Durante o feriado do Dia da Independência desta quarta-feira, 07, devem ocorrer inúmeras manifestações políticas em todo o país. Com muita antecedência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou os seus apoiadores para o que ele chama de “um movimento nunca visto no Brasil. Entretanto, as movimentações também causam preocupações a respeito de respeito às instituições democráticas e aumento de risco de violência política.

Em Goiânia, a programação dos apoiadores de Bolsonaro inclui uma caravana para acompanhar os desfiles da comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil, em Brasília, no Distrito Federal. Entretanto, devem retornar para Goiânia para participar de uma manifestação durante a tarde no Parque Vaca Brava, no setor Bueno. Os atos na capital goiana devem contar com os candidatos Major Vitor Hugo (PL), que disputa pelo Governo do Estado, e Gustavo Gayer (PL), que busca uma vaga como deputado federal.

Grupos contrários ao atual Governo também deverão protestar durante o dia, por exemplo na capital, ocorre o 28º Grito dos Excluídos. A movimentação foi organizada por grupos de esquerda e conta com a presença do candidato a governador Wolmir Amado (PT).

Segundo uma pesquisa realizada pela Quaest Consultoria, divulgada no dia do feriado, a maioria das pessoas acredita que as manifestações no Dia da Independência, convocadas pelo presidente, podem tumultuar o processo eleitoral. Cerca de 56% das pessoas ouvidas veem o cenário de possibilidade de confusão, enquanto 33% afirmaram que os atos do chefe de Estado são um direito do político.

Entretanto, os números mudam com base na escolha para o voto durante as eleições. Por exemplo, entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aproximadamente 77% enxergam as movimentações como prejudiciais para a segurança das eleições e 13% como direito do governante.

Por outro lado, 64% dos eleitores de Bolsonaro acreditam que o presidente tem o direito de convocar manifestações no Dia da Independência, mas 26% do total discorda das ações do candidato à reeleição no Planalto.

Já nos outros candidatos, apenas 20% consideram que as ações são permitidas e um direito do presidente, mas 73% desaprovam os protestos no dia 7 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.