Bastidores

[caption id="attachment_70008" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), disse ao Jornal Opção que vai terminar o ano com dinheiro em caixa. É o resultado de um ajuste fiscal rigoroso. A responsabilidade com o uso do dinheiro público tornou o governo saudável em termos financeiros.
Ao contrário do governo de Goiás, que está com as contas equilibradas, 11 Estados correm sério risco de deixar de pagar a folha dos servidores em setembro, entrando em colapso em função do descontrole dos gastos públicos.
Aliados da deputada federal Magda Mofatto (PR) admitem que, para disputar mandato de senadora, em 2018, ela pode aliar-se com o senador Ronaldo Caiado, do DEM, que planeja disputar o governo de Goiás. Sem o apoio do PMDB, que deverá bancar Maguito Vilela ou Daniel Vilela para o governo, Ronaldo Caiado terá de montar outro grupo político. Daí a possibilidade de composição com os deputados Alexandre Baldy (PTN) e Magda Mofatto. Os mofattistas sugerem que a chamada base aliada irá lançar para o Senado, em 2018, o governador Marconi Perillo (PSDB) e a senadora Lúcia Vânia (ou Ana Carla Abrão), do PSB.
Candidato a prefeito de Anápolis pelo PTB, Roberto Naves — com um discurso afiado e presença ativa na política local — afirma que, no debate realizado pela Rádio Manchester, houve dois vencedores: ele e Carlos Antônio, do PSDB. Roberto Naves frisa que o prefeito João Gomes, do PT, “foi muito mal”. Carlos Antônio confirma: “Ganhei o debate e o prefeito não respondeu às perguntas com precisão”. Carlos Antônio e Roberto Naves, numa dobradinha não planejada, encurralaram João Gomes. Fica-se com a impressão de que, sem Antônio Gomide por perto, soprando alguma coisa nos seus ouvidos, o prefeito fica meio perdido. “Ele deveria andar com um fone de ouvido e, assim, Gomide poderia comandá-lo a distância”, afirma um aliado do deputado Alexandre Baldy (PTN).
O governador Marconi Perillo (PSDB) mantém relação cordial com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB). Mas tem dito aos aliados que, em política, é preciso escolher um lado. No município, está ao lado de Alcides Ribeiro e do colégio Silvio Benedito, do PSDB e do PP, e que, possivelmente, subirão no palanque de seu candidato a governador, em 2018. Enganam-se aqueles que pensam que o tucano-chefe está fora do processo político, deixando o barco navegar como se a deriva. Nada isso. Ele participa das articulações e joga com habilidade para montar uma base mais sólida para 2018. Um verdadeiro político não renuncia à política por nada. E, como se sabe, Marconi Perillo é um animal político de primeira linha. É um político profissional, na acepção moderna e positiva do sociólogo alemão Max Weber.

O deputado Federal João Campos, que não vai disputar a reeleição, será candidato a senador em 2018. Pelo PRB. João Campos tem dito a aliados e amigos que se cansou da Câmara dos Deputados e que, em 2018, não vai aceitar pressões para retirar sua postulação ao Senado. Ele avalia que já articulou uma estrutura adequada para que possa disputar mandado de senador.
Que fique claro aos cautos e aos incautos: Marconi Perillo só tem um candidato a prefeito de Anápolis: o deputado estadual Carlos Antônio, do PSDB, partido do governador. Ressalte-se que Carlos Antônio filiou-se ao PSDB convidado pessoalmente pelo tucano-chefe. Marconi Perillo tem um compromisso especial com o jovem tucano.
O governador Marconi Perillo comporta-se de maneira light, sem se preocupar com picuinhas e conflitos circunstanciais. Mas isto não significa que vai aceitar calado às críticas dos adversários e, por vezes, dos aliados. Sempre que necessário, vai se posicionar, com clareza e firmeza. O tucano-chefe sublinha que, em política, não há aliados pela metade. Ou se é ou não se é aliado. Recado do governador a aliados que fazem chantagem política na eleição municipal e se juntam a adversários em alguns municípios: na política também vale a Lei de Newton: a toda ação corresponde uma reação. O tucano-chefe também não vai se comportar meramente de modo reativo. Vai agir mais do que reagir.
É provável que, com a saída de João Campos do páreo, as Assembleias de Deus de Goiás possam hipotecar apoio, para deputado federal, ao pastor Elismar Veiga (PHS), vice na chapa de Carlos Antônio, candidato a prefeito do PSDB em Anápolis. Mas é um assunto sobre o qual o líder humanista não quer conversar neste momento. Elismar Veiga, segundo aliados, sublinha que mais importante é discutir a eleição municipal de 2016 e sugere que 2018 ainda está relativamente distante.
O candidato do PMDB a prefeito de Goiânia, Iris Rezende, não estaria muito satisfeito com o Major Araújo (PRP), que, além de palpiteiro, teria um discurso excessivamente radical, o que, sendo moderado, não agrada ao peemedebista. De cara, o ex-prefeito vetou a tal de “bolsa-arma” — uma proposta do militar aposentado e deputado estadual. Quando alguém fala em “bolsa-arma”, o decano do PMDB fecha a cara, irritado. Iris Rezende tomou ojeriza do assunto.

[caption id="attachment_69280" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
“Iris Rezende só vai disputar o governo do Estado de Goiás em 2018 se falar que, eleito, não vai deixar a Prefeitura de Goiânia”, afirma o presidente do PHS de Goiânia, Marcelo Augusto.
O ex-presidente da Câmara Municipal diz que Iris Rezende sempre conta com a suposta memória curta das pessoas e sempre arranja uma desculpa para deixar o governo e se candidatar a outro posto que considera mais importante. “Goiânia, desde a década de 1960, sempre foi vista por Iris Rezende como trampolim para disputar o governo do Estado. Ele não mudou nada, mas nada mesmo.”
O deputado Major Araújo só se tornou vice porque o presidente do PRP, o marqueteiro Jorcelino Braga, prometeu a Iris Rezende que fará sua campanha por um preço bem abaixo do que os demais candidatos a cargos majoritários estão pagando. O peemedebista tem dito que fazer uma campanha barata, por isso estaria adotando uma “política de guerra” — com a tese de “mais ação e menos gastos”. O PRP é um partido que não acrescenta muito. E, como resposta ao candidato do PR, deputado federal Waldir Delegado Soares, Major Araújo não acrescenta muito. O delegado, segundo aliados do PR, entende mais de segurança pública do que o militar aposentado.
Do deputado estadual José Nelto, do PMDB: “Waldir Soares não pode transformar a eleição em Goiânia numa espécie de segundo concurso para delegado de polícia”.

O deputado estadual José Nelto, do PMDB, afirma que, na quinta-feira, 18, encontrou-se com o candidato do PR a prefeito de Goiânia, Waldir Soares, na Avenida Bernardo Sayão, no Setor Fama. “Fiquei impressionado: ao meio-dia, sob um calorão infernal, Waldir Soares, com um paletó quente, andava pelo bairro munido de uma pistola e de um par de algemas. Fiquei pensando: será que estava pedindo votos ou procurando bandidos?”, conta José Nelto.
“Waldir Soares pediu o voto de meu motorista, que disse-lhe: eu voto em Iris Rezende”, conta, divertido, o deputado estadual José Nelto, do PMDB. “O delegado vai sair desta eleição menor do que quando entrou. Ele é do tipo de político que, de tão sozinho, acaba sendo abandonado por todos os políticos. Seu voo é de pato. Em 2018, quando deverá disputar a reeleição para deputado federal, é provável que não obtenha nem a metade dos votos que conquistou em 2014 [270 mil].” José Nelto afirma que é preciso aos tribunais superiores para denunciar Waldir Soares como “censor da imprensa goiana”. “Ele não pode impedir os jornais de publicarem críticas. Se age assim, sem ter o controle do Poder Executivo — imagine se, algum dia, conseguir ser eleito.”

Por que não apareceram compradores para a Celg? À primeira vista, concluiu-se que a empresa não vale o que estava sendo pedido. Na verdade, grandes empresas querem comprá-la, porque, com uma carteira de clientes avultada, trata-se de um grande e garantido negócio. O que se deu, na prática, é que as empresas, num pool típico do capitalismo, para conseguiram a redução do preço, não se apresentaram para comprar a Celg.