Pedro Wilson é o nome consolidado para superintendente do Iphan em Goiás

23 abril 2023 às 00h01

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O apoio de Olavo Noleto — amigo e aliado do presidente Lula da Silva — foi decisivo. O ex-prefeito Pedro Wilson Guimarães saiu na frente e deve assumir a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás.

Aos 81 anos, Pedro Wilson é uma unanimidade no PT goiano e nacional. É um histórico do partido, respeitadíssimo. O professor aposentado da Universidade Federal de Goiás é um humanista.
Sua indicação está nas mãos do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Não há ninguém contra — nem no PT nem fora do partido.

Há, porém, o comentário de que Pedro Wilson pode ocupar um cargo no Ministério do Meio Ambiente, com o apoio direto da ministra Marina Silva.
Então, se não assumir o Iphan — e, insista-se, é o nome bancado pelo PT goiano, que optou por um petista-raiz, e não meramente por um nome técnico —, a superintendência pode ser ocupada por Marina Sant’Anna, outra política histórica do PT local e nacional. Ela foi deputada e várias vezes candidata, mesmo em situações adversas sempre colocou seu nome à disposição do PT.
O ex-reitor da PUC-Goiás Wolmir Amado, do PT, persiste bancando o pesquisador Antônio Caldas para o Iphan-Goiás.
Alguns setores da UFG apoiam o professor e pesquisador Yussef Campos. Um nome tão técnico quanto o de Antônio Caldas.

O Jornal Opção ouviu dois especialistas em preservação do patrimônio histórico e artístico, que optaram por não expor seus nomes.
“Pedro Wilson, por ter sido prefeito de Goiânia, professor da UFG e ser uma figura de proa do PT, pode emprestar maior ‘musculatura’ ao Iphan”, afirma um dos especialistas. “Pedro Wilson tanto pode ir, sem mediadores, ao presidente nacional do Iphan, Leandro Grass, quanto à ministra da Cultura, Margareth Menezes, e mesmo ao presidente Lula da Silva. Porque tem prestígio pessoal e experiência como gestor. Ele tem estatura.”
O segundo pesquisador afirma: “Pedro Wilson e Marina Sant’Anna são grandes nomes. Porém, em termos estritamente técnicos, o pesquisador Antônio Caldas seria o grande nome para o Iphan em Goiás. Não conheço o professor Yussef Campos, mas ouço falar bem dele como pesquisador”.
Os dois especialistas enfatizam que, com qualquer um dos quatro — Pedro Wilson, Marina Sant’Anna, Antônio Caldas e Yusseff —, o patrimônio histórico e artístico de Goiás estará bem representado e defendido.