Bastidores

O vice-presidente da República e principal articulador político do governo Dilma, Michel Temer, só se refere, de maneira depreciativa, a Iris Rezende e Iris Araújo como “aquele casal”. Michel Temer persiste sugerindo que o PMDB de Goiás precisa ciscar para dentro. Trata-se de um recado: o poderoso chefão do partido, em nível nacional, é favorável à permanência de Júnior Friboi nos quadros do PMDB.

[caption id="attachment_32600" align="aligncenter" width="620"] O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) | Foto: Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/caption]
O que mais se comenta em Brasília, do Congresso Nacional aos botecos, é que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, está com “cheiro” de Fernando Collor — o de 1989.
Eduardo Cunha acorda e passa o dia pensando em articular alguma coisa que colabore para reconstruir sua história e, assim, o fortaleça como possível candidato do PMDB, ou de outro partido, para presidente da República em 2018.
Em sua visita a Israel, na semana passada, Eduardo Cunha chegou a ser apresentado pelo governo judaico como potencial candidato a presidente da República.
Político duro, articulador feroz, Eduardo Cunha pretende se apresentar como o anti-PT, quer dizer, como o Fernando Collor dos novos tempos. Com uma diferença, é claro: acredita que o Congresso é fonte de poder.
O PSDB está alarmado com a popularidade de Eduardo Cunha. Porque o partido estava apostando que ganharia com facilidade da “galinha morta” chamada PT na disputa de 2018, mesmo contra Lula da Silva.
Se o tucanato brincar em serviço, Eduardo Cunha vai se apresentar, e pode ser comprado assim pelo eleitorado, como a verdadeira oposição, a mais aguerrida e presente. A oposição tucana é quase ausente, meio fantasmal.

Misael Oliveira apoiou Vanderlan Cardoso para governador em 2014. Mas agora o empresário planeja bancar Zélio Cândido para prefeito de Senador Canedo
Raquel Teixeira não levou em consideração os questionamentos da oscip Ideia
O santo de Aguinaldo Coelho, embora seja considerado cordato, não bate com o santo da secretária da Educação do governo de Goiás
[Aguinaldo Coelho, Raquel Teixeira e Nasr Chaul: quem manda mesmo é a secretária]
Conversa registrada entre dois auxiliares do governador Marconi Perillo no Palácio Pedro Ludovico na segunda-feira, 1º, mostra que a incorporação dos setores cultural e esportivo à Secretaria da Educação não ficou bem resolvida. O diálogo:
Auxiliar 1: Raquel Teixeira queria assumir a Secretaria da Educação com porteiras fechadas.
Auxiliar 2: Ela queria indicar aliados para os principais cargos?
Auxiliar 1: Sim. Tanto para o setor de cultura quanto para o setor de esporte, Raquel Teixeira tentou indicar aliados de sua mais extrema confiança, mas esbarrou no jogo político.
Auxiliar 2: Jogo político? Como?
Auxiliar 1: O governador Marconi Perillo, apesar do veto explícito de Raquel Teixeira, decidiu manter Aguinaldo Coelho, um Caiado, no comando da área cultural. Raquel Teixeira ficou possessa, mas teve de engolir.
Auxiliar 2: Quer dizer que Aguinaldo Coelho manda na área cultural e engessa Raquel Teixeira?
Auxiliar 1: Não é bem assim. Aguinaldo Coelho finge que está mandando, mas não manda em nada. Ele é a verdadeira rainha da Inglaterra da cultura no Cerrado.
Auxiliar 2: O que deve acontecer?
Auxiliar 1: Se Raquel Teixeira continuar na Secretaria da Educação, não restará outro caminho a Aguinaldo Coelho a não ser pedir demissão. Nenhum Caiado, ainda que seja tão cordato quanto Aguinaldo Coelho, aceita tanta humilhação calado. O nome dela para o cargo é Maria Abadia.
Auxiliar 2: Eu ouvi por aí que o objetivo número um de Raquel Teixeira não é implantar as organizações sociais na área de educação. Mas sim defenestrar Aguinaldo Coelho.
Raquel Teixeira é vista como extremamente centralizadora e não entende de cinema e meio ambiente
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), visita o Parlamento de Israel na quarta-feira, 3, às 9h30. Na quinta-feira, 4, ele vai a Ramallah para se encontrar com políticos palestinos. Programação de Eduardo Cunha no Oriente Médio 3 de junho de 2015 – quarta-feira 09h30 Deslocamento da comitiva do Hotel Waldorf Astoria para o Knesset 09h45 Deslocamento do Presidente da Câmara, acompanhado do Embaixador do Brasil em Tel Aviv, do Hotel Waldorf Astoria para o Knesset 10h00 Cerimônia de chegada acompanhada da Guarda de Honra do Knesset e assinatura do Livro de Honra dos Convidados 10h15 Reunião com o presidente do Knesset, Yuli-Yoel Edelstein (Likud) 11h00 Reunião com o líder da oposição, Isaac Herzog (Trabalhista) 11h30 Reunião com membros do Grupo Parlamentar de Amizade Israel – Brasil 11h45 Sessão plenária do Knesset. O presidente da Câmara dos Deputados e delegação ouvirão, da galeria, saudação do presidente do Knesset, e assistirão parte da sessão. 12h15 Visita guiada pelo Knesset 13h00 Retorno para o Hotel Waldorf Astoria 13h30 Almoço oferecido pelo presidente do Knesset. Local: Hotel Waldorf Astoria 15h15 Deslocamento do Presidente da Câmara dos Deputados e delegação do Hotel Waldorf Astoria para o Yad Vashem – Museu do Holocausto 15h30 Visita ao Yad Vashem (acompanhados por guia brasileira) 16h45 Visita ao "Hall of Remembrance", cerimônia de fomento ("rekindling") da chama eterna e deposição de coroa de flores 17h00 Visita ao Memorial das Crianças e Assinatura do Livro de Honra 17h15 Possibilidade de encontro com a imprensa 17h30 Retorno para o Hotel Waldorf Astoria [Há a possibilidade de audiências com o presidente do Estado de Israel, Reuven Rivlin, e/ou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (que acumula a Pasta de Negócios Estrangeiros), entre a visita ao Yad Vashem e o jantar.] 20h00 Jantar oferecido pela Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros, Sra. Tzipi Hotoveli Local: Hotel Waldorf Astoria 4 de junho de 2015 – quinta-feira 08h20 Saída do Hotel Waldorf Astoria (em carros providos pela Embaixada) em direção ao “checkpoint” a ser definido 10h00 Reunião com representantes do Conselho Nacional Palestino 11h00 Reunião com o dr. Saeb Erekat, negociador-chefe da OLP 12h50 Oferenda floral a ser depositada pelo presidente da Câmara no mausoléu de Yasser Arafat, localizado no complexo da Muqata 13h00 Audiência com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional da Palestina, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Mr. Riad al-Malki. 15h00 Almoço oferecido pelo embaixador Paulo França ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e comitiva, em Ramala [Retorno a Israel (o presidente da Câmara e comitiva serão esperados no "checkpoint" pelo Embaixador do Brasil em Tel Aviv e pelo Protocolo israelense)] 17h30 Chegada em Jerusalem [Possibilidade de audiências com o presidente do Estado de Israel, Reuven Rivlin, e/ou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entre a programação na Palestina e a recepção na Residência da Embaixada do Brasil em Tel Aviv (a confirmar)] 19h00 Deslocamento para Tel Aviv 20h00 Recepção na residência da Embaixada do Brasil em Tel Aviv 22h00 Deslocamento para Jerusalém, retorno para o Hotel Waldorf Astoria
Ele frisa que, se eleito, não quer ser uma figura decorativa; avisa que terá uma atuação contundente

[caption id="attachment_24318" align="aligncenter" width="620"] Waldir Soares: se não bancá-lo para prefeito de Goiânia, o PSDB corre o risco de perder o deputado federal para outro partido | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Só três coisas tiram o deputado federal Waldir Soares, o homem dos 270 mil votos, do sério. Primeiro, sugerir que dispute a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Segundo, propor que não dispute a Prefeitura de Goiânia. Terceiro, sublinhar que, se tem popularidade, não tem prestígio e, por isso, não tem a aprovação da classe média na capital.
Aos aliados, não importando o cargo, o deputado, que é delegado da Polícia Civil licenciado, diz, com todas as letras, que não vai disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Nem que a vaca tussa em iídiche. Em seguida, monotemático, frisa que vai disputar a Prefeitura de Goiânia. Aos que lhe recomendam que observe a “fila” tucana, Waldir cutuca, sem pestanejar, que se trata do deputado mais bem votado das últimas eleições. Portanto, cobra mais respeito no tratamento pessoal e partidário.
Nos momentos de ira, quando avalia que o PSDB está menosprezando seu capital eleitoral, Waldir admite que pode deixar o partido, em busca de um pouso mais respeitoso. O delegado, de fato, não é um maior abandonado. Pelo contrário, vários partidos estão de olho gordo, até gordíssimo, no seu passe político-eleitoral.
O presidente do PHS nacional, o goiano Eduardo Machado, disse ao Jornal Opção que, se o PSDB não quiser bancar Waldir para prefeito, não há problema algum: o partido que dirige oferece legenda para o deputado ser candidato, em 2016.
“O PHS vai ampliar seu raio de atuação política e, por isso, convida o delegado Waldir para disputar mandato de prefeito de Goiânia na próxima eleição. Nós não subestimamos a capacidade política e o potencial eleitoral do deputado. Por isso, queremos lançá-lo para prefeito da capital. Nós acreditamos que ele tem chance de ser eleito”, afirma Eduardo Machado.

[caption id="attachment_2176" align="aligncenter" width="620"] Vanderlan Cardoso e Jorcelino Braga: os dois políticos já estão dialogando e podem articular uma aliança político-eleitoral para 2016 | Foto: reprodução[/caption]
O presidente do PSB de Goiás, empresário Vanderlan Cardoso, tomou uma decisão: só disputa a Prefeitura de Goiânia se conseguir articular um forte bloco de apoio. Noutras palavras, não quer mais ser candidato de si próprio, e sim de um grupo político. No momento, atraiu para sua aliança a senadora Lúcia Vânia, que deve se filiar brevemente ao PSB, e o deputado federal Marcos Abrão, do PPS. São políticos consistentes, mas a aliança ainda não é suficiente. Por isso, o empresário aproximou-se do governador Marconi Perillo, do PSDB. Mesmo tendo aparado as arestas com o tucano-chefe, sua situação é a seguinte: está quase na base do governador Marconi Perillo — seus dois principais aliados, Lúcia Vânia e Marcos Abrão, mantêm forte estrutura no governo do Estado —, mas a base governista não está com ele, e tampouco pretende apoiá-lo, exceto se, no segundo turno, disputar a eleição com o “arqui-inimigo” do PSDB, Iris Rezende. Aí a aliança sai a fórceps.
Por perceber que precisa ampliar sua aliança política, Vanderlan não vai dispensar apoio. Pelo contrário, vai buscar velhos e tentar conquistar novos apoios. Na sexta-feira, 29, o Jornal Opção conversou com o presidente do PRP, Jorcelino Braga, e perguntou-lhe sobre a possibilidade de uma aliança com Vanderlan Cardoso. “Vocês estão rompidos?” — quis saber o repórter. “Não estamos rompidos, não. A nossa relação era e é muito boa. E digo mais: não acredito que ele vai para a base do governador Marconi Perillo. Percebo que, até por conhecer a história política de Goiânia, está numa linha mais independente, alternativa aos grupos de Iris Rezende, do PMDB, e de Marconi, do PSDB.”
Braga assegura que Iris Rezende e Vanderlan estão praticamente empatados nas pesquisas de intenção de voto. “Iris está um pouco na frente, mas Vanderlan está bem posicionado. O recall dele é muito bom em Goiânia.”
Mas o PRP de Braga pode compor com o PSB de Vanderlan? “Se Jorge Kajuru não for candidato pelo PRP — se ele quiser, será o nosso candidato —, será mais fácil compor com Vanderlan. Tenho conversado com frequência com Vanderlan, não temos nenhuma aresta para aparar.”
Jorge Kajuru está doente, internado em Belo Horizonte — os grampos da cirurgia bariátrica soltaram —, mas, segundo Braga, tem ânimo para disputar a prefeitura. “O partido está à sua disposição. Ele me disse que pretende continuar disputando mandato eletivo e, em 2016, o único que lhe interessa é o de prefeito de Goiânia. O PRP já lhe deu a palavra de que, se postular mesmo, será bancado para a disputa na capital”, anota Braga.
Na opinião do ex-secretário da Fazenda, o peemedebista-chefe Iris Rezende vai disputar a eleição para prefeito de Goiânia. “Como está bem posicionado nas pesquisas, ele dificilmente não disputará. Talvez fosse o caso de o PMDB abrir espaço à renovação, porém, como o partido parece não ter um nome consolidado na capital, Iris deve ser candidato.”

[caption id="attachment_37061" align="aligncenter" width="620"] Governador de São Paulo, Alckmin pode ir para o novo PSB | Foto: Miguel Angel Alvarez[/caption]
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, planeja ser candidato a presidente da República, em 2018, pelo PSDB. Porém, como o seguro morreu de velho, está “criando” uma alternativa, formatando um novo grupo político. Nos bastidores, o tucano é um dos políticos que incentivam a fusão entre PSB e PPS, com o objetivo de que se crie um partido mais substancioso, com mais presença nacional. Em São Paulo, trabalhou, sem muita discrição, para atrair a senadora Marta Suplicy para o PSB — arrancando-a do PT. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, havia ficado como suplente de deputado federal, o que reduzia seu peso político, então Alckmin convocou um deputado federal para sua equipe e devolveu o líder socialista para Brasília.
Por que Alckmin está contribuindo, direta ou indiretamente, para a construção de um novo partido? Porque teme que o PSDB banque o senador Aécio Neves — dada sua boa votação em 2014 — para presidente da República.
O grupo de Alckmin avalia que, em 2018, finalmente se acabará o reinado do PT, dada a corrupção sistêmica forjada por integrantes do partido, e aquele que articular uma frente ampla, com discurso crítico e construtivo, tende a ser eleito presidente. Como o eleitorado de São Paulo é o maior do país, os alckministas apostam que saem na frente e, sobretudo, tiram o pé de apoio de Aécio Neves. Em 2014, o senador perdeu em Minas Gerais, mas se aproximou perigosamente da presidente Dilma Rousseff graças ao eleitorado de São Paulo. Em 2018, se houver um candidato a presidente de São Paulo, a votação de Aécio Neves tende a ser menor no Estado, o que enfraquecerá sua campanha. Tucanos paulistas sugerem que o senador dispute o governo de Minas Gerais, fortalecendo o PSDB no Estado, e aí Alckmin poderia disputar a Presidência pelo partido.
A articulação de Alckmin é tão forte que está convidando para conversas políticos de vários Estados e partidos. O senador goiano Ronaldo Caiado (DEM) conversou demoradamente com Alckmin. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) — que tem pretensões presidenciais —, também está na lista de interlocutores do governador paulista. Tucanos sublinham que, enquanto Aécio Neves pouco procura os tucanos do país, supostamente avaliando que ele deve ser procurado, Alckmin conversa com todo mundo, apresentando suas ideias e buscando ampliar as alianças.

Pesquisadores têm ficado impressionados com três fatos. Iris Rezende, apesar do recall positivo em Goiânia, não aparece muito bem nas pesquisas de intenção de voto. De fato, lidera, mas com uma frente pequena. Vanderlan Cardoso impressiona pelo recall positivo. O presidente do PSB quase sempre aparece em segundo lugar, praticamente colado em Iris Rezende. A surpresa é mesmo o delegado-deputado federal Waldir Soares, que aparece em terceiro lugar, colocado em Vanderlan Cardoso. Detalhe: o delegado é o responsável pelo esvaziamento de Iris Rezende na região Noroeste e em outras áreas pobres da cidade. O tema da segurança pública impacta profundamente a periferia. Waldir Soares pode até não ser eleito, mas pode contribuir para derrotar Iris Rezende e eleger Vanderlan Cardoso. Ou, de repente, pode até se eleger, surpreendendo o coro dos contentes.

[caption id="attachment_37058" align="aligncenter" width="620"] Deputado defende reeleição do prefeito | Foto: Marcos Kennedy[/caption]
O prefeito de Itumbiara, Chico Balla, deve ser candidato à reeleição. “O líder do PTB é o nosso candidato natural”, afirma o deputado estadual Zé Antônio.
“Chico Balla faz uma gestão bem avaliada, com obras e forte apoio político. Ele é bancado pelo ex-prefeito Zé Gomes da Rocha, por mim e por sete dos 13 vereadores do município. Ressalte-se que três dos vereadores mais bem votados hipotecam seu apoio ao prefeito”, sublinha Zé Antônio.
Mas Zé Gomes da Rocha pode disputar? “Zé Gomes, nome mais forte da política de Itumbiara, não tem nenhum processo transitado em julgado. Portanto, pode ser candidato a prefeito.” Ele é uma espécie de “reserva” de luxo.

[caption id="attachment_37056" align="aligncenter" width="620"] Francisco Gedda tem o apreço de Renata Abreu, mas problemas de saúde não permitem que prepare o partido para a disputa eleitoral de 2016 | Foto: Facebook[/caption]
A deputada federal Renata Abreu, vice-presidente do PTN nacional, respeita o presidente do PTN em Goiás, ex-deputado Francisco Gedda, mas disse a um deputado goiano que não pode mais mantê-lo no comando.
Gedda sofreu um acidente e, em fase de tratamento, praticamente não mantém contato com as bases nacionais e locais do PTN, segundo um deputado que conversou com Renata Abreu.
A vice-presidente do partido — o presidente é seu pai — quer indicar um deputado federal para dirigir o PTN em Goiás. O nome preferido é o do deputado federal João Campos, que, embora queira, hesita em deixar o PSDB.
Outro deputado federal que interessa a Renata Abreu é Jovair Arantes, às turras com seu partido, o PTB, que quer sair, contra sua vontade, da base da presidente Dilma Rousseff.

[caption id="attachment_37054" align="aligncenter" width="620"] Deputados Delegado Waldir, João Campos e Alexandre Baldy podem estar de saída do PSDB | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]
O PSDB de Goiás está se tornando “pequeno” para tantas estrelas. Por isso, de olho nas eleições tanto de 2016 quanto de 2018, três deputados federais — Alexandre Baldy (iria para o PTB), João Campos (cotado para comandar o PTN) e Waldir Soares (o PHS está de olho gordo em seu passe) — podem deixar o partido.
João Campos confidenciou para um deputado e para um líder partidário que, no PSDB, não há mais espaço para crescer. Planejou disputar a Prefeitura de Goiânia, mas recebeu uma informação, meio enviesada, de que “precisa” respeitar a “fila”. Por sinal, o tucano não sabe como se organizou uma fila na qual aqueles que detêm mandato — como Waldir, Fábio Sousa e ele próprio — não podem entrar. O próximo projeto de Campos é disputar mandato de senador. Porém, pelo PSDB, sabe que não tem chance, porque o meio de campo está congestionado. Uma “vaga” seria do governador Marconi Perillo. A outra de Vilmar Rocha (PSD), com Lúcia Vânia correndo por fora, como postulante do PSB. A saída? Só uma: deixar o PSDB.
Baldy tem três sonhos: comandar o PSDB de Goiás e disputar a Prefeitura de Anápolis e o governo de Goiás. O primeiro foi para as calendas. Waldir quer disputar a Prefeitura de Goiânia, mas sabe que, pelo PSDB, não dá.
Waldir admite que, mesmo sendo o campeão de votos para deputado federal, “está na rabeira da fila”. Por isso, se quiser disputar mandato de prefeito, terá de trocar o PSDB por outra legenda — como o PHS, o Pros ou o PTN. No PSDB da capital, será um eterno coadjuvante.
Tanto que, sem nenhuma sutileza, estão tentando empurrá-lo para a disputa de Aparecida de Goiânia, o que ele não quer de maneira alguma. Uma curiosidade: as pesquisas que incluem Iris, Vanderlan e Waldir mostram que este retira mais votos do primeiro do que do segundo. Na prática, Waldir está “segurando” o crescimento do peemedebista — competindo, de igual para igual, sobretudo nos bairros mais pobres e periféricos da capital. O eleitorado de Vanderlan é menos infenso ao “ataque” de Waldir.
Já para Baldy o PSDB reservou uma espécie de papel: o quer disputando a Prefeitura de Anápolis, em 2016, e só. Depois, na opinião de tucanos de bico longo, se fizer uma gestão eficiente — isto se for eleito, é claro —, pode disputar o mandato de governador depois das eleições de 2018. Antes, não; terá de respeitar a “fila” — que, no momento, tem o vice-governador José Eliton (PP) no pelotão de frente, seguido de perto pelo secretário Thiago Peixoto (PSD) e pelo deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB). Maldosamente, um tucano diz que o verdadeiro partido de Baldy é o PSDB, mas desde que sejam arrancadas duas letras, D e B, ficando tão-somente PS — Partido do Sogro.