Bastidores
O advogado Joaquim de Castro (PSD) deve ser indicado para conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) nesta semana. Com apenas um voto contrário: o do deputado Cláudio Meirelles. Júlio da Retífica, que estaria pleiteando uma vaga no TCM, abriu mão para Joaquim de Castro, que assume a vaga do conselheiro Virmondes Cruvinel.
A situação do prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PSD), não é mesmo muito boa. Até seu ex-secretário de Articulação Política, o vereador Elias Terra, começa a cutucá-lo. “Fica-se com a impressão de que Juraci Martins está perdendo os dentes e, por isso, todos começam a tirar uma casquinha”, afirma um tucano de Rio Verde.
Consta que há pelo menos 13 obras paralisadas em Rio Verde. Um vereador garante que o prefeito Juraci Martins não vai conseguir entregar nem a metade até o fim de seu melancólico segundo mandato.
A saca de soja começa a ser vendida em Rio Verde por 60 reais. É o reflexo da redução da safra deste ano. Um produtor sustenta que a região vai sentir a crise mais no segundo semestre, quando o dinheiro tende a desaparecer do mercado. A produção de soja na região de Rio Verde vai cair porque, em alguns lugares, ficou sem chover de 25 a 30 dias em janeiro. Não se fala em quebradeira generalizada. Mas quem depende de financiamento em banco ficará numa situação complicada.
Já que os deputados federais Waldir Soares, Fábio Sousa e João Campos não querem disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia — optando, dizem, pela disputa da Prefeitura de Goiânia, se der —, pessoas da cidade devem disputar contra Euler Morais (PMDB) e, talvez, Ozair José (PT). Cinco nomes citados por políticos locais: Osvaldo Zilli (empresário), Silvio Benedito (coronel), Tatá Teixeira (ex-vereador, do PSDB), Manuel Nascimento (vereador pelo PSDB) e Cibele Tristão (vereadora e delegada de polícia). Zilli, por ter mais estrutura — é milionário — é mais cotado. Mas não é filiado a partido político. O coronel Silvio, dado o interesse despertado pelo tema segurança pública, tem forte apelo popular.
O advogado Maione Padeiro diz que às vezes se sente meio envergonhado quando as pessoas o abordam na rua e dizem: “Ué, mas você não trabalhou quase 24 horas por dias na campanha do governador Marconi Perillo? Por que até agora não foi nomeado para um cargo comissionado”. Maione responde: “Não tenho a menor ideia”. Aí as pessoas, notadamente as mais agressivas, dizem: “Bem feito!” Ao que Maione responde: “Várias pessoas não foram nomeadas. O que posso dizer é que o governador Marconi Perillo é justo”.
Na segunda-feira, 9, será aberta a Feira do Empreendedorismo da Aparecida de Goiânia. Na terça-feira, 10, a Associação dos Jovens Empreendedores (AJE) vai organizar um café político com líderes das entidades. O convidado vai ser o vereador Gustavo Mendanha, autor da lei que criou a Semana.
Em Aparecida de Goiânia as coisas estão feias: nem mesmo o pastor Jair, presidente do PSDB no município e cunhado do deputado federal João Campos (PSDB), conseguiu ser nomeado para um cargo comissionado.
Políticos e militantes do PSDB de Aparecida de Goiânia dizem: “Nós trabalhamos, em tempo integral, na campanha dos deputados João Campos (PSDB) e Chiquinho Oliveira (PHS). Agora acontece o seguinte: João Campos até que aparece e informa que enviou nossos nomes para o governador Marconi Perillo nomear. Mas o tucano-chefe não nomeia”. E acrescentam: “Chiquinho Oliveira desapareceu do mapa. Antes, não saía de Aparecida, agora não aparece e não atende telefonemas de ninguém”.
Ricardo Quirino assume a presidência do PRB em Goiás no sábado, 7, às 10 horas, no auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal de Goiânia.
Fernando Mendes deixou a presidência do PRB. O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, é o responsável pela troca de comando. Ele estará presente na posse de Ricardo Quirino.
A missão de Ricardo Quirino é preparar o PRB para os próximos embates eleitorais. O partido planeja eleger prefeitos e vereadores em vários municípios goianos, em 2016.
Ricardo Quirino é experimentado politicamente. Ele foi suplente de deputado federal, em 2016, e assumiu a Secretaria Especial do Idoso do governo do Distrito Federal, em 2011. O líder político é coordenador nacional do Movimento PRB Idoso para a implantação de políticas que favoreçam indivíduos da terceira idade.
O novo presidente do PRB é considerado um político extremamente bem articulado e com “muito prestígio” junto à cúpula nacional do partido.
O ex-vereador e empresário Gugu Nader troca o PT (do qual é segundo suplente de deputado estadual) pelo PPS na sexta-feira, 6, às 14 horas, na sede do Diretório Estadual do PPS, em Goiânia.
A ficha de Gugu Nader será abonada pelo presidente do PPS em Goiás, deputado federal Marcos Abrão.
O deputado estadual Álvaro Guimarães vai comparecer à filiação. Álvaro e Gugu têm um acordo político. Em 2016, quem estiver melhor nas pesquisas de intenção de voto será candidato a prefeito. O segundo colocado deve ser candidato a vice.
[Sandes Júnior, José Eliton, Roberto Balestra e Issy Quinan: não há rebelião contra o vice]
Há, possivelmente, alguma informação equivocada na nota “Crise cresce na base e obriga governo a se mobilizar para evitar rachas”, da coluna “Giro”, de “O Popular”, assinada pelo repórter Jarbas Rodrigues Jr. “No PP os deputados federais Roberto Balestra e Sandes Júnior criticam o vice-governador e presidente estadual do partido, José Eliton”, escreve Rodrigues Jr.
No entanto, para o Jornal Opção, Sandes Júnior sempre defende o vice-governador e inclusive o apoia para a disputa de 2018. É provável que sobre Roberto Balestra, apontado como desafeto político de José Eliton, por ter perdido o comando do partido para ele, o repórter esteja certo. Sobre Sandes, é provável que terá de se corrigir.
Detalhe: Sandes Júnior trabalhou, junto com a cúpula nacional do PP, para que José Eliton se tornasse o presidente do partido em Goiás.

[caption id="" align="alignnone" width="620"] Michel Temer com Júnior Friboi: o PMDB nacional rejeita a expulsão do empresário[/caption]
O vice-presidente da República, Michel Temer, o político que de fato manda no PMDB nacional, confidenciou a um político goiano que não apoia a expulsão de Júnior Friboi. Sobre outros nomes, nada disse, até porque não conhece a maioria dos supostos desafetos de Iris Rezende.
A tese de Temer é simples e politicamente madura: partido político tem de somar, agregar, e não expulsar. Ele chegou a sugerir que não se exclui um “gigante” como Friboi. Ele avalia que, se o partido quiser crescer, precisa se renovar e incorporar novas forças — não expurgá-las.
Com Iris Rezende no comando, o PMDB não ganha eleição para governador desde 1998 — em 2018, o partido estará 20 anos fora do poder — e não envia senador para Brasília desde 2002. Para piorar a situação, na eleição de 2014, o partido elegeu apenas dois deputados federais, Daniel Vilela e Pedro Chaves, e não fez o senador.
Políticos do PMDB goiano, como José Nelto e Adib Elias, demonstram não entender como funciona a política em termos nacionais. Em Brasília, o que importa, para cada partido, é ter bancadas fortes tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.
O PMDB de Goiás não tem contribuído para aumentar a força do PMDB nacional em Brasília. Aumentar as bancadas é muito mais importantes, teria sugerido Michel Temer, do que expulsar filiados que possam contribuir para aumentar o capital político do partido.
Há quem avalie que deveria tirar licença do cargo de presidente do Senado. Por uma questão moral e para evitar que use o poder para de defender
O PMDB pode perder o deputado estadual Adib Elias (foto). Houve uma reviravolta no processo que julga a inelegibilidade do peemedebista. A discussão jurídica tem a ver com irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) nos balancetes de Adib Elias quando ele era prefeito de Catalão (entre 2001 e 2008). A ação pode, ao torná-lo ficha suja, provocar a suspensão de seus direitos políticos.
O TCM avalia que Adib causou dano — “irreparável” — ao Erário e, por isso, imputou-lhe o débito de 1 milhão de reais. Na condição de prefeito, o peemedebista descumpriu o repasse obrigatório de determinado valor que havia sido recolhido dos funcionários. O dinheiro deveria ter sido repassado ao Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores de Catalão (Ipasc). Adib também é acusado de ter feito convênios ilegais com o time de futebol Crac.
Quando a Câmara Municipal era presidida por Deusmar Barbosa (PMDB), um grupo de vereadores adibistas fez uma manobra e aprovou os balancetes irregulares. A Câmara recorreu à Justiça sustentando que, para julgar as contas do então prefeito Adib Elias, estava acima do TCM. A juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública do Estado de Goiás, Zilmene Gomide da Silva, concedeu liminar à Câmara. Assim, livre da conclusão do TCM, Adib Elias conseguiu ser diplomado, em 19 de dezembro de 2014, como deputado estadual.
Porém, com a eleição do vereador Juarez Rodovalho (DEM) para presidente da Câmara Municipal, em janeiro de 2015, o Legislativo protocolou, no Poder Judiciário, um pedido de arquivamento da ação que havia sido proposta pelo aliado de Adib Elias. Agora, com o pedido de arquivamento, a liminar não tem mais feito. Deste modo, o mandato do peemedebista pode ser cassado.
Os advogados de Adib Elias trabalham para tornar sem efeito o pedido de desistência protocolado pela Câmara Municipal na Justiça. Entretanto, avaliando ações semelhantes, juristas consultados pelo Jornal Opção sustentam que Adib Elias corre risco ser “banido” da vida pública, deixando o PMDB desfalcado.