Desde quarta-feira, 1º, o Governo Federal, por meio de uma medida provisória, retomou parcialmente a volta de impostos federais sobre a gasolina e o etanol. A expectativa é que as alíquotas voltem aos níveis normais, antes da desoneração feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022. Entretanto, a segunda parte ainda dependerá de uma votação no Congresso. 

Para o deputado estadual Mauro Rubem (PT), a desoneração feita pelo ex-presidente foi uma manobra para buscar reeleição na disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Primeiro, isso foi uma medida eleitoreira, uma bomba atômica montada e que precisa ser desmontada. Precisamos dos nossos agentes políticos debruçados nisso, como o ministro (da Fazenda) Fernando Haddad, para desativá-la”, conta o parlamentar, em entrevista para o Jornal Opção

Rubem ainda destaca que a situação da gestão anterior de Bolsonaro foi tão grave que o preço do litro da gasolina chegou a bater R$ 10. Fora que aponta a necessidade de mudar todo o Conselho de Administração da Petrobras para retomar discussões sobre os preços. Ele ainda exemplifica que o Brasil tem uma reserva de petróleo, que considera fantástica, e refinarias suficientes para produzir combustíveis.

O parlamentar também deixa claro que o país possui uma dos barris de petróleo mais baratos, mas combustíveis com valores elevados. “É incompatível termos a gasolina mais cara do mundo. Nós do PT, apesar de discordâncias, temos um ponto em comum: a Petrobras é do povo brasileiro e não dos acionistas. Ano passado os lucros foram de R$ 188 bilhões. E isso foi para quem? Para os brasileiros ou para os acionistas?”, questiona Rubem.

Ele ainda afirma que a Petrobras precisa ser voltada ao desenvolvimento do país e não para remunerar os acionistas com grandes valores. Além de defender que a empresa faça um trabalho de transição para a produção de energia limpa, não ficando apenas nos combustíveis.