Abordado por jornalistas na última quinta-feira, 21/9, ao final do lançamento do novo PAC, sobre o que achava de uma possível aproximação do senador Vanderlan Cardoso (PSD) com a base governista, o governador em exercício Daniel Vilela foi taxativo: “Eu não acho nada neste momento. Está tudo muito antecipado. E nosso foco, até sob orientação do governador Ronaldo Caiado, é a gestão”.

Como você, leitor, bem sabe, é muito comum que políticos digam uma coisa quando, na verdade, querem sinalizar outra. Não raro, usam a imprensa para mandar recados e mensagens cifradas. Mas em relação à declaração de Daniel, não há nada nas entrelinhas; muito pelo contrário. De acordo com fontes ouvidas pelo Jornal Opção que orbitam em torno de Caiado e do emedebista, o desejo que Vanderlan tem de concretizar uma aliança com o Palácio das Esmeraldas parte única e exclusivamente dele.

Se todo relacionamento implica uma via de mão de dupla, neste caso, para infelicidade do senador do PSD, não há nenhum, nem mesmo em construção. Todos os sinais enviados por Vanderlan com claro interesse no apoio palaciano para a disputa pela Prefeitura de Goiânia não tiveram, até o momento, nenhuma contrapartida do lado governista.

Até o fato de Vanderlan se licenciar do Senado para que o emedebista Pedro Chaves assuma a vaga por alguns meses foi uma ação de livre iniciativa do senador, sem que o MDB tivesse feito qualquer tipo de reivindicação.

Pelo visto, resta a Vanderlan dar tempo ao tempo – e sem qualquer pista do que virá, e se virá algo – da trincheira em que estão Caiado e Daniel. Até porque, no que depender deles, ambos vão seguir à risca a premissa de, neste ano, priorizar todas as atenções nas ações do governo.

(A.B.)