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No início, as oposições debocharam do programa de desenvolvimento dos municípios. Agora, estão preocupadas e admitem que José Eliton ganhou “musculatura” e que Marconi deu o “pulo do gato”

Governador Marconi Perillo e vice-governador José Eliton

Quando o programa Goiás na Frente foi lançado, há pouco tempo, líderes das oposições, possivelmente por não conhecerem a difícil situação financeira dos municípios, não o levaram a sério. Houve quem, na Assembleia Legislativa, chegou a debochar, sugerindo que era uma espécie de “bolsa família para prefeitos”.

O governador Marconi Perillo e o vice-governador José Eliton, do PSDB, levando o programa sério, abriram diálogo com todos os municípios, oferecendo recursos financeiros para obras que os prefeitos avaliassem como positivas. Como a maioria das cidades está quebrada, os prefeitos agarraram as mãos estendidas dos tucanos e começaram a organizar a documentação para receber os recursos. Alguns prefeitos, inclusive do PMDB (os do DEM estão na lista), já receberam recursos e se preparam para investi-los. É praxe que, no primeiro ano de gestão, os prefeitos iniciem um enxugamento, com o objetivo de organizar a máquina, e, nos três últimos anos, articulam os investimentos, quando é possível. Dada a crise nacional, as perspectivas eram as piores. Com os recursos do Goiás na Frente, os prefeitos poderão começar o primeiro ano investindo, o que, além de contribuir para melhorar as cidades — ruas poderão ser asfaltadas e recapeadas —, vai melhorar a imagem de suas gestões.

Ante o quadro de satisfação dos prefeitos — os do PMDB (basta perguntar a Ernesto Roller, de Formosa) e do DEM (João do Léo, de Pirenópolis, por exemplo) estão entre os mais entusiasmados —, alguns dos principais líderes das oposições passaram a se preocupar. Um deles disse ao Jornal Opção que Marconi Perillo “deu o pulo do gato, aquele que não era previsto por nenhum de seus principais adversários, como Ronaldo Caiado e Daniel Vilela”. E, ao menos em off, já admitem que a candidatura de José Eliton ganhou musculatura. Há os que arriscam a apontá-lo, sobretudo quando assumir o governo, em abril de 2018, como “favorito” para a disputa. “Quando começar a inaugurar as obras, será um deus-nos-acuda para as oposições.”