O prefeito de Goianira, Miller Assis (PP), tem discursado nos eventos de sua cidade que o governador Marconi Perillo (PSDB), conseguiu um feito inédito: unir todos os ex-prefeitos e vices. Ele diz isso porque todos os seus predecessores deverão apoiar a candidatura do tucano, independente de partido. São: Edson Assis (PMDB), conhe­cido como Edão; Iron Dangoni (PSDB); Carlos Alberto (PSDB); Dirley Correia (PMDB); Ercy Rodrigues (PT); e Agnaldo Augusto (PT).

Essa “salada” partidária é um fenômeno que, aliás, tem sido visto em grande parte das cidades goianas. Em Inhumas, temos uma visão interessante acerca dos apoios ao governo. O prefeito Dioji Ikeda, do mesmo PDT que apoia Marconi, anunciou apoio antecipado ao petista Antônio Gomide, mesmo que não seja um bom cabo eleitoral (a cidade tem vivido alguns problemas de gestão, ou ao menos assim apontam alguns moradores).

Seu vice, Edivaldo da Cosmed (PHS), porém, segue a direção de seu partido e continua com o governador. Edivaldo, entretanto, desistiu de sua candidatura a deputado estadual para apoiar o (mais uma vez) candidato pepista a deputado federal, Roberto Balestra. Agora, o mais interessante caso de Inhumas é o PMDB. Sem candidato, o partido rachou e uma parte consi­derável deverá apoiar (abertamente ou não) a candidatura de Marconi.

E essas confusões partidárias não são privilégio exclusivo dos candi­datos ao governo. Os senatoriáveis também estão sendo atingidos pela mistura de legendas. Em Anápolis, por exemplo, Pedro Canedo, do PP que é presidido pelo vice-governador, José Eliton, deverá apoiar Ronaldo Caiado (DEM), consi­derado atualmente como “inimigo” pelos marconistas.