A vereadora Kátia Maria (PT) realizou nesta sexta-feira, 31, uma sessão especial em homenagem às “mulheres que inspiram” no plenário da Câmara Municipal de Goiânia. Durante o evento, a parlamentar destacou os desafios enfrentados no país, relembrando casos recentes de violência. Estiveram presentes mais de cem mulheres, incluindo profissionais da educação, saúde e cultura.

“São mulheres que mostram nos mostram o desafio que é ser chefe de um lar, já que quase 50% dos lares no Brasil são comandados por mulheres, mas que também enfrentam os desafios e se destacam em suas áreas profissionais”, disse Kátia. “Somos apenas seis mulheres diante de 35 vereadores. E ver tantas mulheres sentadas assim no plenário me deixa muito feliz e emocionada”, acrescentou.

Além da petista, atualmente as outras quatro parlamentares são: Aava Santiago (PSDB), Gabriela Rodart (PTB), Leia Klebia (Podemos), Luciula do Recanto (PSD) e Sabrina Garcez (Republicanos).

Violência contra a mulher

A vereadora ainda destacou dados recentes que apontam que o Brasil ainda é uma das nações mais violentas do mundo para as mulheres, segundo o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Já em Goiás, ela aponta, com base em um levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública, que houve um aumento de 58% de feminicídios em dados de 2022 comparados com 2018.

Ao todo, ela aponta que houve um toda de 38.470 vítimas de crimes, incluindo ameaça, lesão corporal, estupro e crimes contra a honra.

Kátia também alertou para outro problema na sociedade brasileira: as diferenças salariais no mercado de trabalho. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em Goiás, mulheres recebem em média 30% a menos que homens. Por isso, ela defende a importância de criar uma rede colaborativa de mulheres para que possam se fortalecer e inspirar outras mulheres.

Ao finalizar a sessão especial, a parlamentar enfatizou a importância de lutar pela igualdade de gênero e de continuar inspirando outras mulheres a serem fortes e a ocuparem mais espaços na sociedade.