Filiação ao PP mostra que o prefeito de Anápolis, que ainda tem dez meses para inaugurar obras, está ganhando musculatura política

O prefeito Roberto Naves, o presidente Jair Bolsonaro e o governador Ronaldo Caiado: aliança ampla e consistente — local, regional e nacionalmente | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O prefeito de Anápolis, Roberto Naves, do PP, tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro — o PSL de Anápolis perdeu seu apoio —, do governador Ronaldo Caiado, do DEM, do senador Vanderlan Cardoso, do PP, do ex-ministro Alexandre Baldy, do PP, dos deputados federais Adriano do Baldy e Professor Alcides Ribeiro, ambos do PP, e dos deputados estaduais Amilton Filho, do Solidariedade, e Coronel Adailton, do PP. Não é pouca coisa, não.

Ex-ministro Alexandre Baldy e o prefeito de Anápolis, Roberto Naves: aliança sólida | Foto: Reprodução/Facebook

Um prefeito que conta com o apoio do presidente da República e do governador do Estado — além de ter apoio na Câmara dos Deputados, o que rende recursos no Orçamento da União —, caso de Roberto Naves, pode muito mais do que um prefeito que não tem o apoio do presidente, do governador, de senadores e de deputados federais (o deputado federal Rubens Otoni e Antônio Gomide, que deve ser o candidato do PT a prefeito, são inimigos juramentados. Tanto que Rubens Otoni puxou o tapete e não permitiu que Gomide se tornasse presidente regional do partido — optando por bancar Kátia Maria).

Vanderlan Cardoso: apoio em Anápolis e em Brasília | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

Quanto à filiação ao PP (deixando o PTB) não é uma mera filiação. O PP é forte local e nacionalmente. O partido tem tempo de televisão e recursos fartos dos fundos Eleitoral e Partidário. Além, é claro, de ter um ex-ministro, um senador e dois deputados federais. Roberto Naves, ao se filiar ao partido, ganha mais musculatura para a disputa de 2020.

Enquanto Roberto Naves vai encorpando sua aliança, jogando politicamente com rara habilidade, Antônio Gomide segue caminho oposto. Ele acredita que está eleito, quando o recado da realidade é outro: ninguém ganha eleição por antecipação. O petista trabalha com a ideia de que não precisa de ninguém e menospreza tanto Márcio Correia, do MDB, quando Ridoval Chiareloto, do PSDB (mas a caminho de outro partido, para evitar ser expulso pelo presidente da legenda, o médico Samuel Gemus).

Adriano do Baldy, Vanderlan Cardoso, Alexandre Baldy, Professor Alcides e Coronel Adailton: o PP em peso está com Roberto Naves | Foto: Divulgação

Há outro fator que joga a favor de Roberto Naves. A eleição será realizada daqui a dez meses — quase um ano. Portanto, o prefeito tem tempo suficiente para inaugurar várias obras e, até, iniciar outras. Quem visita Anápolis percebe um detalhe: a presença da mão do prefeito. A cidade está limpa, a gestão é eficiente e decente e prioriza o ser humano (o PT tem o hábito de priorizar seus “guetos”, grupos corporativos — deixando a população a ver navios). O prefeito organizou a máquina — que o petismo havia deixado “avariada” —, então, se conquistar mais um mandato, tende a fazer uma administração superior à primeira, que já é considerada qualificada pela população.

A tendência é que, enquanto Gomide deve chegar a 2020 estabilizado — sem crescer e sem alianças consistentes —, Roberto Naves tende a crescer, dado o resultado de sua gestão e também por causa das alianças partidárias, cada vez mais amplas e robustas. O PTB, sob a batuta do vice-governador Lincoln Tejota, também deve apoiá-lo.