Com informações de Fabrício Vera

O presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Goiânia que investiga a Comurg, Ronilson Reis (PMB), criticou o comportamento dos servidores convidados para prestar depoimentos referentes ao caso. Para ele, os intimidados estão faltando com a verdade. “O que mais chama atenção é a falta de informações e muita mentira, muita conivência”, declarou.

Para o presidente, há um “corporativismo entre eles” que está tentando atrapalhar os trabalhos da CEI, constatado especialmente pelas informações divergentes. “Há tentativas de ludibriar, prejudicar e esvaziar a CEI”, lamentou. “Mas somos firmes no nosso propósito, vamos trabalhar e com certeza ter um resultado final no relatório”.

Depoimento

Na manhã desta quarta-feira, 29, o vereador também voltou a repercutir a ausência do gerente de obras da Comurg, Nilton César Pinto, que não compareceu à CEI com atestado por diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível. Segundo Ronilson, o depoimento do diretor é de muita importância para o andamento das investigações.

“Nós precisamos entender por qual motivo ele atestou notas para que o pagamento adiantado fosse efetuado, sem metragem do trabalho prestado. É um tanto inusitado o comportamento dele, mas entendemos como funciona o jogo político interno”, comentou.
A expectativa é de que Nilson volte a ser intimado nesta quarta-feira, para que preste novo depoimento no início da próxima semana.

Visita à Comurg

O vereador também voltou a rebater às críticas recebidas por ter feito visita à Comurg.
“Diante de falas controversas, fui como vereador e convidei um membro da mesa diretora. O vereador tem a prerrogativa de legislar e fiscalizar, então eu tenho competência e legitimidade para isso”, declarou.

Na tarde desta terça-feira, Ronilson foi criticado por pares da CEI após ter feito uma diligência sem a devida discussão e aprovação prévia pela comissão. Para o vereador, a reação é uma postura de parlamentares da base do prefeito Rogério Cruz, que “tem que criar alguma situação”. “Mas eles tinham que fazer o contrário: investigar também, porque convidei e eles não foram”, relatou.