Bastidores

Para a Prefeitura de Goiânia, a cúpula do PSL está dividida entre apoiar Giuseppe Vecci, do PSDB, Francisco Júnior, do PSD, Vanderlan Cardoso, do PSB, ou Luiz Bittencourt, do PTB. “Devemos apoiar um candidato da base do governador Marconi Perillo, e todos os citados são de sua base”, afirma Lucas Calil. Há inclusive a possibilidade de Lucas Calil disputar a prefeitura, para se tornar conhecido e ampliar o eleitorado para a disputa de 2018, quando deve ser candidato a deputado federal.

O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, e o líder do Governo no parlamento, José Vitti, confirmaram para colegas que o deputado Valcenor Braz vai mesmo para o Tribunal de Contas dos Municípios. Ele vai substituir Honor Cruvinel, que vai se aposentar.

Alexandre Baldy disse ao Jornal Opção que o PTN não aceitaria cargos na gestão do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Mas o PTN de Goiânia está, sim, negociando cargos com o prefeito Paulo Garcia.

O petista Paulo Garcia fez o impossível para levar o PHS para a Prefeitura de Goiânia e para a campanha de Adriana Accorsi, sua candidata a prefeita. Ofereceu a vice e secretaria. “Qualquer uma”, teria chegado a dizer. Eduardo Machado optou por manter o partido na base do governador Marconi Perillo. O prefeito não está dormindo no ponto. Por isso vai organizar uma frente de apoio para Adriana Accorsi.

A deputada Flávia Morais comentou com aliados que o PDT de Carlos Lupi está de olho no passe do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. Já a parlamentar é cotada para assumir o comando do Partido Verde em Goiás, numa articulação nacional. Embora Paulo Garcia não tenha se manifestado a respeito, o PDT gostaria de lançá-lo para deputado federal em 2018, em substituição a Flávia Morais.

Iris Rezende, que anda esbanjando saúde aos 82 anos, não gostou de saber que, se Daniel Vilela disputar a Prefeitura de Goiânia este ano, Maguito Vilela não disputará o governo em 2018. Os Vilelas deixariam o senador Ronaldo Caiado, do DEM, na chapada — o que deixaria Iris Rezende contrariado.

O secretário de Desenvolvimento, Thiago Peixoto, é, disparado, o auxiliar mais próximo do governador de Goiás, Marconi Perillo. É ouvido em quase todos os assuntos. Do ponto de vista pessoal, é respeitado e querido pelo tucano-chefe.

No dia 1º de junho, o vice-governador de Goiás e secretário da Segurança Pública, José Eliton, vai participar da nova edição do Café Empresarial Jovem promovido pela Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiás-Jovem (Aciag-Jovem). O evento, que contará com a participação dos integrantes do Fórum Empresarial Jovem, é coordenado pelo presidente da Aciag Jovem, Maione Padeiro.

Maione Padeiro deixa a Aciag Jovem, no dia 2 de junho, para disputar mandato de vereador pelo Partido Verde. Filho de Geraldo Padeiro e casado com Lorena Aires, Maione Padeiro é apontado como um líder articulado. É a aposta do Partido Verde em Aparecida de Goiânia.

Na palestra do Lide, em Nova York, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, declamou um trecho de um poema de Cora Coralina: “Mesmo quando tudo parece acabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri no caminho incerto da vida que o mais importante é o decidir”. Além do bom gosto, o tucano-chefe soube valorizar a cultura brasileira (e goiana).

Parlamentares goianos dizem que ouviram o senador Ronaldo Caiado dizer que vai tentar travar a venda da Celg. O motivo? O dinheiro ajudaria ainda a viabilizar o governo de Marconi Perillo e, sobretudo, Goiás

O deputado Sandes Júnior (PP), que anda tenso e sisudo, respira aliviado. Convidado para ser vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Thiago Peixoto chegou a balançar. Depois de uma longa conversa com o governador Marconi Perillo, Thiago Peixoto decidiu permanecer na poderosa e prestigiosa Secretaria de Desenvolvimento. O tucano-chefe não quer prescindir de um auxiliar criativo e formulador de projetos de desenvolvimento.

Pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PTB, o engenheiro e ex-deputado federal Luiz Bittencourt critica a ingerência política na administração da Prefeitura de Goiânia. Ele diz que um gestor deve ser mais técnico.

Os luas azuis do marconismo admitem que a luz amarela não se apaga na sede do diretório do PSDB. Teme-se que o partido não consiga levar Giuseppe Vecci para o segundo turno.

Os tucanos sugerem que Giuseppe Vecci mantenha o discurso técnico, mas procure formulá-lo de maneira mais inteligível. “Esse negócio de macroeconomia pode ser bonito, mas o povo não sabe do que se trata”, afirma um tucano. “Vecci precisa pegar umas aulas com Waldir Delegado Soares, o pré-candidato que tem metralhadoras nos dedos e pistolas na língua.”