Bastidores
O empresário Hugo Goldfeld disputa a presidência da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, em 20 de outubro. Goldfeld afirma que a próxima diretoria da SGPA “precisa necessariamente gerar receita e se firmar como referência na agricultura e no agronegócio” O dono da Govesa e outros negócios diz que o presidente da SGPA deve se “aproximar do pecuarista, mas principalmente do agricultor. Hoje a entidade pode ser chamada de apenas SGP, pois a agricultura está um pouco esquecida”. Goldfeld frisa que a área do Parque de Exposição Agropecuário precisa ser mais bem aproveitada. “O espaço da SGPA recebe apenas duas feiras por ano. Um dos objetivos da nossa chapa é movimentar o local — possibilitando a geração de renda.” Sugerindo que “a renovação é a chave da democracia”, Goldfeld pretende mesclar na diretoria jovens e a velha guarda. “Sou contra a reeleição e, por isso, vamos ajudar, com a nossa experiência, os mais jovens a assumirem a diretoria da SGPA.”
Na semana passada, Iris Rezende decidiu pôr um pé em Anápolis, enviando “estrangeiros” para tentar convencer o eleitorado de que não é inimigo da cidade, mas a turma quase foi escorraçada. Anápolis tem um caso de ódio com Iris Rezende e o PMDB. O peemedebista odeia a cidade e a cidade o detesta. Chumbo trocado não dói.
O marqueteiro Renato Monteiro, o craque da Cantagalo, abandonou de vez a campanha de Iris Rezende. Ou melhor, a pedido do prefeito Paulo Garcia, ele deu alguns pitacos, sugerindo o que estava errado — quase tudo estava e está —, mas, como não foi ouvido, caiu fora. No caso de segundo turno, se Dimas Thomas for mesmo dispensado, Renato Monteiro, aí sim, deverá ser convocado para nortear o marketing de Iris.
O advogado goiano Márcio Cunha está organizando o partido Segurança. O nome é bom e pode pegar. Sua equipe vai começar a colher assinaturas para registrá-lo. Um grande grupo de advogados está empolgado com a ideia.
Candidato a senador, Vilmar Rocha (PSDB), aproximando-se da casa dos 20% nas pesquisas de intenção de voto — um índice considerado “bom” pelos marqueteiros de sua campanha —, aposta que, contrariando o coro dos contentes, será eleito. A equipe de Vilmar Rocha avalia que os 33% de Ronaldo Caiado significam um número “inercial” e “fixo”. Frisa que, enquanto o candidato do PSD cresce, Caiado estagnou, permanecendo com os mesmo índices do início da campanha.
A campanha de Daniel Vilela em Aparecida de Goiânia é suprapartidária. Ele tem apoio de praticamente todos os partidos, inclusive de alguns políticos do PSDB. Em compensação, pelo menos 55% dos peemedebistas estão firmes na campanha do governador Marconi Perillo.
O jornalista Wilson Silvestre, um dos articuladores da campanha de Vilmar Rocha, afirma que, “na bacia das almas”, o candidato pessedista “será eleito senador”. “Caiado não cresce, apesar de ser o mais conhecido e o número de indecisos para senador é enorme. Vilmar vai ganhar. Está escrito nas estrelas”, afirma, enigmático.
Felisberto Jacomo, do PP, é apóstolo de Vilmar Rocha. “Caiado parou e Vilmar está crescendo. Nós vamos eleger o governador, o senador, 12 deputados federais e, se a oposição brincar, de 26 a 30 deputados estaduais. Faremos cabelo, barba e bigode”.
Idalino Hortêncio vai disputar, em 19 de novembro, a presidência do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) de Goiás. É nome forte. Até fortíssimo.
Abordado por um repórter do Jornal Opção para explicar seu interesse na política do Tocantins, na questão da apreensão de dinheiro em Piracanjuba, o presidente da Agência de Agrodefesa do governo de Goiás, Antenor Nogueira, saiu com o velho chavão coronelista: “Sabe com quem está falando?” Antenor Nogueira, que deve deixar a Agrodefesa no próximo ano, deveria ouvir uma palestra do filósofo Mario Sergio Cortella a respeito do “sabe com quem está falando”. Ele está acima do bem e do mal? Talvez Antenor Nogueira não saiba, mas este tipo de discurso não intimida mais ninguém. O Brasil mudou. É democrático. Com o possível fim do siqueirismo, e da política dos prepostos, a democracia voltará a imperar no Tocantins. Aqui, Antenor Nogueira está aliado a um político moderno, o governador Marconi Perillo, mas, no Tocantins, aliou-se ao que há de mais arcaico, o siqueirismo. Convém lembrar que Siqueira Campos, como deputado, conspirou com o general Sylvio Frota, na década de 1970, para tentar derrubar o governo do presidente Ernesto Geisel e evitar a Abertura política. O fato está contado nos melhores livros de história do Brasil.
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirma que o ex-vereador Francisco Oliveira vai ser eleito deputado estadual e chegará à Assembleia Legislativo como integrante do “alto clero e brigando pela presidência”. É apontado, pelo tucano-chefe, como o mais cotado para assumir o comando, “porque é articulado, competente, habilidoso, leal e amigo”.
O governador define Francisco Oliveira como “homem de sua confiança pessoal”. O tucano frisa que “Chiquinho será um dos mais bem votados”. Ele afirma que, na eleição de 1998, o então vereador foi um leão na sua campanha. “Chiquinho levantou a bandeira da oposição na Câmara Municipal de Goiânia, à época presidida por ele. Como vereador, estruturou a trincheira de nossa luta e nos defendeu com unhas e dentes em todas as nossas batalhas em Goiânia e em todo o Estado.”
Nas redes sociais, faz sucesso um vídeo no qual o presidente da Agetop, Jayme Rincon, hipoteca apoio à candidatura de Chiquinho. “Eu não tenho dúvida que ele [Chiquinho] será o voto certo para deputado estadual nas eleições de 2014”, frisa o chefe da Agetop e homem forte do governo Marconi Perillo. “Eu vou votar em Francisco Oliveira”, destacou.
Se o governador Marconi Perillo for reeleito, o presidente da OAB, Henrique Tibúrcio (PSDB), será convocado para uma secretaria, a da Segurança Pública, a da Casa Civil ou a da Justiça. Tibúrcio deve renunciar ao mandato em janeiro e a OAB fará eleição indireta, via conselho, neste mês ou em fevereiro. Diogo Crosara, Murilo Lobo e Sebastião Macalé são cotados para substitui-lo.
Tibúrcio é uma das principais apostas de Marconi para a renovação de sua equipe técnica e política. Além disso, o que agrada o tucano-chefe, é ficha limpíssima.
Conta-se que, numa visita à cidade de Bela Vista, o candidato do PMDB a governador de Goiás, Iris Rezende, acompanhado do ex-senador Mauro Miranda, ao passar pela GO-020, percebendo a rodovia recuperada, com coqueiros às margens, teria comentado: “Mauro, que rodovia bonita e bem cuidada, até parece as estradas europeias e americanas. Não conta para ninguém, mas fico com uma vontade danada de votar nesse Marconi Perillo”. Ao passar pelo Autódromo Internacional de Goiânia, Iris teria repetido: “Que maravilha! O Autódromo foi inteiramente reformado. Ah, que vontade de votar nesse Marconi!”. Mauro teria cutucado o aliado: “Para!, Iris, senão você vai acabar votando em Marconi Perillo”.
O PPS de Goiás era uma ficção de García Márquez. Não existia. Com a filiação de Marcos Abrão, o partido cresceu. Inicialmente, apostava-se apenas na vitória de Abrão, patrocinado pela senadora Lúcia Vânia (PSDB). Seus aliados apostam que terá votos em praticamente todos os municípios goianos. “Sua votação será ampla e vai surpreender muitas figuras carimbadas da política”, afirma Darlan Braz. Com o fortalecimento do partido, além de eleger Abrão para deputado federal, é bem possível que Darlan Braz seja eleito deputado estadual. Ele obteve apoio dos contabilistas e, de repente, sua campanha cresceu. “Sou realista, mas conquistei apoios qualitativos e tenho chance de ser eleito”, afirma o jovem.

