Com a simpatia dos homens simples — não é à toa que alguns o chamam de “Lula de Aparecida” —, o prefeito Vilmar Mariano (deve se filiar ao MDB) é um político cativante.

Hábil na articulação, Vilmar Mariano aglutina e, com isso, está ampliando sua base político-eleitoral. A tendência é que tenha o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), do vice-governador Daniel Vilela (MDB) e do ex-prefeito Gustavo Mendanha (quase no MDB). Com o apoio do trio — todos generais eleitorais —, o prefeito é visto como imbatível, até pelas oposições.

Há, inclusive, a possibilidade de o deputado federal Professor Alcides Ribeiro, do PL, desistir da disputa para prefeito. Comenta-se que o parlamentar dificilmente enfrentará um candidato bancado por Gustavo Mendanha, e ainda mais com o apoio de Ronaldo Caiado e Daniel Vilela.

Em Aparecida, cidade com o segundo maior eleitorado de Goiás, comenta-se que os eleitores não querem voltar aos tempos pré-Maguito Vilela. Noutras palavras, uma candidatura como a de Ademir Menezes, ex-prefeito, seria um retorno ao passado. O que se quer é o pós-Maguito Vilela e pós-Mendanha e, ao mesmo tempo, uma continuidade daquilo que os dois fizeram — uma modernização da política e da administração do município. O que se quer é sequência com renovação.

Com seu novo distrito industrial, que está sendo estruturado pela Codego, Aparecida tende a ter o segundo maior PIB das cidades goianas, atrás apenas de Goiânia. Anápolis, onde está sediado o Daia, possivelmente cairá para o terceiro (em população e número de eleitores já está perdendo para a cidade conurbada à capital do Estado).

O presídio semiaberto já está de saída, e no local vai funcionar o novo distrito industrial. A Penitenciária Coronel Odenir Guimarães também deve ser retirada de Aparecida, o que abrirá espaço para novos investimentos.

Um fator positivo para Aparecida é que o governador Ronaldo Caiado tem atendido às demandas da gestão de Vilmar Mariano, o Vilmarzim, de 56 anos.

Com a finalidade de renovar a gestão e, ao mesmo tempo, atender os dirigentes dos partidos políticos, Vilmar Mariano deve promover uma reforma do secretariado. A reforma vai contemplar indicados de vários partidos, como pP (de Alexandre Baldy), PDT (de Flávia Morais) e Republicanos (de Jeferson Rodrigues). O principal nome do MDB será o próprio Vilmar Mariano.