Bastidores
De um político de Rio Verde: “As principais obras ‘do’ prefeito Juraci Martins (PSD) é a construção da loja Havan e o Buriti Shopping”. Um peemedebista discorda: “Ué, e os buracos nas ruas, que, de tão grandes, parecem ‘cultivados’”.
De um político de Luziânia: “O prefeito Cristóvão Tormin vai para o Livro dos Recordes, pois inventou a primeira administração-caranguejo da história”. Um evidente exagero, mas com bom humor.
Marcelo Melo chegou dos Estados Unidos muito gripado. Porém, ao descer em Luziânia e ser ovacionado como se fosse chefe de Estado, sarou na hora. Motivo? É candidatíssimo a prefeito do município, possivelmente pelo Pros e com o apoio do PSDB do governador Marconi Perillo. O deputado federal eleito Célio Silveira já está trabalhando para criar uma estrutura adequada para reforçar a candidatura de Marcelo Melo.
Já o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin — que dizem ser um homem de bem, ainda que equivocado —, passa mais tempo reclamando da imprensa crítica e de Célio Silveira do que administrando o município. Tormin não é incompetente, mas precisa articular uma equipe mais eficiente e que faça as obras em tempo hábil.
Há quem, na base governista, avalie que, para 2018, o anapolino Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, pode ser candidato a governador de Goiás. Sonho? Pode ser. Mas o nome do engenheiro tem sido ventilado em escalões superiores do governo goiano. No momento, Henrique Meirelles pertence ao PSD de São Paulo, onde mora.
É certo que, em março, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, o empresário Júnior Friboi e os deputados federais Pedro Chaves e Daniel Vilela vão assumir o comando do PMDB. Se necessário, vai ter intervenção federal. Em conversas com políticos de Goiás, o vice-presidente Michel Temer teria dito que está cansado das desculpas de Iris Rezende e Iris Araújo para tantas derrotas políticas. Michel Temer tem dito, com todas as letras, que o PMDB nos Estados vai ficar sob controle de quem tem mandato. Como se sabe, o grupo Maguito-Friboi terá dois deputados federais, a partir de fevereiro deste ano, enquanto o irismo não terá nenhum.
Há quem acredite que, a partir de setembro deste ano, Iris Rezende, sem espaço no PMDB, se filiará ao PRP, partido dirigido em Goiás pelo marqueteiro Jorcelino Braga. Aí, de birra, Iris Rezende seria candidato a prefeito de Goiânia pelo PRP.
O ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide disse, brincando, que pode ser candidato a vice-prefeito na chapa do prefeito João Gomes. “Infelizmente, não posso”, afirma. Mas pode ser candidato a vereador. “Não estou pensando nisso, não. Só estou pensando em ajudar na gestão de João Gomes, que vai muito bem, criando sua própria marca”, afirma Antônio Gomide. O fato é que, se Alexandre Baldy estiver muito forte, Antônio Gomide pode acabar disputando mandato de vereador para fortalecer a candidatura de João Gomes.
O secretário de Governo da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, Euler Morais, pediu o apoio do presidente nacional do PHS, Eduardo Machado. Ele quer disputar a sucessão do prefeito Maguito Vilela, do PMDB. Euler Morais está abordando os políticos com cuidado, apresentando suas ideias. Os políticos estão gostando de sua habilidade e diplomacia.
Há quem aposte que, com a indicação de Pedro Arrais, que fez nome na Embrapa como gestor sério e competente, o governo de Goiás vai ressuscitar, de vez, a Emater. Ele é da cota pessoal do governador Marconi Perillo.
Edivaldo Cardoso deve assumir o comando da Ceasa. Ele é apontado como um executivo eficiente e criativo. No Detran, segundo disse José Taveira, Edivaldo Cardoso fez um trabalho competente. Ele quer trabalhar e mostrar serviço.
O bispo Ricardo Quirino, da Igreja Universal, é o novo presidente do PRB em Goiás. Ele assumiu na sexta-feira, 16. Seu objetivo é reorganizar o partido tendo em vista as eleições municipais.
Na semana passada, o presidente do PRB de Goiás, bispo Ricardo Quirino, conversou longamente com um dos players do governo Marconi Perillo, o presidente da Metrobrus e do PHS, Eduardo Machado. Tudo a ver com a disputa eleitoral de 2016.
Em Rio Verde corre a informação de que, dado o desgaste da gestão do prefeito Juraci Martins, apontado como o Paulo Garcia do Sudoeste, o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) pode desistir de disputar a prefeitura, em 2016. Porém, em conversa com dois aliados, Heuler Cruvinel garantiu que vai disputar a prefeitura e que o eleitor saberá, no momento oportuno, dissociá-lo do prefeito Juraci Martins (PSD). A relação de Heuler Cruvinel e Juraci Martins pode ser definida pela música “entre tapas e beijos”. Eles se adoram e, às vezes, se detestam. Politicamente, vão morrer ou renascer abraçados. Bobos, porém, de quem pensar que, dado o desgaste do prefeito, estão “mortos”. Não estão. Eles aprenderam a fazer política e a usar, de maneira profissional, as estruturas da máquina pública. São craques.
Pré-candidato a prefeito de Rio Verde, o médico Paulo do Vale, do PMDB, já está pedindo apoio publicamente. Na quermesse de São Sebastião, realizada pela Igreja Católica, e no velório da avó de Leonardo Veloso (PRTB), possivelmente seu vice, apresentou-se e, simpático, pediu votos. Paulo do Vale também está começando a articular sua estrutura de campanha. Porque sabe que, se seu adversário for Heuler Cruvinel, capaz de movimentar uma estrutura financeira poderosa e profissional, terá uma pedreira pela frente.

