Bastidores

[caption id="attachment_32803" align="alignright" width="300"] Candidato de oposição pode ser o maçom Luciano Hanna[/caption]
Há um truísmo: na vida pública, seja na política partidária, seja em disputas classistas, ninguém está “morto” em definitivo. Recentemente, devido à saída de Henrique Tibúrcio da presidência da OAB-Goiás, concluiu-se, de maneira apressada, que Lúcio Flávio de Paiva, mesmo antes da disputa de novembro, já “estava” eleito. Porém, diria Nelson Rodrigues, há o imponderável.
Enil Henrique, eleito para um mandato-tampão, está organizando a casa e é percebido como um gestor sério, sobretudo tem sido apontado como um defensor aguerrido dos advogados. Para piorar a situação da oposição (leia-se Lúcio Flávio), é possível que surja um grupo de oposição a Enil a partir da aliança entre os experimentados Felicíssimo Sena e Miguel Cançado. Os dois podem bancar um candidato de oposição — como o maçom Luciano Hanna, Flávio Buonaduce ou Pedro Paulo Medeiros.
Por fora, mas com muito dinheiro, aparece o Júnior Friboi da advocacia, Djalma Rezende.
(Fica o registro de que, se Lúcio Flávio, reuniu dezenas de advogados, para demonstrar a vitalidade de seu grupo, Felicíssimo Sena e Miguel Cançado também reuniram dezenas de aliados. A surpresa foi a convergência de advogados mais experimentados com dezenas de jovens.)

[caption id="attachment_32799" align="alignleft" width="300"] Presidente do PHS, Eduardo Machado[/caption]
O presidente do PHS nacional, Eduardo Machado, é um dos mais ferozes combatentes da volta da discussão sobre a cláusula de barreira. “Alguns integrantes dos grandes partidos querem ‘enterrar’ os direitos das minorias, suprimindo parte da vida democrática do país.
Já o distritão é letal para os pequenos partidos. A eleição deixa de ser proporcional e passa a ser majoritária. Serão eleitos apenas os mais votados. Eduardo Cunha é um político eficiente mas só pensa em seus interesses.”
Se sair do papel, a CPI do BNDES, proposta pelo senador Ronaldo Caiado, vai examinar, com lupa, os negócios do governo federal com os frigoríficos. A JBS-Friboi está na mira. Mas não só. Trata-se de um negócio de vários bilhões.
Setores radicais do PT estariam preparando dossiês sobre o senador Ronaldo Caiado. Motivo: antídoto contra seu trabalho para esclarecer o que o BNDES está fazendo com o dinheiro do cidadão brasileiro.

[caption id="attachment_32788" align="alignright" width="620"] Deputado federal Joavair Arantes, do PTB | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
De um tucano de bico erado: “O DEM recebeu extrema unção e o padre é filiado ao PTB”.
O tucano frisa que o senador Ronaldo Caiado é contra a fusão entre o DEM e o PTB porque não quer ir para a base da presidente Dilma Rousseff. Mas a fusão é mais benéfica ao DEM, porque a estrutura do PTB é muito maior. O DEM se tornou um partido nanico, porém, como seus líderes “gritam” muito, parece de médio porte.
O PTB de Jovair Arantes, portanto, seria um oxigênio para o DEM do senador goiano.
O deputado federal Jovair Arantes disse a aliados que não vai procurar o governador Marconi Perillo com o objetivo de uma reconciliação política. O líder do PTB frisou que, se quiser, o governador deve procurá-lo... em sua casa. Um deputado estadual do PSDB disse, ao ouvir a história: “Quem quer romper entrega cargos. Não há notícia de que Jovair Arantes devolveu pelo menos um cargo no governo estadual”. Pelo contrário, estaria pedindo mais cargos.

[caption id="attachment_32781" align="alignright" width="620"] Deputado estadual José Nelto, do PMDB | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Sob a coordenação do deputado José Nelto, o “PMDB Ninja” deve ir ao ar até 1º de maio. Trata-se do site que o PMDB de Goiás está criando, com o apoio de um grupo de jornalistas, para avaliar e criticar as ações do governador Marconi Perillo. “Vamos endurecer o discurso contra o governo tucano”, avisa o parlamentar.
O “PMDB Ninja”, segundo José Nelto, “não será ofensivo”. “Vamos examinar os dados do governo criticamente, mas sem exagero. Vamos mostrar que a realidade é menos perfeita do que parece”, sugere.
O governo de Goiás não desistiu, em definitivo, de construir o veículo leve sobre trilhos no Eixo Anhanguera, em Goiânia. O projeto, dadas as modificações que foram feitas, está em fase de conclusão, e a licitação já está concluída. O que falta? Não há dinheiro para construir o VLT nos governos federal e estadual. O VLT de Cuiabá foi iniciado e, por falta de recursos, as obras estão paralisadas.
O secretário das Cidades, Vilmar Rocha, recomenda a leitura do livro “A Ditadura Militar e os Golpes Dentro do Golpe” (Record, 490 páginas), de Carlos Chagas. “O jornalista recolhe a história da ditadura entre 1964 e 1969 dos relatos publicados nos jornais”, afirma o ex-deputado federal.
“Não sou pretensioso nem arrogante, mas tenho minhas convicções, como qualquer liberal que se preze. Portanto, quando me perguntam se vou disputar mandato eletivo em 2018, digo que sim: devo ser candidato a governador ou a Senador”, afirma o secretário das Cidades, Vilmar Rocha. Qual a prioridade: governo ou Senado? “Senado, é claro, pois tenho perfil”, diz.
“O superintendente do Detran, João Furtado, erra ao dizer que uma promotora é meu cabo de chicote. Primeiro, a expressão é grosseira. Segundo, o Ministério Público é uma instituição independente, infensa a controle político. Terceiro, nem conheço a promotora”, afirma o deputado estadual José Nelto (PMDB).
José Nelto diz que, se fosse prefeito, limparia Goiânia numa semana. “O prefeito Paulo Garcia (PT), se fosse mais atento e presente, organizaria a cidade rapidamente.”

[caption id="attachment_32765" align="alignright" width="620"] Deputado federal Daniel Vilela | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
De um deputado estadual do PMDB: “Se Iris Rezende for eleito prefeito de Goiânia, em 2016, decididamente não apoiará o deputado federal Daniel Vilela para governador de Goiás, em 2018”.
O parlamentar afirma que há uma corrente que prefere apoiar Ronaldo Caiado, do DEM, por avaliá-lo como “mais oposicionista” do que Daniel Vilela.
Por seu turno, Daniel Vilela tem dito que não planeja disputar a reeleição em 2018 e que só lhe interessa pleitear o governo do Estado.
De um tucano de bico grande: “O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), cheio de amor pra dar, descobriu que gestor não faz oposição a gestor. Por isso, suas relações com o governador Marconi Perillo (PSDB) e o secretário de Cidades, Vilmar Rocha (PSD), melhoram muito”.
“Jayme Rincón une a base do governador Marconi Perillo, é gestor eficiente e tem coragem política. Além do que tem vontade de disputar. Por isso deve ser candidato a prefeito de Goiânia”, afirma o deputado estadual Diego Sorgatto, do PSD. Se Jayme Rincón, do PSDB, não for candidato, o PSD tem três nomes para a disputa da Prefeitura de Goiânia — Francisco Júnior, Lincoln Tejota e Virmondes Cruvinel Filho, todos do PSD. “Os três são jovens, consistentes e corajosos”, afirma Sorgatto.