Bastidores
Para a vaga de Sebastião Caroço (no Tribunal de Contas dos Municípios), que tem idade para se aposentar, ao contrário do que costuma dizer, irá o deputado federal Leonardo Vilela, secretário de Gestão e Planejamento.
O paulo-garcismo percebeu que, se tentar apoiar Iris Rezende para prefeito de Goiânia, vai receber um rotundo “não” da cúpula petista. Por isso, para tentar impedir uma candidatura de Humberto Aidar, que integra o grupo do deputado Rubens Otoni e Antônio Gomide, o paulo-garcismo deve bancar a candidatura de Adriana Accorsi. Percebendo que há certa resistência, não ao seu nome, mas a um candidato da Articulação, tendência do PT à qual pertence, Adriana Accorsi aproximou-se de Rubens Otoni. O PT, que não quer bancar chapa pura em Goiânia, deve buscar aliança com o PTB de Jovair Arantes ou com o PC do B de Isaura Lemos.
A presidente Dilma Rousseff ficou satisfeita ao saber que o governador Marconi Perillo vai enviar mais dois políticos para sua base na Câmara dos Deputados: Sandes Júnior, do PP, e Eurípedes Júnior, do Pros, o primeiro e o segundo suplentes, respectivamente. A presidente torce por mais um, possivelmente José Mário Schreiner, suplente pelo PSD e muito ligado à futura ministra da Agricultura, a senadora Kátia Abreu.
Deputados estaduais avaliam que o Tribunal de Contas do Estado é um órgão auxiliar da Assembleia e não pode se comportar como se o subordinado fosse o Legislativo.

[caption id="attachment_21341" align="alignleft" width="150"] Leobino Valente, novo presidente do TJGO| Foto: Wagner Soares[/caption]
É consensual: o presidente eleito do Tribunal de Justiça de Goiás, Leobino Valente, é um desembargador competente e íntegro. Não só. Ele tem uma grande capacidade de articulação e interlocução com os demais poderes e com a sociedade.
Um desembargador diz que, por ser moderno e, ao mesmo tempo, rigoroso no cumprimento da lei, Leobino Valente pretende tornar o Judiciário mais ágil e cada vez mais próximo da sociedade.
[caption id="attachment_21337" align="alignleft" width="300"] Novo presidente do Crea, Francisco Almeida | Foto: Reprodução[/caption]
Francisco Almeida foi eleito presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), na semana passada, e vai dirigir a autarquia goiana de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017.
Como era esperado, Francisco Almeida, um dos melhores presidentes da história do Crea, deu um “banho” em Idalino Hortêncio.
Francisco Almeida obteve 1.758 votos e Idalino Hortêncio, 822. Uma vitória acachapante, com o dobro dos votos, mas esperada.
Espera-se que, a partir de agora, o Crea participe das grandes discussões sobre Goiânia e o Estado. Aposta-se que, finalmente, acabou-se a omissão, o receio de desagradar autoridades.
De um peemedebista da jovem guarda: “Já que Iris Rezende aprecia a lealdade do vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, por que não o apoia para prefeito de Goiânia?” O peemedebista diz que, como Agenor Mariano pertence à jovem guarda do partido, mesmo os não-iristas não colocariam nenhum obstáculo à sua candidatura. Porque ninguém poderá acusá-lo de não representar a renovação. “A ‘irisdependência’ de Agenor Mariano o atrapalha junto às forças da renovação, como Júnior Friboi e Daniel Vilela, mas, por ser competente e participar ativamente da vida do partido, ninguém teria coragem de barrar sua candidatura”, afirma o peemedebista. Não são os grupos de renovação do PMDB que barram a ascensão de Agenor Mariano, e sim o próprio Iris Rezende. “Ser aliado de Iris Rezende é contentar-se em ser uma força secundária”, afirma um deputado estadual do partido.
Um deputado federal do PMDB sublinha que uma vitória de Iris Rezende para prefeito de Goiânia é um vitória pessoal, mas não é do partido, que não terá, mais uma vez, se renovado.
O prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango (PTB), não faz uma gestão ruim. Mas não conseguiu eleger seu candidato a deputado estadual. Jiribita (PTB) obteve apenas 10.737 votos. O ex-prefeito Geraldo Messias (PP), que vai enfrentar Hildo do Candango, conquistou 12.716 votos. Mais do que o candidato apoiado pela máquina da Prefeitura de Águas Lindas.
Ninguém entendeu os motivos de Iris Rezende ter preferido voltar para a fazenda, no Xingu, a ir ao velório do ex-prefeito de Goiânia, Darci Accorsi (PT), que morreu, na semana passada, aos 69 anos. Um peemedebista histórico apresentou uma explicação: “Iris Rezende possivelmente acredita que terá de enfrentar Adriana Accorsi na disputa pela Prefeitura de Goiânia, em 2016. Portanto, já a considera como adversária”. Ocorre que Iris, nestes casos, é sempre um homem elegante e cortês.
Friboi permanece acreditando que, em 2018, terá o apoio do PMDB e do PSDB do governador Marconi Perillo para disputar o governo. Sonho? Fantasia? Talvez ingenuidade de quem é novo no meio político.
Em Valparaíso, Lêda Borges (PSDB), que se elegeu deputada estadual este ano, vai disputar a prefeitura contra a prefeita Lucimar Nascimento (PT). Lêda Borges tem o apoio da senadora Lúcia Vânia e do deputado federal eleito Célio Silveira. Lucimar Nascimento enfrenta um problema. Ela terá a força da máquina, mas, além do desgaste de uma gestão pouco renovadora e criativa, não terá mais o apoio de Agnelo Queiroz, que, em 2016, não estará mais no governo do Distrito Federal.
Não deixa de ser curioso ou sintomático: o PT do Entorno do DF não elegeu nenhum deputado, estadual ou federal, em 2014. Mostrou fraqueza eleitoral. O Professor Silvano (7.095), Hugo Bites (1.851) e Cassiana Tormin (14.171) não obtiveram, somados, o número de votos de Lêda Borges (32.217).
O prefeito de Cristalina, Luiz Carlos Attié, vai tão mal que não está conseguindo articular um sucessor da cidade. Tanto que está tentando buscar um político de Luziânia para disputar a prefeitura, em 2016. Recém-eleito deputado estadual, Diego Sorgatto (PSD) terá dificuldade para explicar ao eleitor de Cristalina porque, sendo de Luziânia, quer disputar mandato noutra cidade. Ele pode alegar que seu pai tem negócios na região. Mesmo assim, é inexplicável e, até, indefensável. Daniel do Sindicato (PSL) não foi eleito deputado estadual, mas em Cristalina teve mais votos do que Diego Sorgatto, que fez uma campanha com muito mais estrutura e o apoio da máquina da prefeitura.
Em Novo Gama, Sônia Chaves, do PSDB, vai terçar forças contra o prefeito Everaldo do Detran (PSL). Sônia Chaves, a favorita, dado o desgaste do prefeito, brigou com Lêda Borges e aproximou-se do prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD).