Imprudência? Prefeitos goianos até agora não se interessaram por plano contra enchentes
22 outubro 2023 às 00h08
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Na última semana, o governo estadual lançou a Operação Goiás Alerta e Solidário. A medida é importante pela iminência de um período chuvoso de grandes proporções em Goiás, já que o Estado está sob influência do fenômeno El Niño, o que pode deixar o próximo período sete vezes mais desafiador em comparação com o anterior quando se pensa em enchentes.
Mesmo com essas projeções dos centros meteorológicos, chamou a atenção dos jornalistas a pouca adesão dos prefeitos à ação. Até agora um número pequeno de interessados, ressaltando que o período chuvoso ainda não chegou. Resta saber se será da mesma forma quando de fato precisarem da ajuda do Estado para minimizar possíveis alagamentos e inundações.
É preciso ressaltar que no ano passado o Nordeste goiano sofreu com impactos da chuva. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (CimehGO), aproximadamente cem municípios experimentarão índices pluviométricos de até 500 milímetros ou mais entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, com cerca de 30 deles prevendo até mil milímetros. Em particular, as cidades de Itapuranga e Itapaci poderão registrar impressionantes 1.500 milímetros de chuva ao longo desses três meses.
Plano do governo estadual
O Goiás Alerta e Solidário mobiliza diversos setores da administração estadual, visando a evitar tragédias, minimizar os possíveis danos e garantir a segurança da população em risco. O governador Ronaldo Caiado (UB) enfatizou a importância dessa abordagem preventiva, destacando que a ação não só salva vidas, mas também reduz os custos associados a desastres naturais.
A operação segue o modelo do bem-sucedido Nordeste Solidário, que nos anos anteriores desempenhou um papel fundamental na mitigação dos impactos das chuvas, reduzindo o número de municípios em situação de emergência. Em 2022, o governo de Goiás investiu R$ 76 milhões no enfrentamento de desastres naturais, somando-se aos R$ 46 milhões alocados em 2021/2022. O objetivo é garantir que o estado esteja preparado para proteger suas comunidades em tempos difíceis. (A.B.)