O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, excluiu o coronel Ricardo Sant’Ana do grupo de militares que participa da fiscalização das eleições. O comunicado foi feito via ofício enviado nesta segunda-feira, 8. A decisão veio após reportagem que apontou divulgação de fake news por parte do militar.

No documento, endereçado ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, Fachin afirma que Sant’Ana divulgou em redes sociais “informações falsas a fim de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro”. O ofício também é assinado pelo futuro presidente do TSE, que assume no próximo dia 16, ministro Alexandre de Moraes.

Segundo justificou Fachin, o coronel divulgou mensagens que, segundo apuração da imprensa eram falsas, desmerecendo o funcionamento das urnas eletrônicas. Tais mensagens foram levantadas pelo portal Metrópoles, segundo o qual o militar compara o voto à compra de bilhete na loteria. Além disso, coronel Ricardo Sant’Ana compartilhou publicação do deputado federal Filipe Barros (PL-PR), criticando missões de observação eleitoral. O perfil do militar foi deletado das redes sociais, conforme ofício do TSE.

No mesmo documento em que descredencia Sant’Ana do grupo de fiscalização das eleições, Fachin afirma que outro nome “habilitado para as funções” pode ser indicado, segundo informou o jornal Folha de São Paulo.