A surpresa do pleito pode ser a presença do advogado Márcio Luiz ou Junin do Bonsucesso

Eronildo Valadares, ex-prefeito, e o prefeito Pedro Fernandes: repeteco de 2016 | Divulgação

O prefeito de Porangatu, Pedro Fernandes (PSDB), pretende disputar a reeleição. Consta que as relações políticas com o deputado estadual Júlio da Retífica (PTB) não são as melhores, mas, como são cunhados, acabarão se recompondo. Na eleição deste ano, Júlio da Retífica obteve uma votação aquém do esperado (teve mais votos fora). A gestão do tucano, considerada apenas mediana — até por aliados —, teria contribuído para a derrota do parlamentar.

Há outro nome da base governista em Porangatu. Um político da cidade afirma que o vice do prefeito, Junin do Bonsucesso (Moacir Ciriaco Dias Júnior), quer ser candidato. É apontado como um político popular, mas esbarra na possibilidade de Pedro Fernandes, mesmo se mal avaliado nas pesquisas, optar pela reeleição. Afinal, ninguém quer deixar o poder.

O MDB vai lançar candidato a prefeito. A única dúvida é o nome: pode ser o ex-prefeito Eronildo Valadares ou Vanuza Valadares. A ex-deputada é vista como “mais popular”. O empresário é apontado como “mais gestor”. Se Eronildo Valadares insistir em disputar, sua mulher abre mão.

Márcio Luiz da Silva e Pedro Fernandes: o primeiro pode ser alternativa para 2020

Eronildo Valadares apoiou Ronaldo Caiado (DEM) para governador e é ligado ao deputado federal José Nelto (Podemos). Pode ser que o partido Democratas o apoie para prefeito. Mas o principal líder do partido na cidade, o engenheiro agrônomo Rodrigo Azevedo — que não foi apoiado para deputado estadual por Eronildo e Vanuza Valadares —, pode ser candidato a prefeito. José Nelto acredita numa união entre MDB e DEM na cidade, possivelmente patrocinada por Ronaldo Caiado, que, em 2020, estará completando dois anos de governo. Mas há arestas. Se forem aparadas, a aliança será possível.

A surpresa do pleito pode ser o presidente da Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Porangatu (Aciap), o advogado Márcio Luiz da Silva. É apontado como “popular” — embora nunca tenha disputado mandato eletivo — e “gestor eficiente”. O “drummond” no meio do caminho é sua família — que não o quer na disputa pela prefeitura.

Comenta-se que um empresário da cidade, bem-sucedido, pode ser candidato. Mas, como em toda eleição seu nome é ventilado e ele foge da raia, os grupos políticos não cogitam mais que, algum dia, disputará a eleição para prefeito.