Os sete políticos mais cotados para disputar o Senado em 2018. Eles já estão articulando
18 abril 2015 às 19h44
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Está mesmo cedo para discutir a eleição de 2018, sobretudo porque, de algum modo, dependerá, ainda que em parte, do quadro eleitoral que sairá de 2016 (na verdade, a eleição que mais ajuda a definir a de 2018 é a de 2014), mas os políticos já estão armando o jogo com vistas àquela disputa.
Para o Senado, por exemplo, sete postulantes vão se colocando, e sem nenhuma discrição.
1 – Vilmar Rocha (PSD)
O nome mais definido até agora é o do secretário das Cidades, Vilmar Rocha, do PSD. Aos que lhe perguntam sobre os projetos futuros, o ex-deputado diz, com todas as letras, que só se interessa, daqui pra frente, pelo governo do Estado de Goiás e, sobretudo, por uma vaga no Senado. É candidatíssimo. Seu perfil é mesmo de senador.
2 – Marconi Perillo (PSDB)
O governador Marconi Perillo (PSDB) está mais preocupado em viabilizar seu governo. Porque seu futuro político, local e nacional, depende disto. Mas, se não for candidato a presidente da República — o circuito certamente estará congestionado por tucanos de alta plumagem, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, de Minas Gerais —, deve ser candidato a senador. Acredita-se, até, que uma vaga é sua, quase por antecipação, dada sua capacidade de trabalhar, em termos administrativos e políticos.
3 – Lúcia Vânia (PSDB, de mudança para o PSB)
A senadora Lúcia Vânia, até poucos dias, era vista como carta fora do baralho. Porém, enxergando longe, com olhos de águia, percebeu que, se ficasse no PSDB, não teria condições de disputar a reeleição em 2018. Porque, com Marconi candidato, uma vaga, quase que automaticamente, irá para um político de outro partido.
O tucanato, numa frente ampla, não terá condições de bancar dois candidatos a governador. Daí a ida, definida, de Lúcia Vânia para o PSB. Agora, é mais que candidata. É candidatíssima. E vai contar com o apoio do PPS, que é dirigido pelo deputado federal Marcos Abrão, seu sobrinho e aliado. É fortíssima, inteligente e articulada. Nunca dorme no ponto — como prova sua filiação ao PSB.
4 – Maguito Vilela (PMDB)
Maguito Vilela (PMDB), prefeito de Aparecida de Goiânia, é outro candidato forte — se, claro, for candidato. O peemedebista tem afirmado, cada vez com mais frequência, que seu projeto político, daqui pra frente, é o de seu filho, o deputado federal Daniel Vilela (PMDB).
Pode ser. Se não for, pode disputar mandato de senador, em parceria ou não com o governador Marconi Perillo — uma espécie de Jan-Jan (Jânio & Jango, no início da década de 1960). O deputado federal Daniel Vilela pode ir ao Senado? Está mais interessado no governo do Estado. Mas há quem aposte que vai disputar a reeleição.
5 – Jovair Arantes (PTB)
Jovair Arantes é um sobrevivente de alto calibre. Fala-se mal dele, mas, quando “abrem” as urnas, o petebista é sempre eleito, com votações consistentes. Porque é um deputado atuante, que representa bem tanto os prefeitos quanto aliados sem mandato. É um craque na política — goste-se ou não dele.
No momento, está solto politicamente, podendo compor tanto com José Eliton, possível candidato a governador da base marconista em 2018, quanto com Ronaldo Caiado, provável candidato alavancado pelo PMDB. Jovair Arantes está se cansando da Câmara dos Deputados, mas sabe que uma disputa para senador é para profissionais, o que ele é, sem dúvida.
6 – Júnior Friboi (PMDB)
Júnior Friboi, fala-se entre seus aliados e ele mesmo o diz, quer disputar mandato de governador, em 2018. Sua tese: sem Marconi Perillo no páreo, todos são japoneses e ele, com grana farta, pode se tornar alemão, quer dizer, a diferença. Seu sonho é disputar o governo com o apoio do tucano-chefe. Há, porém, quem acredite que vai disputar mandato de senador e apoiar José Eliton para governador.
7 – Roberto Balestra (PP)
Roberto Balestra, o decano goiano da Câmara dos Deputados, tem intenção de disputar o Senado, em 2018.
Sabe que será difícil, pois a estrada está congestionada. Mas vai colocar seu nome em jogo. Se colar, colou.