Bastidores

[caption id="attachment_26908" align="alignleft" width="300"] Álvaro Guimarães, deputado estadual: adversário do candidato de José Gomes em Itumbiara | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Em Itumbiara é assim: se puder disputar a eleição para prefeito, José Gomes da Rocha, do PTB, já pode encomendar o terno da posse. Porém, como “ficha suja”, Zé Gomes não será candidato e tende a bancar a reeleição do prefeito Chico Bala, do PTB. O deputado estadual eleito José Antônio, do PTB, também citado, é apontado como “imaturo”.
O quadro de hoje, que pode mudar em 2016, aponta para dois candidatos: o deputado estadual Álvaro Guimarães — que não morre de amores por Zé Gomes — e Chico Bala. “Será o Fuzil contra a Bala”, sublinha o ex-vereador Gugu Nader.
Gugu Nader, que desfiliou-se do PT e deve se filiar ao PPS, decidiu apoiar a candidatura de Álvaro Guimarães. Porém, se o deputado desistir, o ex-petista deve ser o candidato para enfrentar o grupo de Zé Gomes.
“Nosso grupo político saiu fortalecido da eleição de 2014 e, por isso, tem condições de eleger o prefeito. A gestão de Chico Bala é insossa e desmotivada”, diz Gugu Nader.

[caption id="attachment_26904" align="alignleft" width="300"] Adib Elias disse que não queria mas agora quer ir para a Mesa Diretora | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Na semana passada, quando a Mesa Diretora da Assembleia parecia inteiramente definida, começaram a pintar dissensões. O PSDB não firmou pé com a candidatura de Manoel de Oliveira para primeiro vice-presidente, sugerindo que pode trocá-lo por Marquinho do Privê ou por Gustavo Sebba. O PSD pode trocar Lincoln Tejota — para o cargo de segundo vice-presidente — por Virmondes Cruvinel ou por Lissauer Vieira. O PTB decidiu manter Henrique Arantes.
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Paulo Cezar Martins disse ao Jornal Opção que, depois que seu nome praticamente havia sido definido — “os peemedebistas diziam que não queriam participar da Mesa” —, Adib Elias recuou e não cumpriu a palavra. O ex-prefeito de Catalão quer transferir para a bancada do PMDB a indicação do integrante da Mesa. “Ora, como somos cinco, e o Adib tem o apoio do José Nelto e do Ernesto Roller, e eu só tenho o apoio do Bruno Peixoto, não há como disputar por meio da base. Vamos para as eleições com todos os deputados.” José Nelto deve ficar como líder da bancada. Paulo Cezar sublinha que, se não fosse a articulação ruim de alguns aliados, o PMDB teria duas vagas na Mesa Diretora, “José Nelto e Adib Elias falaram demais e, por isso, só teremos a quarta secretaria”.

[caption id="attachment_26900" align="alignleft" width="250"] "Se Júnior voltar e quiser renovar o PMDB, eu participarei de sua campanha", diz Juvêncio | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O prefeito de Guapó, Luiz Juvêncio, do PMDB, diz que Iris Rezende está fora do processo político estadual e, por isso, deve apoiar o senador eleito Ronaldo Caiado ou o empresário Júnior Friboi para governador, em 2018. “Se Júnior voltar e quiser renovar o PMDB, eu participarei de sua campanha. Para eleger um governador, contra o poder da máquina, é preciso ter dinheiro.”
Luiz Juvêncio frisa que, como tem “senso crítico”, se estiver bem, vai disputar a reeleição. “O ex-prefeito Colemar Cardoso é ficha suja e não pode disputar a eleição. Quando assumi, a prefeitura tinha 22 milhões de reais de dívidas, com Celg, Fundo de Previdência, entre outros, mas renegociei-as e coloquei a máquina para funcionar. Havia folha de pagamento em atraso. Comprei coletor de lixo, construí dez pontes”.
“Uma ponte estava caída há 14 anos”, garante Luiz Juvêncio. “Eu coloquei ar-condicionado em todas as salas de aula das escolas do município. Doamos uniformes para todas as crianças. O governo federal nos repassou dois ônibus para transporte escolar. Reformamos os PSFs. Sobre o Colemar, recomendo uma visita ao Tribunal de Contas dos Municípios para uma verificação dos balancetes rejeitados.”
Cotado para disputar a Prefeitura de Goiânia pelo PT, Edward Madureira é do tipo de político heterodoxo e, por isso, jamais põe a faca no pescoço de aliados e adversários. É tão moderno e diplomático que, às vezes, parece político sueco. É um elogio? Não, porque ele faz política no Brasil, não na Suécia. Se continuar “democrático” demais, esperando a fila andar, nunca vai disputar cargos majoritários. O PT de Goiânia está num dilema. Acossado por todos os lados, inclusive pelo aliado e quase adversário PMDB, não sabe que caminho seguir. O prefeito Paulo Garcia quer apoiar Iris Rezende para prefeito, com a delegada de polícia e deputada estadual eleita Adriana Accorsi na vice. Porém, o PT tem outros planos e quer lançar candidato na capital, oferecendo a vice para o PMDB. O argumento do partido tem certa lógica: por que o partido que tem o prefeito deve lançar o vice e não o candidato a prefeito? [relacionadas artigos="26868"] Edward Madureira não gosta de polêmicas que avalia como improdutivas, mas admite que é mesmo preciso discutir, de maneira acentuada, as várias possibilidades partidárias. Inquirido sobre a possibilidade de composição com Iris Rezende, é, mais uma vez, diplomático: “O PT tem condições de bancar um candidato consistente e, portanto, de elegê-lo. Entretanto, se o candidato do PMDB for Iris Rezende, não sei se o PT terá condições de romper a aliança estabelecida a partir do pleito de 2008. Agora, se o candidato for outro, com menos história em Goiânia, o rompimento será mesmo possível”.
Alexandre Baldy — Anápolis/PSDB Chico Bala — Itumbiara/PTB Cida Tomazini — Pires do Rio/PSDB Daniela Vaz — Ipameri/PSDB Gláucia Melo — Porangatu/PSDB Hildo do Candango — Águas Lindas/PTB Jalles Fontoura — Goianésia/PSDB Jânio Darrot — Trindade/PSDB Jardel Sebba — Catalão/PSDB Jayme Rincón — Goiânia/PSDB José Eliton Figuêredo — Posse/PP (é o pai do vice-governador, José Eliton) Luiz Siqueira — Pirenópolis/PSDB Marcelo Melo — Luziânia/PSDB ou Pros Misael Oliveira — Senador Canedo/PDT Neiba Barcellos (ou Leonardo Vilela) — Mineiros/PSDB Reinaldo Cândido da Silva (ou sua mulher) — Goiatuba/PSDB Tião Caroço ou Itamar Barreto — Formosa/PSDB e PSD Valmir Pedro/PSDB — Uruaçu/PSDB Victor Priori — Jataí/PSDB (o vereador Vinicius Luz está no páreo) Waldir Soares — Aparecida de Goiânia/PSDB Zilomar da Código Z — Jaraguá/PSDB
1 — Alexandre Bittencourt — Secretaria de Saúde; 2 — Cândida Motta — Agetop; 3 — Cecília Aires — Secretaria da Fazenda; 4 — Deusmar Barreto — Vice-Governadoria; 5 — Flávia Lélis — Secretaria da Mulher, Trabalho, Igualdade Racial e Desenvolvimento Social; 6 — Leonardo Razuk — Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos; 7 — Paulo Lício — Controladoria; 8 — Rodrigo Hirose — Segurança Pública; 9 — Thaís Couto — Secretaria de Governo; 10 — Thiago Marques — Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e da Agricultura. 11 — Mariza Santana — Casa Civil. Thiago Peixoto convidou João Unes para assessorá-lo na Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), mas o jornalista, por dirigir o jornal virtual “A Redação”, não pôde aceitar. É a segunda recusa. Bruno Rocha Lima, editor de “O Popular”, também recusou a assessoria do secretário. Não teria ficado satisfeito com o salário de 11 mil reais. Segundo uma fonte, teria aceitado se fosse 14 mil reais. A secretária da Educação. Raquel Teixeira, também não escolheu seu assessor. Como 52 gerências de comunicação foram extintas, o governador Marconi Perillo possivelmente vai autorizar a contratação de jornalistas comissionados, porém com salários menores. É possível que o Detran volte a ter um gerente setorial de comunicação.
Conta-se, nos bastidores, que Iris Rezende, espertamente, criou dois grupos no PMDB. Um para incensar e outro para bater no prefeito Paulo Garcia (PT). O grupo de peemedebistas que incensa o líder do paulo-garcismo quer, única e exclusivamente, manter os cargos e os nacos de poder na Prefeitura de Goiânia. Já o grupo que bate em Paulo Garcia tem como objetivo sugerir, com vistas a disputa de 2016, que o PMDB não era assim tão chegado no desgastado prefeito.
Em Brasília não se comenta outra coisa: o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, é a grande decepção nacional do PT. “É o Fernando Haddad do Cerrado”, disse um petista próximo do Palácio do Planalto. O PT nacional avalia que só elegeu um deputado federal em Goiás porque a gestão de Paulo Garcia é mal avaliada na principal cidade do Estado. Iris Rezende no início não pensava assim. Agora, junto com Iris Araújo, avalia que Paulo Garcia prejudicou sua campanha.
Um peemedebista diz que Paulo Garcia está cada vez mais parecido com Daniel Antônio. “Se não for uma ofensa ao ex-prefeito, talvez seja possível dizer que se trata do Daniel Antônio do PT.”
Consta que, toda vez que ouve o nome de Paulo Garcia, o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende usa a palavra “decepção”. Para consumo público, Iris Rezende elogia Paulo Garcia e sustenta que é leal e não é tão ruim quanto dizem. Privadamente, admite que o petista-chefe não tem tino administrativo e não tem autoridade para dirigir sua equipe.
Jorcelino Braga afirma que não apoia uma possível reaproximação entre Vanderlan Cardoso e o governador Marconi Perillo. “Não apoio nenhum político que se alie ao líder do PSDB”, frisa. Mesmo discordando da movimentação política de Vanderlan Cardoso, Jorcelino Braga admite: “É forte candidato a prefeito de Goiânia”.
O presidente do PRP, Jorcelino Braga, informa que Jorge Kajuru está de mudança para Goiânia. Ele pretende disputar a prefeitura. Pelo PRP. Jorge Kajuru e Jorcelino Braga vão tentar bancar aliança com pelo menos dois partidos.
O ex-vereador Gugu Nader, um dos líderes políticos mais promissores de Itumbiara, deve se filiar ao PPS. Ele foi convidado pelo deputado federal eleito Marcos Abrão, presidente do partido, e pela senadora Lúcia Vânia (PSDB). Há uma coisa que falta e uma coisa que sobra em Gugu Nader. O que sobra é popularidade. O que falta é dinheiro. Ele começa sempre bem, mas, por falta de estrutura, desidrata no meio do caminho. Se o PPS lhe oferecer apoio consistente, terá chance de ser eleito prefeito de Itumbiara? É difícil, dado a poderosa máquina eleitoral constituída pelo ex-prefeito José Gomes da Rocha, mas não impossível. “Senti firmeza no discurso da senadora e do deputado”, sublinha Gugu Nader. Ele brinca que não quer, por falta de estrutura, se tornar uma espécie de Gugu “Nada”.
ré-candidato a prefeito de Rio Verde pelo PMDB, o médico Paulo do Vale não gostou de ler, no Jornal Opção, que o PT vai bancar a candidatura do deputado estadual Karlos Cabral. Acredita-se que, com o PMDB e o PT divididos, as chances eleitorais do deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) crescem. Tese do heuler-cruvinelismo: o paulo-valismo e o karlos-cabralismo não “arrancam” votos de Cruvinel, mas dividem o eleitorado das oposições. Como não há segundo turno na cidade, de fato Heuler Cruvinel, desde já, se torna o favorito para a disputa, que se dará em 2016. Mas o PT está certo num ponto: por que Karlos Cabral tem de ser vice de Paulo do Vale? Por que este não pode ser vice de Karlos Cabral?
O presidente do PSDB, Paulo de Jesus, é peremptório: “O vereador Vinicius Luz é um grande valor da política de Jataí, mas o candidato a prefeito pelo PSDB deve ser o deputado e empresário Victor Priori. Porque, além de agregar, é capaz de articular uma estrutura financeira sólida”. Vinicius Luz admite que Victor Priori é o principal líder do PSDB em Jataí e frisa que, se quiser, será o candidato do partido.