A um ano das convenções, esquerda em Goiânia sofre de “adrianite”

25 junho 2023 às 00h04

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Se a deputada federal Adriana Accorsi desse amanhã um sinal de que pretende ser a candidata do PT – e, por extensão, da esquerda – para a Prefeitura de Goiânia, seria o melhor dos mundos para o campo progressista na sucessão municipal da capital.
Adriana tem o background de duas eleições seguidas concorrendo ao cargo, além do sobrenome que remete a um dos mais memoráveis gestores da cidade, seu pai, o professor Darci Accorsi. Em tese, não haveria prejuízo para suas pretensões políticas futuras, já que preservaria o mandato em Brasília – assim como ocorreu nas duas vezes em que foi candidata a prefeita como deputada estadual – e, pelo contrário, ganharia mais potência para, em caso de não ser vencer nas urnas, reforçar sua base para a reeleição.
No momento, pode-se dizer que a esquerda goianiense, em Goiânia, sofre de “adrianite”. Ela é o único nome que, em qualquer pesquisa eleitoral, já começa em um patamar relativamente alto. E a disputa em Goiânia, isso é fato, nunca esteve tão aberta.
A verdade é que a indefinição prejudica trabalhar um nome que, caso a deputada realmente não dispute, possa ser trabalhado no prazo de um ano. Não parece, mas, no tempo político, julho de 2024 está “só” um pouco mais distante do que julho de 2023.
A esquerda pode trabalhar em três cenários: o primeiro é ir de Adriana (no que depende dela); o segundo é compor com o centro, como fez em 2012, com Paulo Garcia na vice de Iris Rezende – e agora, quem sabe (por que não?), com a filha dele.
O terceiro é o mais urgente: um nome alternativo que comece uma pré-campanha de verdade “para ontem”. Edward Madureira? Mauro Rubem? Outro? O importante, agora, é ter definições.