Maguito Vilela em 1994 e Alcides Rodrigues em 2006 desbancaram candidatos que eram considerados mais consistentes eleitoralmente. Em 2018 pode ocorrer o mesmo

Daniel Vilela, Ronaldo Caiado e José Eliton | Fotos: Jornal Opção

Ciclos políticos de 12 anos contêm histórias interessantes a respeito de Goiás. Em 1994, eram três os candidatos a governador: Ronaldo Caiado, Lúcia Vânia e Maguito Vilela. Caiado era o líder, mas não foi sequer para o 2º turno, disputado entre Lúcia e Maguito. Este, que era o 3º colocado, foi eleito. Era o candidato do governo. Em 2006, eram quatro candidatos: Demóstenes Torres, Maguito, Alcides Cidinho Rodrigues e Barbosa Neto. Demóstenes chegou a liderar, praticamente empatado com Maguito. Acabou em 4º lugar. Alcides derrotou Maguito no 2º turno. Era o candidato do governo.

Doze depois, para a disputa de 2018, se não surgir o imponderável — o antipolítico que represente a Lava Jato —, os nomes mais cotados são Ronaldo Caiado (DEM), Daniel (ou Maguito) Vilela (PMDB) e José Eliton (PSDB). Caiado lidera as pesquisas, com Daniel e Eliton disputando o segundo lugar. É possível que o candidato do governo, visto como o nome do municipalismo, seja eleito? É.

Por dois motivos: os nomes do PMDB foram duramente atingidos pela Lava Jato e Caiado, 24 anos depois de ter disputado o governo pela primeira vez, ainda não conseguiu constituir um grupo político forte. Pelo contrário, seu grupo é cada vez menor. Hoje, sem o apoio do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, não consegue mobilizar estrutura alguma.