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Depois de flertar com o PT, o prefeito de Aparecida de Goiânia reassume que é de direita e vincula seu projeto ao de Bolsonaro

Major Vitor Hugo e Magda Mofatto: guerra aberta | Fotos: Reproduções

De um deputado goiano: “Tenho acompanhado as farpas do presidente do PL em Goiás, empresário Flávio Canedo, contra o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL). Ele tem razão em parte, mas o Vitor Hugo de 2022 não é o mesmo de 2018 — está mais encorpado —, ainda que não se possa garantir, de fato, que se tornou popular. Sua história pode ser parecida com a de Olavo Noleto, do PT, que, depois de ajudar dezenas de prefeitos, avaliou que seria deputado federal com facilidade, e acabou por receber uma votação pífia. Mas é preciso esperar o resultado das urnas para certificar, não dá para garantir antes das eleições de 2 de outubro deste ano”.

“Porém, uma coisa é possível dizer: a briga entre Magda Mofatto — a força real por trás de Flávio Canedo — e Major Vitor Hugo só tem uma causa: os dois querem ser vice do pré-candidato a governador Gustavo Mendanha (sem partido). Como não há espaço para os dois, estão em guerra. Consta que o prefeito não tem nenhuma simpatia pelo deputado e que prefere a aliança com a deputada”, acrescenta o parlamentar.

O fato é que Mendanha não gostou das recentes estocadas de Major Vitor Hugo. Este criticou o fato de o prefeito ter aberto conversações com o PT de Adriana Accorsi e Antônio Gomide. Quando o Jornal Opção divulgou a notícia, o prefeito percebeu que conversar com o PT não era positivo para sua base política. Ele teve de ficar ao telefone, durante horas, explicando a pastores evangélicos — que preferem compor com o presidente Jair Bolsonaro, e rejeitam Lula da Silva — que não vai compor com a esquerda. Segundo uma fonte, a nota do jornal foi lida no Palácio do Planalto por Bolsonaro, que, numa conversa com o ministro Ciro Nogueira, teria dito, aproximadamente o seguinte: veja o candidato que vocês estão dizendo que vai me apoiar; ele está articulando com Lula e o PT.

Com as orelhas puxadas, Mendanha voltou à direita e deve apoiar Bolsonaro para presidente da República. Ele queria ficar em cima do muro, sem apoiar nenhum candidato a presidente, mas, de repente, caiu na real. Porque, se apoiar ninguém, quem vai apoiá-lo, quais partidos vão acolhê-lo?