Por Ton Paulo

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A Prefeitura de Goiânia deve publicar, até o final de fevereiro, um “decretão” com o intuito de regularizar demandas ainda pendentes da Feira Hippie, na capital. O objetivo seria, principalmente, regularizar feirantes que estão há muito tempo na feira, mas atuando de forma irregular, e a alocação de ambulantes em outro espaço para a liberação de vagas para os trabalhadores cadastrados.
Ao Jornal Opção, o titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Geverson Abel, afirmou que uma das principais dificuldades nas gestões anteriores na questão da Feira Hippie era a falta de mecanismos legais para trabalhar na situação dos que estão irregulares no local.
“Existia uma situação de pessoas que estão ali, que às vezes não geram renda para a cidade porque não estão cadastrados [junto à Prefeitura], algumas pessoas que estão em lugares que não são devidos, porque alguém faleceu e ele assumiu a banca. Então, a Sedec agora está fazendo um trabalho de fiscalização para saber quem, de fato, tem direito às bancas”, revelou.

Segundo o secretário, aquele que não tem direito, de certa forma, à banca fiscalizada, terá uma chance de ter sua atuação regularizada pela Sedec. “Muitos estão ali há quase 10 anos, não têm direito de estarem naquele lugar, mas acabam que adquiriram pelo tempo”, completou.
Outro perfil que deve ser tratado no decreto é o do montador. De acordo com Geverson, até então esse trabalhador era "invisível perante os olhos da Lei da Prefeitura" e, a partir dessas mudanças, ele passará a ser cadastrado junto à Prefeitura de Goiânia e poderá ser escolhido pelos feirantes para atuar nas barracas que quiser.
Ainda conforme Geverson, os ambulantes da região deverão, finalmente, ser remanejados sem a necessidade de remoção completa do local da feira.
“Existe um espaço, inclusive, na Feira Hippie que a gente vai conseguir acoplar uma parte grande deles. Mas a gente percebe que muitos daqueles que estão ali são os próprios lojistas que, com a retirada dos ambulantes, também vão sair. É minoria que é ambulante. A maioria já faz parte da Feira Hippie”, arrematou.
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Na semana passada, não faltaram comemorações do governo federal quanto aos dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), referentes ao desmatamento na Amazônia. De acordo com o Instituto, foram cerca de 5 mil quilômetros desmatados desse bioma em 2023. Parece muito (e é). No entanto, o número representa uma queda de quase 50% se comparado a 2022.
Os dados do Inpe foram um bálsamo imediato para as preocupações do governo em passar para o mundo e a população a imagem de estar no caminho de cumprir uma de suas principais promessas: extinguir o desmatamento ilegal da Amazônia. Pudera.
Vale lembrar que, neste mês de janeiro de 2024, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a União Europeia vai doar 20 milhões de euros (equivalentes a 100 milhões de reais) para o Fundo Amazônia, além das contribuições que estão sendo feitas individualmente por diversos países. Ou seja: as fichas do mundo foram apostadas com gosto no comprometimento ambiental de Lula, e ele sabe que não pode falhar nisso – sob o risco de empurrar o País de volta ao ostracismo no qual havia se metido no governo anterior.
No entanto, o que o governo parece esquecer de mencionar – e abordar, mesmo em que debates sobre o tema -, é que, enquanto o desmatamento na Amazônia caiu, o do Cerrado aumentou: e muito. Ainda conforme os dados do Inpe, a área desmatada do Cerrado em 2023 foi 43% maior que em 2022. O Instituto apontou ainda que foi a primeira vez em que uma área desmatada no Cerrado foi maior que a da Amazônia.
De acordo com o ICMBio, com base em dados do Ministério do Meio Ambiente, estima-se que o Cerrado possua mais de 6 mil espécies de árvores e cerca de 800 espécies de aves. Acredita-se, ainda, que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas e 50% das abelhas sejam endêmicas.
Ainda conforme o ICMBio, ao lado da Mata Atlântica, o Cerrado é considerado um dos hotspots mundiais, ou seja, um dos biomas mais ricos e também mais ameaçados do mundo.
Já o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) - sociedade civil sem fins econômicos - o Cerrado conta com aproximadamente 12 mil plantas catalogadas, das quais mais de 4 mil também são endêmicas.
Estamos falando de um bioma que cobre cerca de 25% do território nacional, perfazendo uma área entre 1,8 e 2 milhões de Km² nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e porções do Estado de São Paulo.
Por que, então, um bioma tão grandioso, tão vasto em vida – tanto em fauna quanto em flora - é tratado com tanto desprezo e desmerecimento? Por que os dados do desmatamento referentes ao Cerrado não ganham tanto destaque – e esmero na solução - quanto os da Amazônia?
O nome do Cerrado parece não entrar nem na argumentação do governo anterior para criticar o atual. Ora, erros para apontar não faltam, não é? Onde estão os (necessários) pareceres e censuras quando mais precisamos?
E aqui, vale dizer, não cabe qualquer comparação entre um bioma e outro, mas sim no zelo e no empenho (ou a falta desses) para preservar o que deveria ser alvo de orgulho e ênfase global, tal qual a Amazônia.
Enquanto o Cerrado continuar a ser tratado como o “patinho feio” dos biomas, a diversidade natural não só dele, mas a de todos os outros biomas que parecem não merecer um fundo de proteção só deles, com doações de organizações internacionais, continuará minguando. Talvez, nos lembremos da importância e unicidade de cada bioma quando a lista desses passar a refletir com fidelidade e o que gringos que vêm ao Brasil acham que aqui existe: a Amazônia e nada mais.

Caso isso se concretize, haveria uma sequência de graves impactos financeiros e orçamentários para o Paço Municipal

No Brasil desde 2012, e em Goiás desde 2020, a Ph.D em Química Orgânica fala sobre como foi acolhida em terras brasileiras e revela os desafios de conciliar carreira e família