Sandro Mabel: “Tenho história e serviço concreto para mostrar”
18 junho 2021 às 21h34
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“Promovemos a recuperação de mais de 100 respiradores mecânicos, devolvidos em plena capacidade aos hospitais públicos”
A pandemia provocada pelo coronavírus escancarou as fragilidades das gestões públicas, especialmente do governo de Goiás. Desde o início do avanço da Covid-19, atuo com firmeza na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIeg) na defesa da vida e dos empregos, sobretudo para garantir o funcionamento da cadeia produtiva dos produtos considerados essenciais, como farmácia, alimentação e produtos de limpeza. Tenho história e serviço para mostrar, não apenas agora, na Fieg, mas ao longo de toda a minha vida pública e privada. Mas vou me ater aqui aos fatos mais recentes.
Para amenizar os efeitos pandemia, notadamente em razão das restrições impostas por decretos governamentais, com muitos trabalhadores desempregados e sem nenhuma renda, trabalhei juntamente com empresários, sindicatos e por meio da Fieg + Solidária para arrecadar mais de 500 toneladas de alimentos, destinados às famílias em situação de vulnerabilidade social. Todas as segundas-feiras, na Casa da Indústria, centenas de cestas básicas são distribuídas para instituições filantrópicas.
Por meio do Sesi e Senai, promovemos a recuperação de mais de 100 respiradores mecânicos, devolvidos em plena capacidade aos hospitais públicos. O ano passado foi marcado por serviços, que continuam em 2021, como testagens em chão de fábrica e em unidades do Sesi e Senai, teleatendimento, atendimentos médicos, de suporte na implantação de protocolos de saúde e serviços como “um radar” que checa se as medidas adotadas por determinada indústria contra a contaminação de Covid 19 foram eficazes, dando mais segurança ao industrial e aos colaboradores e clientes.
Com a superlotação dos hospitais públicos, a Fieg se antecipou diante do problema da falta de UTI e agiu preventivamente com a compra de mais de 100 capacetes de respiração e outra centena, em parceria com o Ministério Público, destinados a cidades do interior goiano. A ideia foi agir antes do colapso verificado nas capitais e cidades menores sem leitos de UTI, já que esse equipamento auxilia contaminados pela Covid-19 cuja capacidade pulmonar já estivesse comprometida.
Em meio ao crescimento dos casos graves de Covid-19 e à escassez de insumos hospitalares para tratamento dos pacientes, lançamos, em março, a campanha Respira Goiás, destinada a ampliar o número de cilindros de oxigênio para o tratamento contra o coronavírus.
O propósito do nosso trabalho é salvar vidas. Não tenho medido esforços para atuar junto ao governo estadual, seja cobrando iniciativas para a compra de vacinas, seja auxiliando com respiradores, cilindros de oxigênio, para que a vida e o acesso à saúde pública sejam garantidos.
Minha luta é incansável pela vacinação de toda a população. Trabalhei no Congresso Nacional para aprovação do projeto de lei que permite participação direta do setor privado na aquisição de imunizantes. Aquelas companhias, ainda conforme o projeto, poderão contratar estabelecimentos de saúde que tenham autorização para importar vacinas para realizarem a compra, entre eles, laboratórios, hospitais e farmácias. A proposta abre a possibilidade, ainda, de aquisição de imunizantes ainda não autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas já devidamente autorizados ou registrados por autoridades estrangeiras da área de saúde reconhecidas e certificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O projeto aguarda apreciação do Senado. Assim que aprovado e sancionado, o setor privado terá autorização para comprar vacinas e imunizar seus colaboradores, dando celeridade ao Plano Nacional de Imunização (PNI) e salvando vidas. Infelizmente, o processo de vacinação em Goiás é lento, escasso, sofre com a falta de planejamento. O momento é de unir forças, o setor produtivo quer e pode ajudar, mas para isso acontecer, a lei precisa ser aprovada.
As contribuições do Sistema Indústria para o Estado não se limitam à saúde. Pensando na retomada da economia, a Fieg e o Senai Goiás lançaram a segunda edição do programa Indústria + Forte, iniciativa com vertentes em qualificação profissional e serviços de tecnologia que visa reduzir os impactos socioeconômicos causados pela pandemia e ajudar a retomar o crescimento do setor produtivo. São mais de 22 mil vagas gratuitas em 30 diferentes cursos de qualificação profissional a distância (EaD).
Por tudo isso, considero infame qualquer acusação de omissão diante da pandemia em Goiás, como faz crer matéria publicada pelo Jornal Opção, que não corresponde à verdade. O meu desempenho à frente da Fieg produziu e continua produzindo resultados concretos – e a população de Goiás é testemunha do nosso esforço nesta quadra difícil que passamos. Peço respeito ao meu trabalho, que orgulhosamente divido com todo o segmento empresarial, hoje responsável por 20,8% do PIB de Goiás.
(O texto acima é de responsabilidade do empresário Sandro Mabel)
Nota da redação do Jornal Opção
A nota que o ex-deputado Sandro Mabel contesta certamente não foi publicada pelo Jornal Opção. Na nota do jornal o empresário é mencionado cinco vezes — num texto de pouco mais de 5 mil caracteres —, mas a Federação das Indústrias do Estado de Goiás não é citada nenhuma vez. O objetivo do jornal era e é preservar a instituição. Porque os homens, seus dirigentes, passam, mas ela continua. É perene.
A matéria trata do cidadão Sandro Mabel, e não do presidente da Fieg. O que se cobrou foi uma participação mais proativa do empresário no combate à pandemia, assim como estão fazendo os banqueiros das famílias Setúbal e Moreira Salles, do banco Itaú Unibanco, e a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza. Acrescente-se que dezenas de pessoas abnegadas, e sem nenhuma fortuna, estão distribuindo alimentos a várias famílias pobres na Grande Goiânia. Com o detalhe de que não fazem publicidade alguma do inestimável serviço social que prestam à coletividade.
Se há uma crítica, à falta de ação do empresário Sandro Mabel — e, insistamos mais uma vez, não há n-e-n-h-u-m-a referência à Fieg na micro reportagem —, não há, a rigor, nenhum “ataque”. Pelo contrário, o jornal ressalta que, embora investigado no mensalão e tenha registrado sua ligação com o ex-deputado Eduardo Cunha, cassado por corrupção, sua história é positiva.
Sandro Mabel precisa entender que, com sua história de 70 anos, a Fieg é maior, muito mais do que ele. Trata-se de um patrimônio dos empresários de Goiás e, a rigor, de todos os goianos.
Confira o link para a nota publicada pelo Jornal Opção
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