Mais uma vez, a falta se quórum se tornou um problema dentro da Câmara Municipal de Goiânia. Dessa vez, durante a sessão desta terça-feira, 29, vereadores se queixaram sobre a última reunião da Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS), no qual a maior parte dos membros não compareceu. Com as ausências, sete projetos deixaram de ser votados pela comissão, atrasando trâmite.

Membro da comissão, o vereador Igor Franco (Solidariedade), usou o microfone do plenário e pediu “mais compromisso” aos colegas de Casa. Segundo ele, essa não foi a primeira vez que uma reunião entre o comitê é cancelada pela ausência dos membros. “Temos vários projetos de grande relevância que não estão tramitando porque não temos quórum, essa é a segunda vez que isso acontece”, afirmou.

Para a presidente da Comissão da Saúde, Kátia Maria (PT), os parlamentares precisam comparecer às reuniões para dar andamentos aos projetos da Câmara. Segundo a petista, os ausentes no último encontro estão prestando hoje as justificativas por não comparecerem ao compromisso. Ela ainda destaca que os vereadores precisam achar uma espaço na agenda para realizar diálogos sobre as pautas envolvendo a saúde.

Entre os oito membros da última reunião da Comissão da Saúde, apenar Igor Franco, Kátia Maria e Anderson Sales (Solidariedade) comparecerem. O vice-presidente Dr. Gian (MDB) e os demais vereadores Edgar Duarte (PMB), Geverson Abel (PMB), Paulo Henrique da Farmácia (Agir) e Pastor Wilson (PMB) não estavam presentes.

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Projetos não votados

Segundo Kátia, sete projetos deixaram de ser votados por falta de quórum na última reunião. Entre as propostas, ela destacou o projeto do presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), a respeito da proibição da retenção de macas de ambulâncias do SAMU e de outras unidades móveis.

“Hoje temos um problema nos hospitais de urgência e emergência que é a retenção de macas. Enquanto o paciente é internado, o local retém as macas e não libera até a finalização do atendimento, o que deixa a ambulância parada e sem poder atender novas ocorrências. Então, esse é um dos projetos mais importantes que temos na comissão e que precisamos debater”, destacou a presidente da Comissão da Saúde.

Ainda deixou de ser votado a Lei Kethleen Carneiro, que busca garantir a presença de uma profissional da saúde mulher em exames e/ou procedimentos ginecológicos. Também não foram discutidos o Programa Ambulatorial de Fisioterapia Respiratória para tratar sequelas respiratórias causadas pela Covid-19 e o atendimento preferencial para pessoas com fibromialgia, portadores de neoplasia maligna e pessoas em hemodiálise. Além de outras propostas visando a saúde da mulheres, incluindo o direito de escolha das gestantes e campanhas de conscientização.

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Situação curiosa

Após as falas de Franco e Kátia no plenário da Câmara, o líder do Paço Municipal, vereador Anselmo Pereira (MDB), tentou se auto convidar para a Comissão da Saúde. Segundo o parlamentar, caso fosse chamado, ele trabalharia como o “servidor da comissão” e pediria para ser convocado às 6h da manhã para as reuniões.

Entretanto, mesmo com uma vaga aberta na Comissão da Saúde, a presidente despistou o pedido dizendo que essa era uma decisão da mesa diretora da Casa. Por outro lado, Franco pontuou que a vaga pertencia a vereadora Gabriela Rodart (PTB) e que ela ainda foi liberada para retornar ao comitê depois de retomar o mandato.

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