Procurador-geral da República deve manter “perfil cauteloso” nas próximas decisões

Às vésperas de decisões cruciais, o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, mantém um “perfil cauteloso”, segundo o jornal O Globo. O chefe da PGR busca o equilíbrio entre as pressões políticas e jurídicas, apesar das discordâncias. Seja no atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além dos escândalos envolvendo Bolsonaro, incluindo o desvio de joias do acervo presidencial, caso da “Abin paralela”, falsificação do cartão de vacinação, tentativa de golpe de Estado, há casos envolvendo a atual gestão. Por exemplo, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (UB), é investigado por uso indevido de recursos públicos.

“Vou fazendo o que eu me convenço de que é o certo na hora que me convenço que é a devida”, disse Gonet, em entrevista para O Globo. Anteriormente, o procurador também teve discordâncias no passado envolvendo atos da operação Lava-Jato.

Em seu mandato, Gonet já demonstrou postura crítica em relação a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), como o posicionamento divergente em casos que envolvem figuras políticas importantes. Sua atuação tem sido acompanhada de perto, especialmente diante da complexidade e sensibilidade dos temas investigados.

Agora, com o perfil mais cauteloso, a PGR terá um papel crucial na análise e posicionamento nos próximos dias, após o recesso judicial.

Leia também:

Em gravação de Ramagem, Bolsonaro demonstra preocupação em ser gravado sobre caso da “rachadinha’

Senado adia votação de projeto que assegura acesso e uso público das praias