O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocupará as sedes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), no Pernambuco, e da Suzano, produtora de papel e celulose do Espírito Santo.

O grupo entrou em acordo com o governo, que prometeu tomar “providências” para assentar as famílias presentes nessas áreas. De acordo com o MST, a desocupação ocorrerá assim que houver autorização da vistoria de cinco áreas em Petrolina (PE).

Além disso, o movimento também afirmou que deixará as sedes com a criação de uma mesa de negociação entre o grupo, Suzano, Governo Federal e Governo do Espírito Santo.

Serão feitas assembleias pelo MST para desocupar as áreas quando o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciar as medidas.

Ocupações

Na última segunda-feira, 17, cerca de 200 famílias ocuparam a fazenda da Suzano, que fica em Aracruz (ES). Já a ocupação da sede da Embrapa, em Petrolina (PE), foi no dia anterior, domingo, e contou com a invasão de 600 famílias.

Desde meados de abril, o MST começou a invadir áreas para negociar um acordo com o governo. Além das medidas acordadas que foram citadas anteriormente, o grupo exigiu a nomeação de novos superintendentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Oito pessoas já foram nomeadas para o cargo, mas Rondônia, Roraima, Alagoas, Tocantins, Amazonas, Amapá e Minas Gerais ainda não sofreram mudanças.

A expectativa do MST é que o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria Geral da Presidência lancem, em maio, um plano de Reforma Agrária, com medidas, metas e um cronograma.