Por Yago Rodrigues

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Agenda

  1. Lá se vai fevereiro e se achega a edição 2015 do Literatura no Eixo! É, galerinha, se você usa o transporte coletivo que corta Goiânia de leste a oeste, se prepare para uma tarde cheia de poesia, música e, claro, muitos livros! O sarau ambulante sai ali do Grande Hotel, às 15 horas, no sábado, 28.
  2. Tem palestra aberta nos dias 2 e 8 de março. Tema: cinema. É o II Icumam Lab – Laboratório de Fomento à Produção Audiovisual no Centro-Oeste. Serão realizadas três palestras, ministradas por renomados profissionais do mercado nacional de audiovisual.

Playlist Opção

Na semana de carnaval, a galera do Jornal Opção continua trazendo notícias acompanhadas de muito boas músicas. E, ó, só para começar, que tal "Carnavalia", dos Tribalistas?   Beyoncé - Crazy In Love (Fifty Shades of Grey version)   Demon Hunter - Follow The Wolves   Imagine Dragons - Radioactive (Live)   The Paper Kites - Bloom   Us The Duo - Call Me Maybe (Studio Sessions)

Cinema que mata, ama e apaixona: duas semanas de arte em Goiás

Com mais de 90 títulos, “O Amor, a Morte e as Paixões” se destaca pela pluralidade de gêneros e temáticas dos filmes. A 8ª edição fica em cartaz até 25 de fevereiro, no Shopping Bougainville

Carnaval de cinzas

Pag4_principal Yago Rodrigues Alvim As caixas desempilhadas, esparramadas do pé da cama à porta entreaberta. Fotografias fora da caixa, roupas desbotadas fora do cabide, do fundo da gaveta, amontoadas em livros sobre livros, ao lado de cds, na mesinha sem arranjo. Cama desnuda, de noite atormentada. Mormaço escalado em paredes de cortina amarrada. Copo meio vazio, no criado mudo em meio a farelos também sem sal. Botou as mãos na cintura, depois de sequer um fio amarelo sobrar na testa suada. Umedeceu os lábios e cerrou os dentes, ante o olhar disparatado a imagem estatelada no espelho. Endurecidas, se entreolhavam até o ínfimo poro do poro da pupila estática. O ar atracara nas narinas, na goela, nos pulmões secos. O ar suspendia-se no ar. A interferência chiando em preto e branco na tevê da sala, o arroto do liquidificar jorrando ninharias amareladas por todo o piso da cozinha, a descarga desenfreando água pela tubulação do vaso, vasando água pelo chuveiro, uma lesma caminhando no jardim. Ela de pé, no quarto. Queria esmagar, por tudo, por si, a lerda lesma na lida da grama ao concreto da passarela. Queria salgá-la, com o sal que derramava dentro de si, em silêncio. Queria salgá-la com a maré de sequer uma grama salgada que gastara com ele. Queria riscá-la feito rabisco de vai-e-vem desenfreado. Máquina descabeçada. Queria riscá-la até as unhas roerem no negro de tantos riscos, enfeitando de sangue o risco, o risco, o risco, o risco, o risco, o ris-co. E solfejar amarga, um “uh” aliviado. Queria entender as tralhas, desvendar as travas que a emperravam sempre no meio do caminho. Aos trancos, queria tropeçar num pulo e alcançar outro lugar. Que não fosse ali, que apagasse a fumaça, antes mesmo do trago. Queria um cigarro. E a dor no meio da testa surgia estúpida e deselegante ante a imagem intacta. Acrescia no fosso do crânio. Enegrecia-a e ariscava a sede no céu da boca. Chorou sem lágrimas. Chorou até que escorresse nas maçãs pálidas do rosto coragem suficiente para arremessar longe as caixas, desempilhando-as, abrindo a porta. Chorou até sobrar fiascos de memórias rasgadas dentro da caixa. Chorou desabotoando os retalhos sem cor junto aos cabides. Chorou até que nenhuma palavra sequer sobrasse sobre as linhas. Chorou até a cama atormentar-se com a noite. Chorou até o mormaço cair morto pelo chão do quarto. Chorou, muda, o sal. Desligou a tevê, bateu um suco de maracujá. Banhou-se. E sentou na varanda com seu cigarro aceso.

A saudade “Finita” de Denise Stutz sola nos palcos do Sesc

[caption id="attachment_28693" align="aligncenter" width="620"]Foto: Divulgação Foto: Divulgação[/caption] Solar-verbo conjuga bem a reação dos olhos ao ver um trechinho qualquer de vídeo de Denise Stutz. A bailarina faz poesia no linóleo com a presença e ausência de movimento e, feito os batimentos, vai “tum-tum-teando” a plateia em “Finita”. Pode “googlar” sem receio até que a espera acabe e o sábado 21 anoiteça. Às 20 horas, outra angústia começa, mais leve; vem da dança de Denise que perambulou a arquitetura cênica para laborar a perda, o envelhecimento e a falta do que um dia existiu. Já há dois anos concebido, o espetáculo chega parte de “Manga de Vento”, circuito encabeçado por Kleber Damaso sob os ombros do Sesc. E é ali mesmo, no palco do Sesc Centro, que ela sola. Num videozinho, Denise põe palavras no movimento: “Foi feito para minha mãe, que morreu há um ano. Pensei em fazer uma homenagem a ela e a várias saudades e faltas e ausências que a gente tem. Nós só podemos entender a ausência pela presença, por isso estou sempre ali”.

Vem pular carnaval de rua!

A galera do El Club resolveu sair de casa e pular carnaval na rua! Ou melhor, ali pertinho do pub mesmo, no Cepal do Setor Sul. E, ó, mandou avisar que vai ter Ivete, marchinha, enfim, a micareta toda com boas doses também de indie e hip hop. Alimentação e segurança estão garantidas! Então, pode pôr sua fantasia que a festa “eXtação Primeira da Zueira” começa às 17 horas, na terça-feira de carnaval, e termina às 22 horas. A entrada é free. E se você quiser continuar a festa, anota aí que vai ser ali pertinho mesmo, no pub do El Club. É porque lá acontece a parte II da tal “eXtação Primeira da Zueira”. Mas, ó! Lá só entra maiores de 18 anos, então, se esquecer a identidade em casa, nem adianta reclamar.

Ô, abre alas

No carnaval do Casulo Moda Coletiva vai ter axé, dendê e piscina liberada! O pessoal se juntou ao Retrô Food & Drinks e descolou uma line-up divertidíssima com carimbó e regionalismos de Bruno Caveira; marchinhas, samba e axé de Pri Loyola; afros e afoxés de Mateus Dutra; e o projeto Úh! Lalá’s com bases eletrônicas de Loyola e os vocais de Grace Carvalho. Se liga que é na terça-feira, 17, de meio-dia 12 às 22 horas. E o ingresso? Custa R$20.

Agenda

Daí que o Nação Cerrado e o Coró de Pau resolveram esticar o carnaval lá no Loop Studio Pizza Pub. E, como se não bastasse, Igor Zargov ainda discoteca clássicos de samba, maracatu, samba-reggae para animar o sábado, 21. A “Ressacarnaval” do Loop começa às 22 horas.

Agenda

Para quem não gosta de pular carnaval, não se esqueça que está acontecendo no Shopping Bou­gainville a mostra de cinema O Amor, a Morte e as Paixões. Dá para passar a semana na poltrona do cinema. Afinal, são mais de 90 filmes. Não dá pra ficar em casa.

Lançamentos

Livro

livro Absalão, Absalão! Este clássico do escritor estadunidense William Faulkner recebe uma publicação magestosa da Cosac Naify. É o sexto título do autor publicado pela editora. Autor: Willian Faulkner Preço: R$ 69,90 Cosac Naify    

Música

musica 50 Tons de Cinza A tão esperada trilha sonora de “50 Tons de Cinza” chega às prateleiras trazendo remixes de Beyoncé e Rolling Stones e singles de The Weeknd, Ellie Goulding e Sia. Intérprete: Vários Preço: R$ 27,90 Universal  

Filme

filme Pode estourar a pipoca, pois a série “Looking” já está disponível em DVD. A sexualidade é tema central. E, ó, pode despreocupar que a segunda temporada já está no ar. Direção: Michael Lannan Preço: R$ 59,90 Warner Home Video

Longa “Laurence Anyways” marca a reabertura do Cine Cultura

[caption id="attachment_28274" align="alignnone" width="620"]Foto: Reprodução Foto: Reprodução[/caption] O filme pernambucano “Ventos de Agosto” trouxe a boa nova da reabertura do Cine Cultural, fechado desde dezembro do ano passado. E, como se não bastasse, as telas do Centro Cultural Marieta Telles Machado, na Praça Cívica, marca sua volta com o [ótimo] filme “Laurence Anyways”, do diretor canadense Xavier Dolan. O longa é um mergulho, como os demais filmes do diretor, no universo da sexualidade e do gênero. A história de Laurence, um homem que deseja se tornar mulher, foi premiado na categoria de Interpretação Feminina Un Certain Regard, no Festival de Cannes, em 2012. Vale lembrar que a faixa etária é de 14 anos e que, devido à duração do filme (160 min), o cinema não exibirá outro longa. Os ingressos custam R$ 8, a inteira, e R$ 4, a meia-entrada. Às sessões são às 19h, durante a semana, e às 18h30 aos sábados e domingos. “Laurence Anyways” será exibido de 12 a 18 de fevereiro.

Playlist Opção

A equipe do Jornal Opção aumenta o som das músicas que mais têm tocado no nosso radinho. Curte aí! Beyoncé – Haunted Carlos Lyra e Claudia Lyra – O barco e a Vela Ed Sheeran – The A Team George Ezra – Budapest Is Tropical – Dancing Anymore Joseph LeMay – Seventeen Acres O Rappa – Fronteira Russo Passapusso – Flor de Plástico The Flaming Lips – Do You Realize??

De marchand a galerista: a aventura de vender obras de arte

A goiana Potrich Potrich nasceu em meio a um antiquário, desbravou preconceitos e se consolidou como uma das galerias mais reconhecidas em território nacional

Outono

O Jornal Opção tem publicado “Quatro Estações”, série literária em que dois autores escrevem, a quatro mãos, uma breve narrativa inspirada em uma estação do ano. E, dando continuidade a série, eis que chega aos leitores "Outono", obra dos escritores Mauricio de Almeida e Rafael Gallo. Na próxima semana, se achegará o último conto, "Inverno", de Carlos Henrique Schroeder e Mario Araujo. [caption id="attachment_28114" align="alignright" width="620"]Venâncio Cruz é fotógrafo e estudante de Arte Dramática Venâncio Cruz é fotógrafo e estudante de Arte Dramática[/caption]

Assim que abre a porta do teatro e se depara com o palco, o ator sente a pungência de uma desolação, tocando-o como a dor refletida de um ferimento mais interior. As folhas secas recortadas de papel crepom espalhadas pelo chão, penduradas nas cortinas da cenografia com tiras de durex aparentes, foram a primeira coisa na qual deteve seu olhar e parecem ser as desencadeadoras de seu abatimento. Entre­tanto, ele sabe que a sensação de tudo em si próprio estar ressecado e prestes a desabar vem de muito antes: pronunciava-se já no gesto da mão que abaixou a maçaneta da entrada sem a antiga convicção da própria solenidade enquanto ator experiente, estava latente há dias, meses, anos. A precariedade da arte diante dele é a mesma de uma vida inteira.

Enquanto caminha pelo corredor escuro em direção ao palco, ele sente o dissabor rebatido de cada uma das poltronas vazias, cujo abandono, pode prever, não será muito menor nas noites de apresentação. Nem mesmo os garotos e as garotas mais jovens do elenco, que num suspiro coletivo, parecendo ensaiado, suspendem os movimentos e mal contêm sua alegria primaveril ao vê-lo chegar, conseguem dissuadi-lo desse desconforto. A proximidade definitiva do palco e a recepção calorosa da companhia deveriam levantar seu moral, retornando-o àquela sensação de ser uma celebridade em algum grau, mas as imitações de folhas secas –– agora vistas de perto e notavelmente mais toscas –– impõem a consciência inevitável da nulidade de suas conquistas ou notoriedade, as quais nunca bastaram para alcançar algo além dessa cenografia similar a de peças amadoras montadas em escolas primárias. Talvez não fosse apenas ele a vítima dessa queda outonal, mas também isso tudo a que sempre deu o nome sacralizado de: arte do teatro.

Sozinho no camarim, troca-se estranhando o local ao seu redor como se a consciência de seu corpo no ambiente –– ferramenta básica de todo ator –– tivesse sofrido uma fratura imperceptível. Observa as roupas nas araras, as plumas e as penas, as coroas e outros adereços, e refaz sua carreira: tantos personagens, tantas caracterizações alheias, tudo suspenso no tempo, deslocado no espaço. O ator senta-se na cadeira e as luzes que contornam o espelho iluminam seu reflexo já vestido com a velha camiseta branca e a calça de moletom própria de ensaios. Vislumbra a imagem à frente, procurando em seu rosto um mapa de seus erros e acertos, já cometidos ou ainda possíveis. E, enquanto perscruta os vincos (ou suas sombras cavadas pelas lâmpadas) que parecem mais profundos em volta dos lábios e aos cantos dos olhos, cuja falta de viço ou brilho os tornara pálidos como a barba esbranquiçada que desponta no maxilar, é surpreendido por toques delicados à porta, que deixa entrever uma assistente perguntando se ele está pronto. Sem desviar o olhar de seu reflexo, responde que sim, muito embora necessitasse ainda de uma maquiagem impossível de ser desenhada naquele rosto, manchado não somente pelas oxidações do espelho, mas, sobretudo, pela própria inconsistência e, inevitavelmente, pela vida.

Tentando se desfazer desses pensamentos, o ator sai do camarim e, antes de subir no palco, cumprimenta o diretor da peça, cujo entusiasmo demonstrado lhe parece estranho. Por consideração, responde estar pronto e satisfeito com aquela montagem surpreendente, o pastiche que traz outra leitura à velha peça inglesa. No entanto, quando adentra o palco, a sensação de plenitude espiritual e de ter sua existência justificada –– que sempre o banhou nesse espaço como o sol de um verão íntimo disparado pelos holofotes –– já não o tocam.Esses sentimentos de satisfação (os quais sempre foram a nota de fundo de uma promessa particular, calcada em um reconhecimento maior por vir) agora estão substituídos pela exasperação que não o deixa. A luz lhe incomoda e, mesmo que insista em não entender, o palco também se fende numa fratura imperceptível mas sensível, revelando o desfecho do arco que tem sustentado seu drama: a promessa não se cumpriu e não se cumprirá.

Ele deriva nesse desnorteio e somente quando percebe a perplexidade calada do elenco se dá conta de que não respondeu à deixa de sua entrada. Após o pedido do diretor para recomeçarem, feito com uma gentileza indulgente que lhe irrita, ele respira fundo procurando recobrar a altivez de performances passadas. Retorna à coxia e, ao sinal, surge no momento exato, fazendo parecer espontâneo o movimento ensaiado até a exaustão, apresentado em inúmeras ocasiões. Ele outra vez um bardo, outra vez um parvo, ele outra vez um outro, ainda e sempre distante de seu papel definitivo, da imagem que vislumbrava de si mesmo.

Quase não contendo a vontade de sumir por trás das luzes e ao fundo da escuridão para nunca mais voltar, o ator prossegue na cena: é preciso cumprir ao menos o curto itinerário que o conduz ao centro do palco. Cada passo é marcado pelo pisar nos recortes de papel crepom em forma de plátanos amarronzados e amarelados que nem mesmo lhe retribuem um estalo vívido, ao contrário, desmancham-se sem substância sob seus pés. Ja­mais vira um outono feito da queda de folhas dessa espécie fo­ra dos palcos. Procurando se con­centrar no texto que enunciará, sente o papel grudar em seus pés a cada passo nessa caminhada tão falsa e insossa quanto um outono feito de plátanos de crepom.

Há uma espera ansiosa e, com o ensejo do roteiro que o manda observar os outros personagens com atenção antes de se pronunciar, o ator perscruta os jovens ainda entusiasmados, devotados às próprias promessas e imersos naquela sensação de banharem-se em realização. E, sem saber se seu rancor é desprezo por eles ou por si mesmo, pensa na estupidez que é essa entrega obstinada a seus papéis, a qual denuncia uma crença desmedida na arte como algo enobrecedor, acesso privilegiado a uma dimensão interdita ao senso comum. Porém, tudo que lhes espera por trás das cortinas dos sonhos são meras cenografias falsas, folhas recortadas com papel crepom, atores feitos dos mesmos contornos toscos e noções fajutas da realidade, montagens e mais montagens de uma peça para ninguém ver. Esse desligamento do mundo não será mais tão encantador com a passagem dos anos, ele pondera. E, na frieza de seu silêncio, o olhar do ator inquire o elenco para anunciar a proximidade de um inverno glacial, o fim de tudo.

Chega o momento no qual sua voz deve ecoar por todo o auditório em uma fala de grande impacto. O ator sabe que, muito embora se trate apenas de um ensaio, é com grande expectativa que todos esperam ser deslumbrados por ele enunciando falas antigas que ainda servem à catarse. Mas de que adianta comovê-los se não convence mais a si mesmo? Essas falas já não ressoam nenhum sentido. Por isso, postado numa iminência, os olhos atentos, as folhas em desmanche grudadas aos pés, a gana que lhe falta como se lhe faltasse o movimento ou a voz, ele observa tudo ao redor e, sem maiores anúncios, desce do palco e adentra a escuridão do auditório, rumo à porta de saída sem qualquer solenidade, indiferente ao estupor e desconcerto de todos, que ficam para trás como outra plateia abandonada.

foto4Maurício de Almeida nasceu em 1982, em Campinas (SP). É autor de "Beijando Dentes" (2008), livro de contos vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2007. Tem contos publicados em antologias, revistas e jornais, além de traduções para o espanhol e para o inglês. Escreve também para o teatro. Mais: mauriciodealmeida.com.br.

foto5Rafael Gallo é autor de "Réveillon e Outros Dias", livro vencedor do Prêmio Sesc de Literatura e finalista do Jabuti na categoria Contos. Tem contos incluídos em antologias diversas e neste ano publica o romance "Rebentar", pela Editora Record

Remédio para deixar de ser “Casmurro” é ver Ariano Suassuna no teatro

[caption id="attachment_28112" align="alignright" width="620"]Foto: Layza Vasconcelos Foto: Layza Vasconcelos[/caption] A boa preguiça chega mais cedo nesta semana e se achega logo na quinta-feira, 12, com as peripécias do inesquecível Ariano Suassuna encenadas pelo Grupo de Teatro Guará. É galera, o poeta Joaquim Simão bota as manguinhas para fora na “Farsa da Boa Preguiça”. O pobre se aventura na beleza de Clarabela, a esposa de Aderaldo, seu vizinho que quer, a todo custo e controvérsia, sua mulher, Nevinha. E, como se não bastasse, ainda tem três demônios para botar os casais na tentação. E, enquanto Jesus, na companhia de dois santos, impede que eles caiam nessa, você cai na gargalhada com essa comédia. O quiproquó todo começa às 20 horas, ali no palco do Teatro Sesc, na rua 15, esquina com a rua 19, no Centro de Goiânia. Os ingressos para o espetáculo custam R$ 10 a inteira e R$ 5 a meia. Vai ficar dando uma de Dom Casmurro sentado no sofá de casa ou vai partir na busca de alegrar a vida um pouquinho que seja?