Ao que tudo indica, desenha-se um cenário na Câmara Municipal de Goiânia semelhante ao da Assembleia Legislativa de Goiás ao longo dos mandatos de Ronaldo Caiado – com oposição minoritária ao governo e situação tonificada. O prefeito eleito Sandro Mabel, que tomará posse nesta quarta-feira, 1º de janeiro, e cuja coligação conseguiu eleger uma gama de vereadores aliados (de MDB e UB até Podemos e Solidariedade), teria ampliado ainda mais sua base de apoio na Câmara com a aproximação de parlamentares do PL – cujo candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues, foi derrotado no segundo turno.

Conforme apurado pela coluna Bastidores, Mabel mantém diálogos com três dos quatro membros da bancada do PL na Casa – Oséias Varão, Coronel Urzeda e Willian Veloso, que teriam sinalizado que acompanharão o Paço Municipal nas votações e discussões do Plenário.

A aproximação não começou agora. Oséias, Urzeda e Veloso, que até o fim do segundo turno faziam críticas contundentes a Sandro Mabel, iniciaram uma ‘conciliação’ com o novo prefeito de Goiânia pouco depois de sua vitória nas urnas. Em uma festa da Fieg promovida no dia 13 deste mês, que marcou a despedida de Mabel da entidade, os três parlamentares estiveram presentes, de forma conjunta, já sinalizando uma abertura de diálogo com o novo chefe do Executivo municipal.

Com isso, devem permanecer como oposição previamente definida poucos parlamentares da Casa, tais como os do PT (Fabrício Rosa, Professor Edward e Kátia Maria), do PSDB – que no caso, deve se restringir à Aava Santiago (já circula nos bastidores que Tião Peixoto não deve fazer oposição categórica a Mabel), e Major Vitor Hugo, do PL, que apesar de ter estabelecido diálogo com a base governista, por meio de Daniel Vilela, ainda não sinalizou uma aproximação efetiva com o prefeito eleito. Por hora. (T.P.)