Há dois “sentimentos” na política de Anápolis, no segundo turno. No grupo de Antônio Gomide, do PT, discute-se dívidas (o marqueteiro Hamilton Carneiro denuncia que não foi pago e deve recorrer à Justiça). O desânimo é total. O petista não jogou a toalha, mas é como se tivesse jogado. Está nas cordas, em ritmo de queda, como se fosse o americano Khalil Rountree Jr. ante as mãos pesadas e devastadoras do brasileiro Poatan.

Há indícios de que a campanha de Antônio Gomide reduziu os gastos. Talvez porque as pesquisas, que o PT certamente mandou fazer, não são positivas para o candidato red. Uma pessoa que trabalhou na sua campanha no primeiro turno sugere que “o clima no PT de Anápolis é de velório, muito mais do que de missa de sétimo dia”.

Já as “ruas” de Anápolis, quando o candidato do PL, Márcio Corrêa, passa, gritam, em uníssono: “Prefeito!”. De fato, a vitória está praticamente nas mãos do postulante do Partido Liberal. Consta que até petistas realistas andam chamado o postulante à Prefeitura de Anápolis de prefeito.

Mesmo sabendo que é o favorito e que Antônio Gomide está à beira de jogar a toalha, Márcio Corrêa não autoriza ninguém de sua equipe a ficar comemorando.

Pelo contrário, o próprio Márcio Corrêa está dando o exemplo: workaholic, seu dia não tem 24 horas, tem 25 horas. Por isso, ele trabalha em tempo integral.

Márcio Corrêa sabe que a vitória está praticamente assegurada. Mas só quer comemorá-la no domingo, 27, depois dos votos apurados. É um benfazejo gesto de humildade. (E.F.B.)