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As forças políticas começam a desenhar um cenário complexo para a disputa do governo em 2018

A partir de 2018, com as articulações assentadas, se redesenhará uma nova engenharia política em Goiás. O grupo do governador Marconi Perillo terá incorporado um novo aliado, Vanderlan Cardoso, do PSB. Os luas azuis do tucanato tentam, também, uma aproximação com o PMDB do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e do presidente do PMDB, deputado federal Daniel Vilela. Pode dar certo ou não. O fato é que o grupo Maguito Vilela-Daniel Vilela, que inclui os deputados Pedro Chaves e José Nelto — e pretende atrair o empresário Júnior Friboi —, pretende lançar um candidato a governador e, por isso, pode se manter como uma força autônoma, não subordinada a uma força maior, como a tucana. O vilelismo está de olho no passe político do presidente do PSD, Vilmar Rocha, e do deputado Thiago Peixoto e da deputada Magda Mofatto, do PR. Se Daniel Vilela, ou Maguito Vilela (o espectro político aposta mais na postulação do veterano), for candidato a governador, Vilmar Rocha e Magda Mofatto poderiam acompanhá-los como candidatos a senador. O senador Ronaldo Caiado, do DEM, também pretende disputar o governo e, por isso, tentará formatar um grupo a partir de uma aliança com Iris Rezende, sobretudo se este for eleito prefeito de Goiânia. Se Iris Rezende for derrotado, perdendo força no PMDB e ficando sem estrutura de poder e financeira, dificilmente Caiado terá condições de disputar o governo do Estado. A senadora Lúcia Vânia, do PSB e influente no PPS, é outra força política que desponta. Tanto pode disputar o governo quanto a reeleição (sua preferência). Sobretudo, é uma player que não pode ser deixada de lado. O PSDB vai tentar cooptá-la, mas o vilelismo também de olho vivo no passe da senadora, que está sempre insatisfeita com a hegemonia do tucanato.

Segundo turno contra Vanderlan Cardoso será uma pedreira para Iris Rezende

Se Iris Rezende, do PMDB, for para o segundo turno contra Vanderlan Cardoso, do PSB, vai enfrentar dois tipos de pedreira. Primeiro, terá pela frente uma aliança ampla — quase uma armada —, com políticos de vários partidos, como Francisco Júnior, do PSD, e Adriana Accorsi, do PT. Todos no ataque. A incógnita é o Delegado Waldir Soares, do PR, que, na opinião de alguns iristas, não apoiará Vanderlan Cardoso, do PSB, e sim Iris Rezende. Mas o deputado, a rigor, nunca falou sobre o assunto. Segundo, Iris Rezende vai enfrentar um candidato motivado. No segundo turno, quando se zera o processo, os candidatos ganham nova expectativa de poder. A tendência, na opinião de analistas, é que o candidato do PSB cresça. Por isso, o irismo trabalha para que Iris Rezende liquide a fatura já no primeiro turno, o que não será fácil — dados os números razoáveis tanto de Waldir Soares quanto de Vanderlan Cardoso.  

Paulo Garcia sugere para aliados que vai fazer tudo para derrotar Iris Rezende na disputa pela prefeitura

Paulo_Garcia_25 Nas conversas com políticos de vários partidos, como o PT e o PSDB, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, não fica mais em silêncio quando perguntado sobre Iris Rezende. O petista frisa que, apesar de leal a Iris Rezende, a contrapartida foram ataques “brutais” do vice-prefeito, Agenor Mariano, do PMDB. O prefeito ficou sabendo que Iris Rezende ligava para Agenor Mariano e o insuflava contra sua gestão e contra ele próprio. A ordem era para bater sem só nem piedade. Irritado, o peemedebista dizia ao vice-prefeito: “Vamos acabar com este marconista!” Paulo Garcia relata que, apesar de um rombo gigante deixado pela gestão de Iris Rezende, nunca se pronunciou a respeito. Em 2014, quando o PT tinha Antônio Gomide como candidato a governador, o prefeito optou por apoiar Iris Rezende, por ser leal ao peemedebista, que o havia ajudado a ser eleito a prefeito da capital. Porém, no momento em que precisava de Iris Rezende, dado o desgaste de sua administração — e o problema do lixo havia sido gerado pelo peemedebista (o fim da terceirização, um ato do peemedebista, sucateou o maquinário da prefeitura) —, a velha raposa deu-lhe as costas e começou uma operação quinta-coluna para atacá-lo, armando o “artilheiro” Agenor Mariano com mísseis de longo alcance. Hoje, mais light em relação a Iris Rezende, liberto da velha tutela, Paulo Garcia admite que o velho cacique o traiu e o chama, até, de “oportunista”. Nas conversas reservadas, o petista assegura que vai fazer o que for possível para derrotar Iris Rezende na disputa pela Prefeitura de Goiânia.

Ernani de Paula diz que “candidato de Ronaldo Caiado em Anápolis tem vice indicado por Cachoeira”

Miguel Marrula, vice de Pedro Canedo, é citado como aliado ou ex-aliado de Carlos Cachoeira

PSD pode bancar Henrique Meirelles para governador de Goiás em 2018

[caption id="attachment_70809" align="aligncenter" width="620"]Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/caption] O secretário de Cidades e Meio Ambiente do governo de Goiás, Vilmar Rocha, e o deputado federal Thiago Peixoto, ambos do PSD, trabalham com a possibilidade de atrair o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para disputar o governo de Goiás, em 2018. Os dois políticos goianos admitem que Henrique Meirelles pretende disputar a Presidência da República — se conseguir recuperar a economia do país em dois anos e quatro meses —, mas, como percebem que o “campo” está congestionado, com vários pré-candidatos, um deles o próprio presidente Michel Temer, pretendem atrair o ex-deputado federal pelo PSDB de Goiás para a política do Centro-Oeste. Henrique Meirelles é filiado ao PSD de São Paulo, para onde se mudou desencantado com o fato de que, quando tentou disputar o governo de Goiás pelo PMDB, foi barrado por Iris Rezende. Agora, embora pretenda disputar um cargo mais importante, se perceber que não tem chance, pode optar por ser candidato no Cerrado. Henrique Meirelles é visto como uma espécie de candidato hors concours e que poderia ser um postulante capaz de manter o chamado “Tempo Novo” ainda novo. Seria o elixir da juventude de um grupo político que, em 2018, terá completado 20 anos no poder. Goiano de Anápolis, Henrique Meirelles é primo do ex-deputado Aldo Arantes. Só que, enquanto o parente é comunista, é um político de formação liberal.

13 mentores da campanha de Iris Rezende para prefeito de Goiânia

[caption id="attachment_74292" align="aligncenter" width="620"]Agenor Mariano, Jorcelino Braga e Ana Paula Rezende: na linha de frente da campanha do peemedebisa Iris Rezende Agenor Mariano, Jorcelino Braga e Ana Paula Rezende: na linha de frente da campanha do peemedebisa Iris Rezende[/caption] Nas suas campanhas, Iris Rezende é o candidato, seu principal cabo eleitoral e seu marqueteiro. Na campanha para prefeito de Goiânia deste ano, aos 83 anos, mais cansado e calejado, está mais acessível e aberto às sugestões. Por isso, uma equipe de 13 pessoas está dando as cartas. Do grupo, se o peemedebista for eleito, sairá a maioria de seus secretários. Seus integrantes reúnem-se todos os dias. Seus principais integrantes: Agenor Mariano — O vice-prefeito de Goiânia é um dos políticos mais próximos de Iris. Coordena a parte administrativa da campanha. Ana Paula Rezende — É a pessoa em quem o pai mais confia. Articula e dá ideias. Bruno Peixoto — O deputado aproximou-se de Iris Rezende e é um dos nomes fortes da coordenação política da campanha. Frederico Peixoto — Casado com Ana Paula Rezende, é um dos homens de confiança de Iris. Jorcelino Braga — Iris nunca ouviu um marqueteiro como ouve o empresário e presidente do PRP. José Nelto — O deputado, apesar de suas divergências com Iris Araújo, que peemedebistas chamam de Maquiavel da Culinária, está firme na campanha. Jossivani Oliveira — O ex-conselheiro e ex-deputado é um dos conselheiros de Iris. Mauro Miranda — Da velha guarda, é o político com o qual Iris mas mantém contato. Nailton Oliveira — Conhecido como “Rezendinho”, é muito ligado ao peemedebista-chefe. Paulo Ortegal — Funciona como uma espécie de secretário e relações públicas de Iris Rezende. Paulo Rassi — O médico é quem mais palpita sobre o tema saúde na equipe de Iris. Samuel Belchior — O ex-deputado estava “sumido”, mas reapareceu e integrou-se à campanha. Wagner Siqueira — Depois de certo distanciamento, reaproximou-se do decano peemedebista.

José Nelto afirma que, se aceitar cargo de diretor da Agetop, prefeito de Jataí será expulso do PMDB

O deputado José Nelto afirma que não acredita que, se convidado pelo governador Marconi Perillo, o prefeito de Jataí vai aceitar uma diretoria da Agetop. “Não acredito que Humberto vai rasgar sua bela história de integrante do PMDB por causa de um cargo político. Porém, se aceitá-lo, nós, da cúpula do partido, não vamos tolerar e poderemos preparar a sua expulsão.” Sobre seu projeto, Nelto afirma que será candidato a deputado federal, em 2018, com o apoio das bases de Pedro Chaves e Daniel Vilela.

George Morais comanda campanha do Dr. Antônio como se fosse candidato a prefeito

O prefeito Jânio Darrot (PSDB) lidera com folga as pesquisas de intenção de voto em Trindade. O principal motivo é que os eleitores entenderam que, além de gestor eficiente e moderno, o empresário moralizou a coisa pública. O candidato da oposição, o Dr. Antônio (PR), estaria desesperado. Tanto que, no momento, é George Morais quem comanda sua campanha, como se fosse candidato e não o principal cabo eleitoral. Flávia Morais sumiu do mapa.

Tucano conta com alta rejeição de Eronildo Valadares para se eleger prefeito de Porangatu

pedro-fernandes-OK O PSDB avalia que vai recuperar o comando da Prefeitura de Porangatu. Seu candidato, Pedro Fernandes, enfrenta o prefeito Eronildo Valadares, do PMDB, que tem um maiores índices de rejeição do Estado. Fernandes é bancado pelo deputado Júlio da Retífica (PSDB).

Empregada doméstica trabalhou 23 anos na casa de um político que nunca assinou sua carteira de trabalho

História contada por um motorista do Uber em Goiânia: “Um candidato a prefeito de Goiânia, político experimentado, manteve uma cozinheira em sua residência por 23 anos, mas nunca assinou sua carteira de trabalho. Quando Irene deixou sua casa, presenteou-a com um jogo de sofá, como se estivesse pagando-lhe uma espécie de indenização. A sra., moradora numa casa simples, num município do entorno de Goiânia, ficou contente, inicialmente, mas descobriu, ao tentar se aposentar, que precisa justificar os anos trabalhados. Estaria desolada, sem saber o que fazer”. O motorista não sabe se Irene, afeiçoada à família do líder político, teria coragem de dar um depoimento público a respeito.

Cinco nomes são cotados para assumir Secretaria da Fazenda de Goiás

[caption id="attachment_74283" align="aligncenter" width="620"]Giuseppe Vecci, Valdivino Oliveira e Thiago Peixoto Giuseppe Vecci, Valdivino Oliveira e Thiago Peixoto[/caption] Nomes que têm sido ventilados para ocupar a Secretaria da Fazenda, se confirmado que Ana Carla Abrão deixa o cargo em dezembro deste ano: Giuseppe Vecci (foto), José Paulo Loureiro, Thiago Peixoto (prefere ficar em Brasília), Valdivino de Oliveira e Simão Cirineu.

Marcelo Melo diz que lidera com folga em Luziânia e que Tormin pode não ser candidato

Candidato a prefeito de Luziânia pelo PSDB, Marcelo Melo diz que só uma pessoa acredita que o prefeito Cristóvão Tormin, do PSD, poderá derrotá-lo. “Só o próprio Cristóvão. As pesquisas sérias, que investigam com cuidado o eleitorado do município, indicam que serei eleito com uma frente extraordinária, apesar de minha campanha ser modesta em comparação com a do ‘dono’ da máquina. Minha coligação reúne 18 partidos, com nomes qualitativos para vereador, enquanto o prefeito, mesmo tendo muito dinheiro, obteve o apoio de apenas 11 partidos. Acrescento que até o PMDB me apoia. E mais: Cristóvão pode não ser candidato. Ele pode ser retirado do páreo pela Justiça Eleitoral”.

Deputado federal Marcos Abrão deve assumir cargo no governo

O deputado federal Marcos Abrão está sob um dilema. Presidente do PPS em Goiás, encantou-se com os trabalhos na Câmara dos Deputados e com o convívio com políticos nacionais, como Roberto Freire, de quem é fã. Mas, convidado pelo governador Marconi Perillo para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás — uma das mais importantes, senão a mais importante —, está balançado (e o grupo da senadora Lúcia Vânia continuaria contemplado no primeiro escalão). Porque, se se der bem no cargo, pode alçar voos políticos mais altos. Outro nome cotado para o mesmo cargo é o deputado federal Giuseppe Vecci, mas o parlamentar disse ao deputado federal Sandes Júnior, do PP, que está bem em Brasília e pretende ganhar mais experiência nacional.

O governador Marconi Perillo e o prefeito Paulo Garcia mantêm diálogo constante

[caption id="attachment_63128" align="aligncenter" width="620"]Paulo Garcia e Marconi durante coletiva no Paço Municipal | Foto: governo de Goiás Paulo Garcia e Marconi durante coletiva no Paço Municipal | Foto: governo de Goiás[/caption] O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, não só estão conversando, como ampliaram o diálogo. O tucano e o petista conversaram, por telefone, praticamente todos os dias. O prefeito vai ao Palácio das Esmeraldas pelo menos duas vezes por semana para falar pessoalmente o governador. Não se trata tão-somente de civilidade: Marconi Perillo e Paulo Garcia, que já se tornaram amigos. Mas eles não fazem questão de divulgar os encontros, nos quais falam de tudo, inclusive, e talvez sobretudo, de política.  

Paulo Garcia deve trocar o PT por outro partido, já em janeiro de 2017

Há uma especulação generalizada no PT de que, a partir de janeiro, o prefeito Paulo Garcia trocará o partido por outra legenda, como o PDT. O PSDB também deve entrar no “leilão” para disputar seu passe. Ao contrário do que se costuma sugerir, Paulo Garcia não pretende abandonar a política. É possível que, se conseguir articular uma estrutura mínima, seja candidato a deputado estadual ou federal em 2018.