasília. O executivo José Paulo Loureiro, cotado para a Sefaz, não se manifestou. Há quem defenda a permanência de José Taveira. Chegou-se a cogitar que Marconi Perillo traria um economista de outro Estado, no estilo Joaquim Levy, mas não há nada acertado. Cyro Miranda pode ser a surpresa na Secretaria da Fazenda? Há quem avalie que sim.
Na Casa Civil, é quase certo que vai o presidente da OAB-Goiás, Henrique Tibúrcio. Vilmar Rocha (PSD), se não for para o gabinete de Gilberto Kassab (PSD), possivelmente no Ministério das Cidades, é cotado para a Secretaria de Governo, assim como Antônio Faleiros. Sem mandato de deputado federal, a partir de 2015, se não conquistar uma secretaria, Vilmar Rocha perde energia política. Daí que aliados frisam que deve ocupar uma secretaria.
O deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) chegou a ser sugerido para uma secretaria, e ele gostaria de ser secretário. Mas, nos últimos dias, seu nome, se não caiu em desgraça, deixou de ser citado pelos mais próximos do governador Marconi. Perdeu terreno tanto para Baldy quanto para Cyro Miranda.
A deputada federal Flávia Morais (PDT), apontada como politicamente hábil, é cotada para a poderosa Secretaria da Mulher, Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Trabalho. Mas há uma pedra poderosa em seu caminho — o deputado federal Jovair Arantes (PTB). O parlamentar, cujo grupo ocupa a Secretaria de Cidadania e Trabalho, gostaria de manter o cargo.
O deputado estadual eleito Virmondes Cruvinel (PSD) é cotado para uma secretaria, mas ainda não se sabe qual. O objetivo, ao retirá-lo da Assembleia Legislativa (se confirmado), é duplo. Primeiro, libera uma vaga para Júlio da Retífica, primeiro suplente do PSDB. Segundo, trata-se de um quadro político novo, com boa formação técnica, que agrada ao tucano-chefe. Porque faz uma interlocução positiva com a sociedade, especialmente com os jovens e setores organizados. É um político que entende bem a questão institucional.
Há uma luta sólida para impedir que Jaqueline Vieira ocupe a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos. O grupo de Roberto Balestra está de olho grande e gordo na secretaria. Jaqueline Vieira é, hoje, a secretária de Meio Ambiente. É tida como eficiente e com bons contatos no governo federal.

