Imagine um elefante fazendo turismo numa loja de louças. Se pensou em Júnior Friboi não está errado. Ele é pior um pouco do que um elefante e está se tornando, segundo políticos profissionais, um especialista em arrombar portas abertas.

Primeiro, filiou-se ao PSB, garantindo ao presidente nacional do partido, Eduardo Campos, que seria candidato a governador de Goiás e que lhe proporcionaria um grande palanque para sua candidatura a presidente da República. Em seguida, abandonou o partido, sem avisar o ex-governador de Pernambuco, e filiou-se ao PMDB. Arrombou uma porta que estava abertíssima e, ao se tentar se reaproximar de Eduardo Campos, não foi bem recebido. É visto como pouco confiável.

No PMDB, no lugar de procurar de Iris Rezende para se filiar, buscou amparo em Michel Temer e Valdir Raupp, da cúpula nacional. Ao atropelar Iris Rezende, pode ter cavado a própria cova política. Apesar de toda a sua fortuna, que usa para convencer vários peemedebistas de que é o melhor candidato a governador, Friboi está sendo contestado pelo irismo. Pode até ganhar a convenção e se tornar candidato a governador, porém, se não tiver Iris Rezende no palanque, poderá voltar para o Colorado a partir do dia 6 de outubro deste ano. O empresário arrombou portas que estavam absolutamente abertas.

Em seguida, Friboi, depois de ter submetido o PMDB, começou a acossar e a pressionar o PT. Entretanto, embora o empresário não saiba, o PT é um partido de grande organicidade, neste sentido é o mais moderno do país, e não se submete a caciques políticos e financeiros. Friboi chegou a dizer que pode não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Mais uma vez, está arrombando portas abertas.