Delegado Waldir diz que Moro pode ser candidato a presidente pelo PSL
22 dezembro 2019 às 00h00
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O deputado diz que Major Araújo tem chance de ser eleito prefeito de Goiânia e critica Paulo Trabalho e Humberto Teófilo
O deputado federal Delegado Waldir Soares afirma que o PSL, com a saída do presidente Jair Bolsonaro, está numa fase de transição. “Bolsonaro, por ser presidente, e Flávio Bolsonaro, por ser senador, podem ficar sem partido e nada lhes acontecerá. No entanto, Eduardo Bolsonaro, Major Vitor Hugo e os demais deputados rebeldes não podem sair agora, exceto se outro partido for criado. Como o Aliança pelo Brasil não sai agora (precisa obter o registro até abril), portanto não agasalhará ninguém para a disputa de 2020, eles tendem a continuar no PSL. No caso de Goiás, está no Conselho de Ética do PSL o pedido de retomada dos mandatos dos deputados estaduais Paulo Trabalho e Humberto Teófilo”. A acusação que pesa contra os dois parlamentares é de infidelidade partidária.
Delegado Waldir frisa que o pré-candidato do PSL a prefeito de Goiânia, o deputado estadual Major Araújo, já está articulando a montagem da chapa de candidatos a vereador e, ao mesmo tempo, elaborando um programa de governo. “A nossa chapa a vereador vai surpreender pela qualidade dos nomes. Major Araújo conhece tudo sobre a capital e tem ideias modernas e práticas para mudar a gestão da Prefeitura de Goiânia”, afirma o parlamentar. “Nós estamos sendo procurados por outros partidos e estamos conversando com todos. Excluímos do arco de nossas alianças o PT, o PSOL e o PCO. Mas não discriminamos o PDT e o PSB — que, sim, podem ser nossos aliados na capital e noutras cidades de Goiás.”
Major Araújo, sublinha Delegado Waldir, “está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas de Iris Rezende, do MDB, e de Elias Vaz, do PSB. Elias Vaz, por sinal, está dizendo que não será candidato. Talvez possa compor conosco. Major Araújo, dado o seu discurso firme, em defesa da moralização e de mais segurança para a população, tem um potencial de crescimento imenso. É o que sugerem as pesquisas”.
Inquirido sobre a ida da vereadora Dra. Cristina Lopes para o PL, Delegado Waldir foi lacônico: “É assunto de outro partido. Mas, pelo visto, a vereadora só tem chance real de disputar, uma garantia, pelo PL”.
Instado a avaliar o governo de Bolsonaro, Delegado Waldir frisa: “O governo avança na economia, mas tropeça no combate à corrupção. Cada deputado federal recebeu a promessa de 40 milhões de reais em emendas para aprovar a Reforma da Previdência. Elegemos um presidente, que tinha um discurso diferente, para repetir os gestores anteriores? O governo não fez nenhum esforço para aprovar o Pacote Anticrime proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. O chefe do governo federal ‘cruzou’ os braços. Portanto, o Bolsonaro da campanha não é mais o Bolsonaro do governo”.
Quem Delegado Waldir vai apoiar para presidente em 2022. “Sergio Moro é meu candidato a presidente na próxima eleição. O PSL está ‘namorando’ Moro. A mulher do ministro, Rosângela Wolff Moro, é amiga da deputada federal Joice Hasselmann.”
Joice Hasselmann, por sinal, será a candidata do PSL a prefeita de São Paulo. “A deputada é tão forte, tão bem avaliada pelos eleitores, que Bolsonaro está atrás do apresentador de televisão José Luiz Datena para disputar a prefeitura. Mas, como disse o senador Jorge Kajuru, Datena não quer candidato, preservando-se para a disputa de senador em 2022. Talvez seja possível que o governador de São Paulo, João Doria, indique o vice de Joice. Claro que se o prefeito Bruno Covas não puder, por motivo de saúde, disputar a reeleição. Bruno Covas é meu amigo, fomos deputados federais juntos pelo PSDB. É um bom político e uma boa pessoa. Ele é decente.”
Delegado Waldir diz que, embora faça críticas ao governador Ronaldo Caiado, prefere, por enquanto, não tecer críticas diretas a Bolsonaro. A relação dos dois era de amizade.
Cirurgia e bexiga
O deputado conta que esteve afastado, durante um curto período, porque fez uma cirurgia para retirar um nódulo da bexiga. “Estava fazendo uma caminhada e dei uma corrida um pouco mais forte e, em seguida, urinei sangue. Fiz uma bateria de exames e foi constatada uma lesão na bexiga, típica de quem é fumante — e não sou fumante. Operei em Goiânia, com o urologista Frederico Morais, do Hospital Unique, e já estou bem. O médico é jovem e fez residência na USP.”