O deputado federal José Nelto (pP) tem sido bastante ativo – e participativo – nas redes sociais. Reeleito com quase 105 mil votos para seu segundo mandato consecutivo em Brasília, o parlamentar costuma dar visibilidade a seu perfil no Instagram interagindo com opiniões, principalmente em notícias postadas por veículos de comunicação.

Na quarta-feira, 2, para dar um exemplo, o Jornal Opção publicou na rede social a chamada para a notícia sobre a punição – com suspensão – do prefeito Naçoitan Leite pelo União Brasil (UB). O chefe do Executivo de Iporá falou, em um áudio, que seria necessário “eliminar” o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O perfil de José Nelto comentou, pouco tempo depois: “O MP [Ministério Público] precisa colocar esse prefeito no lugar dele, na cadeia”, escreveu. Como era esperado, houve reação por parte de outros usuários da plataforma. Alguém o aplaudiu, outro o incentivou; um terceiro o questionou: “Por causa de uma manifestação, deputado?”. A maioria, porém, para contestar o parlamentar, relembrou um caso triste, da época da tragédia do césio 137, em Goiânia. Ainda jovem ele era liderança da região do Setor Urias Magalhães e teria liderado uma multidão para protestar contra o sepultamento da menina Leide das Neves, vítima da radiação, no Cemitério Parque, nas imediações do bairro.

Mas, então, é melhor se calar, sem postar comentários em outros perfis, do que sofrer críticas? Nem sempre. Muitas vezes, vale o “falem mal, mas falem de mim”, porque de qualquer maneira o nome da pessoa envolvida continua “na mídia”.