Bastidores
Sobre a aproximação de Vanderlan Cardoso (PSB) com a cúpula do governo Marconi Perillo, o deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB) é categórico ao afirmar que ele não tem o perfil da base aliada para ser o candidato a prefeito de Goiânia em 2016. “No meu entender, Vanderlan tem as suas qualidades e temos que chamá-lo para conversar, mas não acho que ele tem a nossa cara.”
Adepto da ideia de que o PSDB deve lançar um candidato próprio para a disputa, o deputado e economista sublinha que o partido tem que cuidar para ter bons nomes e propostas para apresentar no ano que vem.
A Metrobus definiu na segunda-feira, 18, a operação especial de funcionamento durante a Romaria de Trindade deste ano. “A empresa vai colocar 50 ônibus exclusivos”, afirma o presidente da Metrobus, Eduardo Machado (foto acima);
Espera-se transportar cerca de 250 mil pessoas. A Romaria de Trindade — município administrado pelo tucano Jânio Freire — é uma das maiores do país.
Trindade vai ganhar, nos próximos anos, uma basílica.
O presidente do Senado conta com o apoio do empresário e senador Wilder Morais para impedir que Luiz Fachin seja indicado para o Supremo

O presidente da J&F deixa a presidência do Conselho da Autoridade Pública Olímpica

[caption id="attachment_35171" align="aligncenter" width="620"] Marcos Abrão vai dirigir o PSB[/caption]
Como candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Vanderlan Cardoso confidenciou ao vereador Elias Vaz que deve passar o comando do PSB para a senadora Lúcia Vânia ou para o deputado federal Marcos Abrão.
Vanderlan avalia que, como a disputa será pesada e exigirá concentração de esforços na capital, é preciso repassar a presidência do partido para um político com mais disponibilidade de trafegar pelo Estado, articulando com os demais candidatos a prefeito. Como Lúcia teria abdicado do comando partidário, a tendência é que Marcos seja o próximo presidente em Goiás.
As relações de Vanderlan com Lúcia e Marcos são consideradas “excelentes” pelo trio.

[caption id="attachment_35315" align="aligncenter" width="620"] Alexandre Baldy e Afrêni Gonçalves: os dois nomes fortes para presidir o PSDB de Goiás; o segundo já está na pole position | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]
Um deputado relatou ao Jornal Opção que o deputado federal Alexandre Baldy, depois de “conversa positiva” com a bancada federal, chegou a conquistar apoio para disputar a presidência do PSDB estadual. No entanto, teria cometido um erro, apontado como “grave” pelos aliados do governador Marconi Perillo: atacou, de maneira direta, a política econômica e fiscal estabelecida pela secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, filha da senadora Lúcia Vânia. Como é o principal articulador do enxugamento da máquina, com a consequente pressão sobre empresários que sonegam impostos — há uma aposta de se colocar o Estado, cada vez mais, a favor da sociedade e menos de grupos empresariais e setores corporativos —, o tucano-chefe não apreciou os petardos do jovem parlamentar. A avaliação é que, entre o governo, além do PSDB, e o empresariado, Baldy fica com este. O que, na visão dos governistas, resultou num tiro no pé.
Logo depois das críticas, um importante auxiliar do governador começou a telefonar para deputados federais, sobretudo, e a dizer que o tucano-chefe “aceita” qualquer postulante, mas que tem candidato e que quem não apoiá-lo estará num campo oposto ao dele. O candidato de Marconi Perillo seria, segundo o emissário, o ex-deputado estadual Afrêni Gonçalves, diretor da Saneago e mencionado como leal e identificado com o projeto do principal líder do PSDB.
Um deputado, exigindo “off absoluto”, disse ao Jornal Opção que gostaria de ver Baldy ou outro deputado federal no comando do PSDB. “O partido teria mais força e visibilidade políticas”, aposta. Os marconistas contra-argumentam: deputado passa a semana em Brasília e não tem o tempo adequado para frequentar todas as cidades do Estado — que é imenso (maior do que Portugal e Cuba juntos) — e dialogar com os prefeitos e candidatos a prefeito em 2016. “O que se precisa é de um gestor presente e participativo, afirma um marconista. “Afrêni, leal e baseado em Goiânia, terá tempo suficiente para articular na capital e no interior.”
Um deputado tucano frisa que “Afrêni é agregador, sabe conciliar grupos divergentes, não cria problemas, não quer complicar e pode ser uma solução para todos os grupos do partido. Sobretudo, tem identidade com o projeto de Marconi Perillo e, por não ter mandato, não vai provocar ciumeira entre deputados. O governador sabe que, em caso de ciumeira, não seria Baldy quem teria de resolver o problema. O tucano-chefe teria de interferir para pacificar os ânimos”. Um auxiliar de Marconi frisa que, como quer ser candidato a prefeito de Anápolis, Baldy terá, daqui pra frente, de se dedicar a montar uma estrutura política no município. “Ele não terá tempo de cuidar dos interesses do partido no Estado”, sublinha.
Entre os apoiadores de Afrêni estão Marconi, o deputado federal Giuseppe Vecci, o secretário Luiz Carlos Bambu, entre vários outros.

O empresário Júnior Friboi tem três “projetos” básicos. Primeiro, ao lado de um filho, organizar o frigorífico Mataboi. Segundo, permanecer no PMDB. Terceiro, disputar o governo de Goiás em 2018. O mais complicado é o segundo. O ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende comanda uma operação, com seu fiel escudeiro José Nelto, para expulsá-lo do partido. Se expurgado, Friboi não vai recorrer ao PMDB nacional, embora tenha a simpatia do vice-presidente da República, Michel Temer, que, de fato manda no partido em termos de país. O empresário tende a se filiar ao Pros. Embora Friboi não tenha definido o quer fazer em 2016, tendendo tão-somente a articular uma base eleitoral para a disputa de 2018, há entre seus aliados quem defenda que deve disputar a Prefeitura de Goiânia no próximo pleito, sobretudo para enfrentar e tentar derrotar Iris Rezende. Os friboizistas avaliam que, com uma estrutura bem azeitada, o empresário tem condições de derrotar tanto Iris Rezende quanto Vanderlan Cardoso, do PSB. Esclareça-se que se trata tão-somente de uma hipótese, por enquanto acalentada por alguns de seus aliados, profundamente irritados com a perseguição supostamente movida por Iris Rezende.

[caption id="attachment_35740" align="aligncenter" width="620"] Governador de São Paulo e senador Ronaldo Caiado: dobradinha PSDB/DEM para 2018?[/caption]
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confidenciou a dois deputados federais que seu sonho é disputar a Presidência da República, em 2018, com o senador goiano Ronaldo Caiado na vice.
Por que a aliança com Ronaldo Caiado? Aliados de Alckmin têm as explicações na ponta da língua.
Primeiro, como o governador paulista é moderado, aposta-se que se precisa de um vice mais agressivo. Segundo, avalia-se que o senador está cada vez mais popular no país, dadas suas críticas sólidas e corrosivas ao governo petista. Terceiro, o setor rural em peso tenderia a acompanhá-lo num apoio ao tucano. Quarto, tem se tornado uma espécie de darling da mídia nacional, que o consulta sobre variados assuntos.
Quinto, a área de saúde está cada vez mais entusiasmada com Caiado.

[caption id="attachment_35738" align="aligncenter" width="620"] Enil e Buonaduce podem se unir contra Lúcio Flávio | Fotos: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Felicíssimo Sena e Miguel Cançado devem bancar a candidatura de Flávio Buonaduce Borges para presidente da OAB-Goiás, na eleição de novembro deste ano, daqui a cinco meses e alguns dias. Está praticamente afunilado. O que se deve trabalhar, a partir de agora, é o apoio de Enil Henrique — que começa a receber o aplauso da categoria, por sua capacidade administrativa e trato diplomático com os advogados, e não apenas os aliados — para a candidatura de Buonaduce.
A tese da tendência OAB Forte é lógica: se eleito, Lúcio Flávio de Paiva vai articular, possivelmente, uma profunda auditoria com o objetivo de “atingir” tanto Henrique Tibúrcio quanto Enil. O corolário da tese é: o adversário comum de Enil e Buonaduce, portanto, é Lúcio Flávio. Mas a candidatura de Enil não está descartada.

O jogo do governador Marconi Perillo em Goiânia passa pela criação de uma estratégia para derrotar Iris Rezende, possível candidato do PMDB a prefeito. Não quer dizer que o tucano-chefe vai embarcar em qualquer projeto, deixando de bancar um candidato de seu grupo político. “O que mais Vanderlan apreciou na conversa com Marconi foi sua sinceridade”, afirma o vereador Elias Vaz, do PSB. “Ficou absolutamente claro que Marconi não tem como apoiar Vanderlan no 1º turno, e isto nem é bom para o nosso candidato. O que se conseguiu foi distensionar a relação e deixar evidente que Vanderlan não quer fazer a política do ódio.” No 2º turno, se ficarem no páreo Iris e Vanderlan, aí Marconi vai colocar sua estrutura política a favor do segundo. Derrotar Iris é decisivo porque significa enfraquecer o PMDB e, possivelmente, Ronaldo Caiado na disputa de 2018. Quanto a Vanderlan, se for eleito, será positivo para o projeto de Marconi, pois resultará que a oposição ficará mais fraca na disputa para o governo. Se perder, ainda assim ganha-se um aliado.

Analistas dizem pelo menos quatro candidatos consistentes vão disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016. O PMDB deve bancar Iris Rezende, com Sandro Mabel na vice. O PSDB deve lançar Jayme Rincón e, na vice, Sandes Júnior. O PSB definiu que seu candidato será Vanderlan Cardoso. A aposta do PSD deve ser Francisco Júnior ou Virmondes Cruvinel.
O médico João Alberto deve enfrentar uma parada federal em Santa Helena: o bem-sucedido Judson Lourenço, do PMDB, apontado como um gestor eficiente — ainda que não como em gestão anterior — e íntegro. Filho do ex-governador Alcides Rodrigues, João Alberto acredita que, se conseguir colocar na campanha o pai e a mãe, a ex-prefeita Raquel Rodrigues, tem chance de derrotá-lo. Parece que é uma missão impossível.

O prefeito de Guapó, o irrequieto e irascível Luiz Juvêncio, do PMDB, talvez seja um dos mais odiados — senão o mais odiado — do Estado. Os funcionários o temem e o consideram grosseiro. Nas ruas, as pessoas falam em dois prazeres: quando elegeram-no e, sobretudo, quando conseguirem retirá-lo do poder, em outubro de 2016. A população reza para dois “santos laicos” disputarem a eleição: Colemar Cardoso ou Divino Eterno. “Tudo, menos Juvêncio”, diz-se.

Humberto Machado está se comportando como se fosse “dono” e não prefeito de Jataí. Criticado com moderação pelo vereador Vinicius Luz, do PSDB, o peemedebista — que não teria apoiado Iris Rezende para governador, configurando traição política — passou a atacá-lo numa rádio. Machado não é incompetente e tudo indica que é um gestor decente. Mas não pode se comportar como brucutu e tentar impedir que seus adversários façam críticas, na maioria das vezes, por sinal, construtivas.

O Jornal Opção pediu que cinco auxiliares do governador Marconi Perillo (PSDB) listassem os deputados que mais defendem e menos defendem as políticas do governo do Estado. Deputados que mais defendem:
- Chiquinho Oliveira (PHS),
- Gustavo Sebba (PSDB),
- Jean Carlo (PHS),
- José Vitti (PSDB),
- Júlio da Retífica (PSDB),
- Lissauer Vieira (PSD),
- Santana Gomes (PSL),
- Talles Barreto (PTB) e
- Virmondes Cruvinel (PSD)
- Diogo Sorgatto (PSD),
- Dr. Antônio (PDT),
- Henrique Arantes (PTB),
- Lincoln Tejota (PSD),
- Mané Oliveira (PSDB) e
- Nédio Leite (PSDB)