Bastidores

[caption id="attachment_31379" align="aligncenter" width="620"] Os queridos: Ana Carla Abrão (Sefaz), Zé Eliton (SED), Thiago Peixoto (SegPlan), Vilmar Rocha (Secima) | Fotos: Leoiran, Governo de Goiás, Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Todo governador tem seus auxiliares preferidos. O governador Marconi Perillo prefere não revelar os seus. Mas dois aliados, que o conhecem bem, sugerem que são quatro os auxiliares mais prestigiados, no momento, pelo tucano-chefe: Ana Carla Abrão Costa (Fazenda), Thiago Peixoto (Segplan), José Eliton (Desenvolvimento) e Vilmar Rocha (Cidades).
Ana Carla tem se comportado de maneira impecável ao defender o ajuste fiscal, o enxugamento da máquina, sem temer cara feia e desgaste.
Vilmar Rocha aproximou Marconi de um dos mais importantes ministros e aliados da presidente Dilma Rousseff — o ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Se o VLT sair, e não será fácil, terá o dedo de Kassab e, portanto, de Vilmar.
José Eliton, como vice e secretário, é apontado como um aliado em tempo integral do governador. É visto como articulador hábil e “peitador”.
Thiago Peixoto é uma espécie de Giuseppe Vecci com temperamento mais ameno. “Marconi o vê como um formulador, como um auxiliar que apresenta soluções e sabe discordar com inteligência e moderação. É intelectual, mas não é chato”, afirma um auxiliar do tucano. Há quem o avalie como um dos herdeiros políticos de Marconi.

O advogado Ivan Ornelas (PMDB) está disposto a disputar a Prefeitura de Formosa, apesar de saber que o deputado estadual Ernesto Roller está, no momento, na pole position. “Na verdade, não há favoritos no município. Mas o PMDB, dado o desgaste dos adversários, deve eleger o próximo prefeito.”
O prefeito Itamar Barreto, do PSD, “está muito mal. Ele fracassou completamente, ao não conseguir moralizar a prefeitura. Não enxugou a máquina e ainda deixou Tião Caroço mandar. A prefeitura arrecada 150 milhões por ano e, mesmo assim, as ruas de Formosa estão esburacadas e professores e garis ficaram de greve durante 20 dias. Itamar está dizendo que, depois das chuvas, vai fazer muito asfalto. Resta saber se dará tempo de recuperar sua imagem”.
Há quem aposte que apenas Tião Caroço pode derrotar Roller. “Caroço tem problemas. Uma ação judicial cobra que ele e sua mulher, Nara Guimarães, devolvam 90 milhões de reais ao Erário”.
“Em 2014, ao demorar a se lançar candidato a governador, Iris Rezende contribuiu para gerar arestas com outros postulantes do PMDB”, afirma o ex-deputado Ivan Ornelas. “Agora, como vai disputar a Prefeitura de Goiânia, Iris precisa definir-se o mais rápido possível. Ele, aliás, já deveria ter assumido a candidatura.” Ornelas avalia que, se não se lançar logo, Iris contribui para desgastar o partido. “Há a possibilidade de outros se lançarem, gerando conflitos.” Curiosamente, contrariando o discurso tradicional do peemedebismo, Ornelas sublinha que Iris não perdeu em 2014 por falta de dinheiro. “Faltou uma campanha consistente e, também, faltou organização planejada na campanha. Falar em dinheiro é esconder os problemas reais.”
O advogado e produtor rural Ivan Ornelas, ex-deputado estadual, foi eleito presidente do Sindicato Rural de Formosa. A posse de Ivan Ornelas, no dia 7 de abril, será realizada no Parque de Exposição Pecuária de Formosa.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), indicou um deputado para a Secretaria de Habitação e Roberto Freire, do PPS, que havia ficado como suplente, assumiu o mandato na sexta-feira, 20. Talvez seja uma das grandes “obras” do tucano paulista em defesa da democracia. Freire enriquece o Parlamento com sua inteligência, experiência e retidão pessoal.
Num momento de crise grave, tanto econômica como política e moral, Roberto Freire vai ser decisivo nos debates congressuais. Trata-se de uma das mais respeitadas e autorizadas vozes da política nacional. Os demais parlamentares ganharão com sua dedicação apaixonada e profissional.
“Nós, parlamentares de primeiro mandato e mesmo os mais experientes, só temos a ganhar com a presença de Roberto Freire na Câmara”, sublinha o deputado Marcos Abrão, presidente do PPS de Goiás.
O deputado federal Waldir Soares pode ser candidato a prefeito de Goiânia pelo PPS. Ele deixaria o PSDB alegando que não lhe franqueiam espaço político para disputas majoritárias.
Pesquisadores avaliam que o deputado-delegado Waldir Soares (PSDB) e o radialista Jorge Kajuru, se candidatos a prefeito de Goiânia, podem até não ser eleitos. Mas tendem a desequilibrar o jogo político. Quem mais sai prejudicado com as possíveis candidaturas de Waldir Soares e Jorge Kajuru é o ex-prefeito Iris Rezende. Motivo: o deputado e o radialista tendem a obter forte votação na periferia — tradicional reduto do peemedebista-chefe.
Quem aposta em dissensão em Senador Canedo não conhece a política do município. Vanderlan Cardoso (PSB) e o prefeito Misael Oliveira (PDT) nunca estiveram tão unidos. Misael Oliveira é o candidato de Vanderlan Cardoso em Senador Canedo e Vanderlan Cardoso é o candidato de Misael Oliveira em Goiânia. A aliança é tão forte que Misael Oliveira é um dos articuladores da aproximação de Vanderlan Cardoso com o governador Marconi Perillo (PSDB).
Há um consenso de que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e os deputados federais Daniel Vilela e Pedro Chaves, do PMDB, estão deixando a turma de Iris Rezende levar Júnior Friboi para o matadouro sem opor a resistência devida.
O prefeito de Nerópolis, Fabiano da Saneago (PSDB), enfrentou alguns problemas no início da gestão, mas aos poucos deslanchou. Hoje, com mais experiência, está se revelando um prefeito eficiente. Se o governo do Estado colaborar um pouco mais, concluindo obras iniciadas no município, Fabiano da Saneado se consolidará ainda mais e deve ser reeleito, em 2016.
Olavo Noleto (PT) trabalhou, o quanto pôde, para apaziguar as relações entre o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Ao trabalhar vários anos em Brasília — com o ex-presidente Lula da Silva e com a presidente Dilma Rousseff —, Olavo Noleto aprendeu que a arte da diplomacia é mais importante, para o gestor que quer ser produtivo, do conflito, que, intenso, se torna paralisante. O único problema é que há luas vermelhas, com uma visão parca do que é gestão, que trabalham para travar uma aproximação entre o prefeito e o governador. Porém, na medida que Paulo Garcia vai se livrando da tutela edipiana de Iris Rezende, a articulação é possível.
Não procede a história de que o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o tucano Anselmo Pereira, desembolsou 5 milhões para conquistar sua vitória. Trata-se, na verdade, de boato espalhado por opositores descontentes com o sucesso de um dos vereadores mais atilados da atual legislatura. Dono de um grande patrimônio — mais de 100 lotes (no Faiçalville, no Alphaville, entre outros setores), casas, farmácias, motéis, tudo conquistado com muito trabalho —, Anselmo Pereira é, acima de tudo, pão duro e não torraria jamais 5 milhões de reais do próprio bolso para se eleger presidente da Câmara.
O quadro político de Itumbiara permanece nebuloso. José Gomes da Rocha, se resolver seus problemas na Justiça, gostaria de ser candidato a prefeito. O prefeito Chico Bala (PTB) quer disputar a reeleição, apesar do desgaste. O deputado José Antônio também mantém seu nome como possível indicado. Mas quem decide mesmo é Zé Gomes. Na oposição, há um acerto entre o deputado Álvaro Guimarães (PR) e Gugu Nader (PPS): quem estiver melhor nas pesquisas será o candidato. Isto teoricamente. Porque, na verdade, o candidato deve ser Gugu Nader, que conta com o apoio da senadora Lúcia Vânia (PSDB) e do deputado federal Marcos Abrão, presidente do PPS. A tese: se Álvaro Guimarães for eleito, Itumbiara perde um deputado estadual. Porém, se Gugu Nader for eleito, o município ganha um prefeito jovem e mantém um deputado. Noutras palavras, a cidade fica mais forte. O muro de Berlim de Gugu Nader é Zé Gomes. Se ele for candidato, como é um verdadeiro trator, há que recomende ao militante do PPS que dispute mandato de vereador. O que Gugu Nader não quer e não vai fazer.
O vereador Gustavo Mendanha quer disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia pelo PMDB. Porém, pressionado por seu pai, o maguitista Léo Mendanha, tende a aceitar o candidato indicado pelo prefeito Maguito Vilela — Euler Morais — para a sucessão de 2016.
Líderes de Aparecida de Goiânia reclamam de Fábio Sousa, Waldir Soares e João Campos. Eles alegam que os três deputados federais são bem votados no município, mas se recusam a dialogar com os políticos locais.