O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, planeja ser candidato a presidente da República em 2026. Ele tem dito isto com frequência.

O Brasil é um país continental e, mesmo com as redes sociais, é difícil se apresentar, ainda mais quando se tem de governar um Estado, em todas as regiões.

Entretanto, na quarta-feira, 31, Ronaldo Caiado galvanizou a atenção do país ao participar, com destaque, da CPI do MST.

Firme e posicionado, sem ficar em cima do muro, criticou duramente as invasões de terra e acabou absorvendo o que se pode chamar de atenções positivas em todo o país. Tanto que emissoras de televisão e os maiores jornais do país — “Estadão”, “Globo” e “Folha de S. Paulo” — deram destaque à fala de Ronaldo Caiado.

Noutras palavras, Ronaldo Caiado ganhou visibilidade nacional e às custas da esquerda radical, que ajudou a promovê-lo.

Ao tentar acuar Ronaldo Caiado, a esquerda acabou acuada, porque ele rebateu-a com firmeza e presteza.

De alguma maneira, a esquerda ajudou a divulgar a imagem de Ronaldo Caiado, em todo o país, como defensor das leis e contra a desordem provocada por setores do MST — aqueles que defendem a invasão de terras.

A candidatura de Ronaldo Caiado a presidente, como representante da direita — a civilizada e que tem argumentos racionais —, pode ter nascido na quarta-feira, 31. Ele soube se apresentar como a contradição precisa da esquerda e como alternativa racional à direita extremada. Ele integra a direita aberta — a que debate e argumenta.

Os eleitores de centro, de direita e de centro-direita se sentem órfãos. Não são representados pelo presidente Lula da Silva, do PT — que está se radicalizando com aliados como o MST e os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega. E não se sentem representados por Jair Bolsonaro, até porque este caminha para se tornar inelegível. (E.F.B.)