Bastidores
Quem aposta em dissensão em Senador Canedo não conhece a política do município. Vanderlan Cardoso (PSB) e o prefeito Misael Oliveira (PDT) nunca estiveram tão unidos. Misael Oliveira é o candidato de Vanderlan Cardoso em Senador Canedo e Vanderlan Cardoso é o candidato de Misael Oliveira em Goiânia. A aliança é tão forte que Misael Oliveira é um dos articuladores da aproximação de Vanderlan Cardoso com o governador Marconi Perillo (PSDB).
Há um consenso de que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e os deputados federais Daniel Vilela e Pedro Chaves, do PMDB, estão deixando a turma de Iris Rezende levar Júnior Friboi para o matadouro sem opor a resistência devida.
O prefeito de Nerópolis, Fabiano da Saneago (PSDB), enfrentou alguns problemas no início da gestão, mas aos poucos deslanchou. Hoje, com mais experiência, está se revelando um prefeito eficiente. Se o governo do Estado colaborar um pouco mais, concluindo obras iniciadas no município, Fabiano da Saneado se consolidará ainda mais e deve ser reeleito, em 2016.
Olavo Noleto (PT) trabalhou, o quanto pôde, para apaziguar as relações entre o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Ao trabalhar vários anos em Brasília — com o ex-presidente Lula da Silva e com a presidente Dilma Rousseff —, Olavo Noleto aprendeu que a arte da diplomacia é mais importante, para o gestor que quer ser produtivo, do conflito, que, intenso, se torna paralisante. O único problema é que há luas vermelhas, com uma visão parca do que é gestão, que trabalham para travar uma aproximação entre o prefeito e o governador. Porém, na medida que Paulo Garcia vai se livrando da tutela edipiana de Iris Rezende, a articulação é possível.
Não procede a história de que o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o tucano Anselmo Pereira, desembolsou 5 milhões para conquistar sua vitória. Trata-se, na verdade, de boato espalhado por opositores descontentes com o sucesso de um dos vereadores mais atilados da atual legislatura. Dono de um grande patrimônio — mais de 100 lotes (no Faiçalville, no Alphaville, entre outros setores), casas, farmácias, motéis, tudo conquistado com muito trabalho —, Anselmo Pereira é, acima de tudo, pão duro e não torraria jamais 5 milhões de reais do próprio bolso para se eleger presidente da Câmara.
O quadro político de Itumbiara permanece nebuloso. José Gomes da Rocha, se resolver seus problemas na Justiça, gostaria de ser candidato a prefeito. O prefeito Chico Bala (PTB) quer disputar a reeleição, apesar do desgaste. O deputado José Antônio também mantém seu nome como possível indicado. Mas quem decide mesmo é Zé Gomes. Na oposição, há um acerto entre o deputado Álvaro Guimarães (PR) e Gugu Nader (PPS): quem estiver melhor nas pesquisas será o candidato. Isto teoricamente. Porque, na verdade, o candidato deve ser Gugu Nader, que conta com o apoio da senadora Lúcia Vânia (PSDB) e do deputado federal Marcos Abrão, presidente do PPS. A tese: se Álvaro Guimarães for eleito, Itumbiara perde um deputado estadual. Porém, se Gugu Nader for eleito, o município ganha um prefeito jovem e mantém um deputado. Noutras palavras, a cidade fica mais forte. O muro de Berlim de Gugu Nader é Zé Gomes. Se ele for candidato, como é um verdadeiro trator, há que recomende ao militante do PPS que dispute mandato de vereador. O que Gugu Nader não quer e não vai fazer.
O vereador Gustavo Mendanha quer disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia pelo PMDB. Porém, pressionado por seu pai, o maguitista Léo Mendanha, tende a aceitar o candidato indicado pelo prefeito Maguito Vilela — Euler Morais — para a sucessão de 2016.
Líderes de Aparecida de Goiânia reclamam de Fábio Sousa, Waldir Soares e João Campos. Eles alegam que os três deputados federais são bem votados no município, mas se recusam a dialogar com os políticos locais.
Os nomes mais cotados para disputar a Prefeitura de Rio Verde são o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD), o médico e empresário Paulo do Vale (PMDB) e o petista Karlos Cabral. Mas deve pintar um candidato da terceira via, de prestígio consolidado na sociedade.
Um prefeito do Entorno de Brasília está construindo casas e apartamentos em Miami, Estados Unidos. Não quer saber mais da política goiana.
O goiano Cleovan Siqueira dará entrada ao pedido de registro do Partido Liberal (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira, 23, à tarde. “O PL tende a nascer menor do que se esperava, mas vale informar que, 30 dias depois do registro, o partido ainda poderá receber adesões de políticos com mandato que queiram mudar de legenda”, informa Cleovan Siqueira.
De um pepista: “O deputado federal Sandes Júnior hibernou”. Está seguindo recomendação de seu advogado. Quem conversou com Sandes Júnior percebeu que está muito “tranquilo” e que “nada teme”.
O jornalista e advogado Nilson Gomes examinou, com lupa, a “acusação” da Operação Lava-Jato contra Sandes Júnior e Roberto Balestra, ambos do PP. “Não há nada que prove, até o momento, que os parlamentares goianos estão envolvidos nos esquemas nacionais do partido.”
De um tucano de bico dourado: “O presidente da Agetop, Jayme Rincón, não desistiu de disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016. Ele desistiu, isto sim, de fazer campanha antecipada, de se apresentar como candidato de maneira extemporânea”.
De um tucano de bico erado: “O equívoco do empresário Vanderlan Cardoso é se apresentar, desde já, como candidato a prefeito de Goiânia bancado pelo governador Marconi Perillo”. Para o tucano, Vanderlan Cardoso terá, primeiro, de arranjar uma boa explicação, para os eleitores, sobre as razões de ter criticado forte e duramente o governador Marconi Perillo, nas eleições de 2010 e 2014, e agora avaliá-lo como o suprassumo em termos de gestão.