Ronaldo Caiado entra como favorito, mas, político experiente que é, sabe que não existe eleição ganha. Nesse cenário, Vilmar Rocha entra competitivo, como o candidato da base | Foto: Jornal Opção
Ronaldo Caiado entra como favorito, mas, político experiente que é, sabe que não existe eleição ganha. Nesse cenário, Vilmar Rocha entra competitivo, como o candidato da base | Foto: Jornal Opção

Historicamente, a base governista costuma eleger o senador. Foi assim com Mauro Miranda (PMDB), em 1994, contra Nion Albernaz e Paulo Roberto Cunha. Iris Rezende (PMDB) era o governador. Foi assim também em 2002 com Lúcia Vânia (PSDB) e o então desconhecido Demóstenes Torres (do então PFL), contra Iris Rezende e Mauro Miranda.

Acontecerá o mesmo neste ano? Ronaldo Caiado (DEM) entra na campanha ao Senado como favorito. Fato. É assim porque ele é um político influente e, com cinco mandatos como deputado federal, tem conhecimento mais que necessário para transitar de forma (in)fluente no Congresso Nacional.

Porém, ele não se coloca como favorito. Ele diz ser uma pessoa que tem, nos últimos anos, atuado na defesa de Goiás. “Não decepcionei meu povo e estive sempre presente nos debates que surgiram no Congresso. Assim, me sinto credenciado a ser candidato a senador. Não na condição de favorito, mas como quem tem a experiência necessária”, relata.

E Caiado age corretamente. Experiente que é, ele sabe que não existe eleição ganha. Tanto é que, na pesquisa Fortiori publicada nesta edição, Caiado experimentou uma leve queda na intenção dos votos (de 36% para 35%). O mesmo aconteceu com Marina Sant’Anna (PT), que caiu de 18% para 11% e foi ultrapassada pelo candidato da base, Vilmar Rocha (PSD), que subiu de 10% para 14%.

A queda foi pequena, mas serve de parâmetro para avaliar que as eleições não serão fáceis para ninguém. Caiado tem votos cativos, além do apoio de diversos setores. Contudo, é importante lembrar que perdeu o apoio da base governista, que historicamente costuma eleger o senador. E o candidato da base é Vilmar.

Assim, é certo que o grande beneficiado pela ida de Caiado para a oposição foi justamente Vilmar Rocha. Se Caiado tivesse saído como um candidato independente, ele iria com certeza dividir a base, pois alguns palacianos caminhariam com ele, enfraquecendo o projeto dos tucanos. Porém, ao se aliar à chapa “inimiga”, Caiado fez com que a base se unisse em torno de Vilmar, dando a ele o necessário para fazer uma boa campanha.

Parte daí a premissa de que as eleições serão disputadas voto a voto. Fora isso, tem a presença de Marina Sant’Anna, candidata que costuma dar trabalho.