Bastidores

Encontramos 18693 resultados
A oposição nas ruas e a oposição no Congresso

Carlos César Higa “As manifestações que avançam Brasil afora neste mês de junho mostram exatamente isso. Não é apenas o simples descontentamento com a classe política, mas sim a total falta de conexão com o que é trabalhado dentro do Congresso Nacional e a realidade deste país. Se a pauta daqueles que estão nas ruas é imensa, talvez o motivo principal seja a ausência de lideranças políticas que pensem o Brasil não para a Copa do Mundo ou para a Olimpíada, mas para muitos anos à frente”. Escrevi isso em um texto publicado pelo Jornal Opção em 20 de junho de 2013, no auge das manifestações que ocuparam as ruas de várias cidades do país. Entre as manifestações daquele ano e as de agora permanecem a insatisfação do brasileiro com os políticos e a falta de sintonia entre os trabalhos aqueles que nos representam com o que é exigido nas ruas. A oposição é um exemplo dessa falta de sintonia. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) gravou um vídeo divulgado nas redes sociais convocando os brasileiros para saírem às ruas nos dias 15 de março e ontem. Faltou alguém gravar um vídeo e divulgar na rede social do senador convocando-o para também participar das manifestações. No dia 15, Aécio assistiu da janela do seu apartamento no Rio de Janeiro as pessoas que saíram as ruas contra o governo. Ontem, assinou um documento apoiando as manifestações. E dizem que essa oposição flerta com o golpe. Aécio Neves perdeu as eleições do ano passado para Dilma Rousseff por uma diferença de três milhões de votos. Ao invés de intensificar as críticas ao governo que fez durante a campanha (e que o tempo mostrou que estavam corretas) e buscar aproximação com os manifestantes, preferiu se esconder. Talvez o único que não saiba o real motivo das derrotas para o PT desde 2002 seja o próprio PSDB. Fica difícil apontar os erros já que o próprio partido se esconde quando convocado. O lado bom dessas manifestações é o surgimento de movimentos como o Movimento Brasil Livre, Vem pra rua e Revoltados on-line, que se dispõe em fazer o papel que seria das oposições: organizar as manifestações contra o governo. E a rapaziada desses movimentos está conseguindo juntar muito mais gente do que os velhos manifestantes da CUT, UNE e MST. Os doze anos de governismo cobra seu preço. A manifestação de ontem foi menor que a do dia 15 de março? Com certeza foi muito maior do que as convocadas pelos governistas e não precisou de pão com mortadela. O blog do Reinaldo Azevedo no site da Veja informa que os líderes dos movimentos que organizaram as manifestações estão convocando para uma marcha rumo a Brasília para pressionar os parlamentares no cumprimento das pautas reivindicadas nas ruas. Resta saber se o senador Aécio Neves irá publicar um vídeo na sua rede social dizendo que receberá o pessoal, mas, na realidade, marchará para o seu apartamento no Rio. Como o próprio Reinaldo escreveu no seu blog: ou o PSDB se reinventa ou será tragado junto com o PT. A oposição nas ruas está fazendo a sua parte: convocando a população para protestar contra o governo, procurando os meios legais para efetivar suas pautas. Será que a oposição no Congresso continuará se omitindo como fez em 2013? Se Aécio se esconder novamente no seu apartamento a beira mar poderá ser tragado pelo tsunami que não vem do oceano, mas da Avenida Atlântica. Carlos César Higa é mestre em história pela Universidade Federal de Goiás.

Ronaldo Caiado ganha o segundo round da luta contra Demóstenes Torres

[caption id="attachment_32826" align="alignright" width="620"]Sob o olhar atento de Dana White, Demóstenes “McGregor” se prepara para lutar contra Ronaldo “José Aldo” Caiado. Guerra épica |  Fotomontagem Sob o olhar atento de Dana White, Demóstenes “McGregor” se prepara para lutar contra Ronaldo “José Aldo” Caiado. Guerra épica | Fotomontagem[/caption] A imprensa política do país considera como sensacionais os dois primeiros rounds da luta de “MMA” entre o campeão senador Ronaldo “José Aldo” Caiado (DEM) e o desafiante ex-senador Demóstenes “Conor McGregor” Torres (ex-DEM). Com um direto no queixo, desferido a partir de artigo de jornal, Demóstenes venceu o primeiro round — deixando o oponente desnorteado. Porém, depois de um eficiente trabalho no corner e devidamente consertado pelo martelinho de ouro do cutman-advogado Jacob “Stitch” Durant, Caiado voltou mais atento para o segundo round e, ao interpelar judicialmente Demóstenes, empatou a batalha. Aguarda-se o terceiro round — com os contendores em igualdade de condições. Se apresentar um maior arsenal de golpes — documentos associando o senador ao empresário Carlos Cachoeira —, De­móstenes desempata e fica um ponto à frente. Entretanto, se não houver a apresentação de provas de sua denúncia, tida como duríssima por advogados e pelo matchmaker Joe Silva, a luta irá para o quarto round — com a apresentação de uma queixa-crime por parte de Caiado. Se conseguir expor as provas, convencendo o juiz-árbitro de sua consistência, Demóstenes ganha mais um round. No entanto, sem documentos comprobatórios, perderá e a luta ficará empatada. O quinto e último round — se a luta chegar até lá — sairá das mãos dos lutadores e passará ao controle de um juiz-árbitro. Se condenado, Demóstenes perde a luta. Se absolvido, Caiado é o grande derrotado. O que Demóstenes e Caiado ganham e perdem “brigando” no ou fora do octógono? Os problemas judiciais do primeiro podem ser “agravados”? Não se sabe. Advogados experimentados sugerem que, em situação de crise, às vezes é preciso fingir-se de “morto”. O ex-senador comporta-se como “muito vivo”. O segundo, se Demóstenes apresentar provas de suas denúncias, sai chamuscado e dificilmente terá condições de ser candidato a governador em 2018. Um armistício — e não a continuidade da guerra —, acima das vaidades e orgulhos, seria mais inteligente para a dupla.

Fusão entre PSB e PPS atrai os senadores Paulo Paim, Lúcia Vânia e Marta Suplicy

[caption id="attachment_32822" align="alignright" width="620"]Lúcia Vânia, Marta Suplicy e Paulo Paim: três senadores que caminham para se filiar ao PSB. Querem uma alternativa política | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção, Agência Senado e Geraldo Magela Lúcia Vânia, Marta Suplicy e Paulo Paim: três senadores que caminham para se filiar ao PSB. Querem uma alternativa política[/caption] A imprensa está de olho na fusão entre o PTB e o DEM, mas a fusão que pode sair antes é a do PSB com o PPS. Os dois partidos são socialistas — aliás, mais próximos da socialdemocracia europeia — e, portanto, têm identidade política. Não há resistência à união. O partido nasceria com quase 50 deputados federais e ganharia mais três senadores — Paulo Paim (RS), Marta Suplicy (SP), que devem deixar o PT, e Lúcia Vânia (GO), que está deixando o PSDB. A crise do PT, que deve perder terreno eleitoral tanto em 2016 quanto em 2018 — devido à desmontagem de sua imagem ética —, possivelmente vai abrir espaço para um grande partido de esquerda, que poderá ser aquele que surgir da fusão entre PSB e PPS. Acredita-se que o espaço do PT, se este desmoronar de vez, não será ocupado pelo PSDB, que é visto como elitista e distanciado dos movimentos sociais e sindicais. Seria “ocupado” por outro partido de esquerda, mas não corroído por denúncias de corrupção. Em São Paulo, Marta Suplicy, que deve disputar a prefeitura contra o desgastado Fernando Haddad, planeja sair o mais rápido possível do PT. Primeiro, para se “limpar” da imagem de petista. Segundo, porque precisa se postar, desde já, como “a” oposição ao petista Haddad. Em Goiás, como não deverá disputar mandato em 2016, Lúcia Vânia tem mais tempo. Porém, se quiser organizar o PSB no Estado, precisa sair um pouco mais cedo para articular as filiações — quem quiser ser candidato a prefeito e vereador tem de se filiar até setembro deste ano — e fortalecer o partido para o pleito de 2018, quando deverá disputar, pela terceira, mandato no Senado. Um aliado do presidente do PSB em Goiás, Vanderlan Cardoso, diz que as conversações com Lúcia Vânia estão “fechadas”. “Ela vai jogar no nosso time”, frisa. “Nós sabemos que o PPS também é uma opção para a senadora, mas o PSB é mais interessante porque tem uma bancada sólida no Senado e está crescendo”, afirma o político. Um político que mantém interlocução com o PSB avalia que Vanderlan Cardoso planeja ser candidato a prefeito de Goiânia, mas “não demonstra muita vibração”. “Vanderlan espera obter o apoio do governador Marconi Perillo, porém, embora o tucano seja imprevisível, a tendência é que o PSDB banque um candidato a prefeito e deixe a negociação com políticos de outros partidos para o segundo turno. Insisto que, para Marconi, tendo pré-candidatos sólidos no PSDB, como Jayme Rincón e Giuseppe Vecci, não será fácil apoiar candidato de outro partido.” Na possibilidade de um se­gundo turno entre Iris Rezende, do PMDB, e Vanderlan, a tendência é que o tucano-chefe fique com a segunda hipótese. Não tanto por ter muito entusiasmo por Vanderlan, e sim para enfraquecer Iris. Porque, se este for eleito, o PMDB terá mais estrutura para disputar o governo em 2018. Se Iris perder, é possível que seja mais fácil, para Marconi, eleger seu sucessor.

Júnior Friboi quer ficar no PMDB mas enfrenta a “ira” de Iris Rezende e José Nelto

[caption id="attachment_32819" align="alignright" width="620"]Júnior Friboi: luta contra expulsão para reorganizar o PMDB para as disputas eleitorais de 2016 e 2018 | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Júnior Friboi: luta contra expulsão para reorganizar o PMDB para as disputas eleitorais de 2016 e 2018 | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Um advogado disse que a imprensa, inclusive o Jornal Opção, está errando quando analisa a possibilidade de expulsão de Júnior Friboi dos quadros do PMDB. “A Comissão de Ética decide se ‘adverte’, se ‘suspende’ ou se ‘expulsa’. A Comissão Executiva só executa o que a primeira — que tem autonomia — propõe.” O Jornal Opção ouviu as correntes que querem e não querem a expulsão de Friboi. “A maioria da Comissão de Ética é pela rejeição da denúncia contra Friboi, por considerá-la inepta, frágil”, afirma um friboizista. O empresário deverá apresentar sua defesa na quinta-feira, 16. “Friboi está tranquilo e, se permanecer no partido, como acredita, vai articular a montagem da chapa para a disputa do Diretório Estadual em outubro. Em seguida, se eleito, vai percorrer todo o Estado com o objetivo de reorganizar o partido para a disputa eleitoral de 2016”, diz o peemedebista. O líder do PMDB na As­sembleia Legislativa, José Nelto, contrapõe: “Friboi vai ser expulso do PMDB”. “Não tenho a menor dúvida de que não há espaço para a permanência de Friboi no PMDB”, afirma José Nelto. “A situação dele é insustentável. Não tem conversa, disse-me-disse. Se o pessoal ficar com Friboi é o fim do partido, que ficará desmoralizado. Um partido que não tem caráter e não tem personalidade não se sustenta. Friboi é ‘sonegador’, ‘traidor’ e ‘infiel’. Portanto, não pega bem para o PMDB mantê-lo em seus quadros. É hora de retirar as máscaras e assumir posições. Ou todos se esqueceram que, em 2014, quando o PMDB tinha seu candidato a governador, Iris Rezende, Friboi declarou voto noutro candidato, Marconi Perillo, do PSDB? Não acredito que tenham se esquecido.” Iris Rezende, do qual José Nelto é uma espécie de porta-voz informal para assuntos políticos, também quer a exclusão de Friboi dos quadros do PMDB. “Os ‘marconistas’ têm de se filiar no PSDB, no PSD e no PP”, sugere o deputado.

Banco Santander pode liberar 400 milhões de reais para o governo de Goiás

O empréstimo de 400 milhões de reais do Banco Mizuno não foi concedido ao governo de Goiás porque a instituição financeira não conseguiu uma certidão negativa junto à Receita Federal. Por isso, o financiamento deve ser repassado pelo Banco Santander. No mesmo valor. O governador Marconi Perillo só está aguardando a autorização do Ministério da Fazenda. Para 2015, o governo goiano tem um espaço fiscal de 1,8 bilhão de reais. O ministro Joaquim Levy disse que o governo federal não iria autorizar empréstimos no primeiro semestre. Mas o duríssimo Mãos de Tesoura já estaria mais maleável. Os 400 milhões de reais, se saírem, serão empregados na construção de infraestrutura nos municípios goianos, notadamente na área de pavimentação asfáltica.

Deputado Diego Sorgatto aposta que Cristóvão Tormin vai ser reeleito prefeito de Luziânia

[caption id="attachment_32815" align="alignleft" width="300"]Deputado estadual Diego Sorgatto | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Deputado estadual Diego Sorgatto | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] O deputado Diego Sorgatto (PSD), representante do Entorno de Brasília, avalia que pesquisas de intenção de voto, ao menos neste momento, não têm como refletir o quadro que se terá em outubro de 2016. “Quem pensa a política de maneira rígida, sobretudo a um ano, cinco meses e 20 dias das eleições para prefeito, costuma errar nos seus prognósticos. Por isso, dado o volume de obras que estão sendo construídas em Luziânia, aposto que o prefeito Cristóvão Tormin (PSD) será reeleito.” Sorgatto sublinha que a maioria dos prefeitos do país “padece com a crise econômica nacional”. Porém, ressalta, “a crise em Luziânia é menos intensa devido à gestão competente de Cristóvão Tormin. Ele reformou as 63 escolas do município, com a participação direta dos diretores e professores, e está construindo uma escola de tempo integral, que será inaugurada no fim deste ano”. A oposição diz que a cidade está “esburacada”. “Apesar das chuvas frequentes, as ruas estão relativamente conservadas. Há, de fato, um problema, mas não é do prefeito. O Estado iniciou a restauração de algumas ruas, mas, por falta de recursos, não concluiu o trabalho. O governador Marconi Perillo nos disse que vai retomar as obras, com os recursos de 400 milhões de reais do Santander.” Tormin luta contra forças tradicionais da política de Luziânia. Na verdade, pontua Sorgatto, “o prefeito simboliza a renovação, por isso desagrada tanto as forças conservadoras”.

Tucanos ganham apoio do delegado Waldir e querem lançar candidato a prefeito em Aparecida de Goiânia

[caption id="attachment_32812" align="alignright" width="620"]Reunião dirigida pelo delegado Waldir teve 53 tucanos | Foto: Divulgação Reunião dirigida pelo delegado Waldir teve 53 tucanos | Foto: Divulgação[/caption] Tucanos de Aparecida de Goiânia, denunciando que o deputado federal João Campos se tornou sr. feudal do PSDB, convocaram uma reunião com políticos e que, embora tendo domicílio outras plagas, obtiveram votação expressiva no município. Compareceram, com o objetivo de fortalecê-la, o deputado federal Waldir Soares, o deputado estadual Mané de Oliveira, uma aliada do deputado federal Alexandre Baldy (Lorena Ayres), um assessor do deputado Giuseppe Vecci, um aliado do deputado Fábio Sousa (Helder), Sebastião Viana, vereadores Cybelle Tristão e Manoel Nascimento, Renato Silva, Hugo Teixeira, Maione Padeiro e Iracema Borges (mulher do coronel Silvio Benedito). À reunião, dirigida pelo delegado Waldir, compareceram 53 tucanos. O objetivo da reunião foi iniciar a organização da comissão provisória para, posteriormente, criar o Diretório Municipal do PSDB em Aparecida. João Campos não compareceu, nem enviou seu preposto-cunhado, o pastor Jair Antônio. O delegado Waldir frisou que, na reunião de sexta-feira, 17, se encarregará de levar João Campos. Os tucanos locais ficaram “satisfeitos” com a reunião, que avaliaram como “prestigiada”. Eles dizem que, organizado o partido, vão preparar o lançamento de um candidato a prefeito. O partido pode lançar o presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), Osvaldo Zilli, ou o comandante-geral da Polícia Militar, Silvio Benedito. Eles ainda não têm filiação partidária. O delegado Waldir, Mané de Oliveira e Fábio Sousa, este por intermédio de seu representante, disseram que não vão disputar eleição para prefeito em Aparecida e sequer vão transferir seu domicílio eleitoral para o município. O que eles querem e deixaram explícito é fortalecer o partido — como quer o governador Marconi Perillo — para que tenha condições de lançar um candidato a prefeito “competitivo” e “qualitativo”. Os deputados federais também informaram que vão colocar emendas no Orçamento da União para Aparecida de Goiânia. “Nós agora sentimos que estamos vivos”, suspirou um tucano. João Campos tem reclamado com frequência ao presidente regional do PSDB, Paulinho de Jesus, dos militantes do PSDB de Aparecida. Segundo a versão apresentada pelo deputado federal, os integrantes do partido querem “alijá-lo” da política de Aparecida. Os tucanos alegam que não querem o afastamento de João Campos, mas não planejam tolerar o comando de seu cunhado, Jair Antônio, que, dizem, mora no Setor Pedro Ludovico e só aparece a Aparecida quando lhe convém.

“Sou pré-candidato a prefeito e quero obter o apoio de Maguito Vilela”, diz Ozair José

O vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Ozair José (PT), é um político discreto, mas, ao contrário do que costumam pensar, aguerrido. Deputado estadual por dez anos, ex-vereador no município, ele disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 10, que é pré-candidato a prefeito. “Não tenho a pretensão de ser candidato isolado, sem o apoio de ninguém. Quero ser bancado pelo prefeito Maguito Vilela, a quem apoio desde 2008 e com que mantenho excelente relacionamento político e pessoal”, afirma Ozair. O calo na sua “urna” é o chefão do PT em Aparecida, o vereador Helvecino Moura. “Ele sempre diz que é candidato a prefeito, mas nunca disputa. Eu, pelo contrário, já fui candidato a prefeito, sou vice e quero disputar a prefeitura em 2016.” Comenta-se que Maguito já definiu seu candidato. Seria Euler Morais. “Não é bem assim. Tenho apreço e respeito por Euler, mas ele está no município há apenas dois anos.” Mas Maguito não era do município e foi eleito, com apoio maciço, duas vezes. “Maguito havia sido governador e senador. É um caso à parte.”

Bicheiro tem conta na Suíça e é investigado pela Polícia Federal

O blog do repórter Fernando Rodrigues, do UOL, revela que o bicheiro Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, do Rio de Janeiro, tem contas na Suíça e aparece como “segundo” colocado “no ranking dos correntistas com mais ‘indícios de ilícitos’. Contra ele o Coaf tem 14 Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs), o último de 20 de março de 2015”. Seu caso está na Polícia Federal.

Revista Piauí escreve texto empático e chama Cleovan Siqueira de Policarpo Quaresma

[caption id="attachment_32805" align="alignright" width="214"]Kassab queria fundir o PL com o PSD para criar um grande partido, mas deu zebra| Foto: Reprodução Kassab queria fundir o PL com o PSD para criar um grande partido, mas deu zebra| Foto: Reprodução[/caption] A repórter Carol Pires, da revista “Piauí”, escreveu uma reportagem, “A morte e a morte do Partido Liberal”, na qual traça um perfil do político goiano Cleovan Siqueira. Apesar de chamá-lo de Policarpo Quaresma (e do título remeter a Jorge Amado), personagem de Lima Barreto, o texto guarda certa empatia. O PL e Cleovan quase foram trucidados pela briga de foice no escuro entre o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e o PMDB de Eduardo Cunha e Michel Temer. Kassab queria fundir o PL com o PSD para criar um grande partido, para se tornar uma sombra para o PMDB. Era uma jogada dele com anuência da presidente Dilma Rousseff, mas deu zebra. Daí Cunha, Renan Calheiros e Temer “pediram” o escalpo de Cleovan. Não levaram, é claro, porque o país vive tempos democráticos. No olho do furacão, Cleovan disse ao Jornal Opção que seu objetivo, daqui pra frente, é conseguir o registro do PL e prepará-lo para as eleições de 2016 e 2018. Com seu estilo discreto, afável e respeitoso, Cleovan é um guerreiro, praticamente um templário — quase um jesuíta —, daqueles que não desistem nunca. Ele se emociona, demonstra fragilidade, como notou a repórter da “New Yorker” patropi, mas é, acima de tudo, um resistente ou, diria Euclides da Cunha, um forte.

A nova oposição na OAB-Goiás pode surgir de grupo que era situação

[caption id="attachment_32803" align="alignright" width="300"]oab Candidato de oposição pode ser o maçom Luciano Hanna[/caption] Há um truísmo: na vida pública, seja na política partidária, seja em disputas classistas, ninguém está “morto” em definitivo. Re­centemente, devido à saída de Henrique Tibúrcio da presidência da OAB-Goiás, concluiu-se, de maneira apressada, que Lúcio Flávio de Paiva, mesmo antes da disputa de novembro, já “estava” eleito. Porém, diria Nelson Rodrigues, há o imponderável. Enil Henrique, eleito para um mandato-tampão, está organizando a casa e é percebido como um gestor sério, sobretudo tem sido apontado como um defensor aguerrido dos advogados. Para piorar a situação da oposição (leia-se Lúcio Flávio), é possível que surja um grupo de oposição a Enil a partir da aliança entre os experimentados Feli­císsimo Sena e Miguel Cançado. Os dois podem bancar um candidato de oposição — como o maçom Luciano Hanna, Flávio Buonaduce ou Pedro Paulo Medeiros. Por fora, mas com muito dinheiro, aparece o Júnior Friboi da advocacia, Djalma Rezende. (Fica o registro de que, se Lúcio Flávio, reuniu dezenas de advogados, para demonstrar a vitalidade de seu grupo, Felicíssimo Sena e Miguel Cançado também reuniram dezenas de aliados. A surpresa foi a convergência de advogados mais experimentados com dezenas de jovens.)

Eduardo Machado critica a cláusula de barreira e o distritão. “Querem acabar com a democracia”

[caption id="attachment_32799" align="alignleft" width="300"]Presidente do PHS, Eduardo Machado Presidente do PHS, Eduardo Machado[/caption] O presidente do PHS nacional, Eduardo Machado, é um dos mais ferozes combatentes da volta da discussão sobre a cláusula de barreira. “Alguns integrantes dos grandes partidos querem ‘enterrar’ os direitos das minorias, suprimindo parte da vida democrática do país. Já o distritão é letal para os pequenos partidos. A eleição deixa de ser proporcional e passa a ser majoritária. Serão eleitos apenas os mais votados. Eduardo Cunha é um político eficiente mas só pensa em seus interesses.”

Negócios do BNDES com a JBS-Friboi serão rastreados por CPI? Sim, se não ficar apenas no papel

Se sair do papel, a CPI do BNDES, proposta pelo senador Ronaldo Caiado, vai examinar, com lupa, os negócios do governo federal com os frigoríficos. A JBS-Friboi está na mira. Mas não só. Trata-se de um negócio de vários bilhões.

Bolsões radicais do PT estariam preparando dossiês sobre Ronaldo Caiado. Tudo a ver com CPI do BNDES

Setores radicais do PT estariam preparando dossiês sobre o senador Ronaldo Caiado. Motivo: antídoto contra seu trabalho para esclarecer o que o BNDES está fazendo com o dinheiro do cidadão brasileiro.

“O DEM recebeu extrema unção e o padre é filiado ao PTB”

[caption id="attachment_32788" align="alignright" width="620"]Deputado federal Joavair Arantes, do PTV | Fernando Leite/Jornal Opção Deputado federal Joavair Arantes, do PTB | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] De um tucano de bico erado: “O DEM recebeu extrema unção e o padre é filiado ao PTB”. O tucano frisa que o senador Ronaldo Caiado é contra a fusão entre o DEM e o PTB porque não quer ir para a base da presidente Dilma Rousseff. Mas a fusão é mais benéfica ao DEM, porque a estrutura do PTB é muito maior. O DEM se tornou um partido nanico, porém, como seus líderes “gritam” muito, parece de médio porte. O PTB de Jovair Arantes, portanto, seria um oxigênio para o DEM do senador goiano.