Quem conhece Fred Rodrigues não vota no novo Rogério Cruz
18 outubro 2024 às 09h17
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O ex-deputado Fred Rodrigues, do PL, não queria ser candidato a prefeito de Goiânia, de acordo com um bolsonarista. Queria, isto sim, ser vice de Sandro Mabel, do União Brasil.
Entretanto, do alto de sua montanha de dinheiro, o senador Wilder Morais, presidente do PL em Goiás, teria convencido o jovem parlamentar cassado e o deputado federal Gustavo Gayer de que o PL deveria lançar candidato próprio (portanto, em caso de derrota, a derrota será mais de Wilder Morais do que de Fred Rodrigues). Não por causa de 2024, ou mesmo da Prefeitura de Goiânia, e sim devido a 2026, quando o empresário planeja ser candidato a governador, com o apoio do ex-governador Marconi Perillo, que é cotado para disputar mandato de senador na sua chapa, ao lado de Gayer. O vice tende a ser Professor Alcides Rodrigues, do PL.
Mais do que qualquer outra pessoa, Fred Rodrigues sabe que não tem experiência para administrar uma cidade-Estado do porte de Goiânia. Mesmo que esteja cercado de bons assessores, se não souber o que eles estão fazendo, não conseguirá administrar a cidade. Seria um joguete nas mãos de auxiliares, às vezes bem e às vezes mal-intencionados.
O exemplo do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), o Fred mais velho, está aí para comprovar: cercou-se de uma turma de Brasília, depois de uma turma de Goiânia (como o indefectível Jovair Arantes) e deu-se muito mal. Mas quem saiu mal mesmo foram os goianienses, que viram sua cidade ser abandonada, transformando-se, em alguns bairros, em monturos de variados lixos. Pois Fred Rodrigues, o Rogério Cruz mais jovem, é outra aposta que, certamente, é tão errada quanto a do prefeito.
Fred Rodrigues é a iminência de desastre
Se o próprio Fred sabe que não tem condições de gerir a capital do Estado (sua propaganda política sugere que outros vão administrar em seu lugar, ou seja, por ele), aqueles que estão próximos sabem muito mais. Qualquer pessoa isenta que conviveu com o ex-deputado sabe que não tem noções básicas de administração e não sabe, igualmente, relacionar-se com, por exemplo, vereadores. O apelido do deputado deveria ser: “Iminência de desastre”.
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, é um político moderado. Por isso, quando diz “ele trabalhou comigo, e posso dizer que ele não tem capacidade para administrar Goiânia” (título de reportagem de Ton Paulo, editor do Jornal Opção), não está exagerando. Pelo contrato, está fazendo um retrato fiel da realidade. Se fosse radical, e não um político que sabe agregar e é respeitoso, o dirigente da Alego teria dito: “Fred não daria conta de administrar uma rua ou um bairro”. Fred Rodrigues tem perfil de gestor de quintal, não de cidade, muito menos de uma capital. É isto. (E.F.B.)