PT aceita apoiar Zé Eliton pra governador, mas rejeita imposição de seu nome

01 maio 2022 às 00h02

COMPARTILHAR
A democracia interna é o forte do PT. As decisões são tomadas por seus membros e eles não foram ouvidos sobre aliança com o PSB
O PT é um partido diferente, que debate tudo. Não é a cúpula que decide, solitária, determinadas ações. Os membros da legenda se reúnem e deliberam a respeito das alianças políticas.
Mas o PSB (leia-se o deputado federal Elias Vaz) decidiu, segundo um petista, impor a candidatura de José Eliton sem que o PT, sua militância, fosse consultado. Houve uma crise. Até porque o partido tem pré-candidato a governador, o ex-reitor da PUC-Goiás Wolmir Amado, um político e educador respeitado na sociedade goiana. “E o PT tem mais capilaridade do que o PSB.”
Mas não há rejeição ao nome de José Eliton. “Na verdade, o ex-governador é bem-vindo, porém não aceitamos rolo compressor. Nós, do PT, queremos uma candidatura pactuada com os membros do partido. O PSB tem de conversar com Kátia Maria, mas não só co ela. O PT não tem caciques e seus militantes têm valor e são respeitados.”

O petismo avalia que a chapa majoritária do PT e do PSB tende a ter Wolmir Amado e José Eliton. “O professor Wolmir pode ser candidato a governador ou pode ser vice de José Eliton. Ou mesmo candidato a senador. Assim como José Eliton pode ser vice de Wolmir Amado. O fundamental para nós é criar um palanque consistente para Lula em Goiás”, afirma um petista.
Recentemente, dois petistas pesquisaram em jornais e ouviram pessoas no município de Posse, no Nordeste goiano. Segundo eles, “não procede que José Eliton tenha liderado a UDR na região, e nem perseguiu lavradores e trabalhadores sem-terra. Nós sabemos que ele é de centro-direita, pois pertenceu ao DEM e ao PSDB, mas, sobretudo, é um político progressista e apoia Lula para presidente da República. Para nós, ele é uma espécie de Geraldo Alckmin de Goiás”.