Supremo Tribunal Federal afasta Eduardo Cunha, que não será “vice” de Michel Temer

05 maio 2016 às 08h21

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Eduardo Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, deu uma liminar, na quarta-feira, 4, retirando o mandato do deputado Eduardo Cunha e, consequentemente, o peemedebista deixa a presidência da Câmara dos Deputados. O ministro acata um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele já foi intimado e, portanto, não é mais o presidente do Legislativo.
Num momento em que se prepara a retirada de Dilma Rousseff da Presidência da República, por meio de um impeachment, a saída de Eduardo Cunha era esperada e acertada. O parlamentar é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro — e, até agora, fez uma defesa “tímida”.
Impedir Dilma Rousseff, acusada de pedaladas fiscais — embora o pano de fundo seja a crise econômica e a corrupção sistêmica dos governos do PT —, mas deixar Eduardo Cunha como vice-presidente da República é e era uma contrassenso. Seu afastamento atende à lei, mas também aos clamores da sociedade civil.
A saída de Eduardo Cunha, ainda que por liminar, beneficia Michel Temer. Porque, na ausência do próximo presidente, ele poderia assumir o governo como vice, já que o peemedebista, sendo vice de Dilma Rousseff, não tem um vice eleito. O afastamento reduz ou acaba o constrangimento.