“Eleições de 2022 estão tranquilas”, afirma ministro do TSE, Alexandre de Moraes
02 outubro 2022 às 16h17
COMPARTILHAR
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, concedeu entrevista coletiva, na tarde deste domingo, 2, em Brasília. Ele respondeu a jornalistas de vários veículos de comunicação, sobre transtornos em seções, filas, contestação total da votação, suposto documento de auditoria do Partido Liberal, proibição de armas aos CACs e uso de celulares nas seções eleitorais.
Segundo o magistrado, apesar de expectativas de uma eleição conturbada, até o momento as votações estão tranquilas, com exceções de incidentes, considerados rotineiros. “A sociedade brasileira está demonstrando confiança em nós do Superior Tribunal Eleitoral… está demonstrando maturidade democrática. Cada um vai na sua seção eleitoral, vota em quem quiser, vota no seu escolhido, sem confusão e sem violência. Então, nós estamos satisfeitos, com o andar das eleições de 2022”, afirmou Moraes.
Para o presidente do TSE, as filas estão longas não por causa da demora por biometria, mas por recorde de participação de eleitores. Em relação à proibição de transporte de armas de fogo e munições por colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs, ele destacou que não há registros de casos. “Dias das eleições não é dia de arma. O voto é a arma do eleitor. Há outros dias para praticar tiros”, salientou, acrescentando que “os próprios CACs, me parece, que entenderam isso muito bem”.
Já sobre o uso de celulares, o ministro alegou que há poucos casos de eleitores desobedecendo às regras, e acrescentou que os mesários não estão nas seções para fazer revistas e quem insistir em fotografar o voto, ao ser identificados, será punido.
Moraes também foi indagado sobre as conclusões acerca do documento intitulado “resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE”. “O TSE não chamou de mentiroso e fraudulento [o documento do Partido Liberal], o TSE afirma que é mentiroso e fraudulento, tanto que [o PL] está respondendo inquérito. O prazo para as respostas está terminando. Nós vamos apurar: quem fez, como fez e quem pagou? E se pagou pela fraude. Isso, além de crime eleitoral, é crime comum, e isso será apurado”, respondeu.
O ministro informou que o partido não foi proibido de fazer fiscalização das seções eleitorais. “Não tenho informações do PL, se o PL vai realizar verificação e fiscalização. O PL como todos os partidos e todas as entidades fiscalizadoras, inclusive as Forças Armadas, têm acessos total aos boletins de urnas. Assim como qualquer do povo”, disse. A legenda tem como candidato ao Palácio do Planalto à reeleição o presidente Jair Bolsonaro.
Acerca de uma provável contestação geral sobre a totalização da votação por qualquer entidade ou cidadão, Moraes exemplificou essa possibilidade com o futebol. “Eu sou corintiano, até hoje, eu contesto, a vitória do Internacional contra o Corinthians, em 1986, aquela bola que bateu na trave, bateu fora e foi dado gol. Eu contesto até hoje, mas eu fico com a minha contestação pra mim mesmo”, citou, emendando que assim será com aqueles que tentarem contestar a eleição, devendo ficar com a insatisfação para si.